Aqui, somente imagines com personagens fictícias FEMININAS. Apenas mulheres e/ou pessoas com a maior parte de suas características sendo femininas (não desmerecendo gênero algum).
Iludam-se à vontade, a vida serve para isso!
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"Onde você vai ficar?"
"Logo atrás de você, S/N."
"Certo. Eu vou estar na frente, cola em mim."
"Com prazer."
Christian segue meu passo de perto enquanto abrimos passagem pela multidão enlouquecida. Reviro os olhos. É de se esperar tudo isso.
A quantidade absurda de gente, o cheiro de bebida e suor, os gritos fervorosos, os corpos pulando e dançando. É enjoativo, nojento, incompreensível. O empurra empurra é insuportável, a música alta parece que explode meu peito. E a voz de Damiano atinge meus ouvidos como uma bala de canhão.
Do chão, olho a loira no palco. Ela está acompanhando meus passos também, pois quando levanto a cabeça, seus olhos estão em mim. Ela pisca, aquele sorriso escroto estampado em seus lábios vermelhos. A multidão vibra mais, acho que cada uma dessas pessoas pensam que aquilo é para elas. Pobres coitados.
"Christian?" Chamo, sem conseguir virar para trás para olhá-lo.
"Aqui, amor."
A voz dele me tranquiliza, alta, tentando superar os gritos e a música ensurdecedora. Sua mão ainda está presa na minha, não nos separamos.
Antes de fazer o que tenho que fazer, lanço um último olhar para Victoria. Seus olhos estão longe dos meus, olhando para algo que ainda não sei, mas afiados, duros. Não sei como se concentra no instrumento em suas mãos, mas ela faz. O baixo com Victoria, Thomas com a guitarra, Ethan na bateria e Damiano contanto a plenos pulmões com sua voz rouca e viciante.
Todos gritam. Largo a mão de Christian e pego o equipamento, ligo a câmera e seguro o controle, ativando o drone vigia.
"Comecei", alerto no rádio em meu ouvido.
A música para por um momento, então outra começa, mais alta, a batida mais forte, os instrumentos e o vocal mais intensos. Por um momento deixo a atenção da câmera para a banda no palco.
É Victoria que segura o microfone agora.
│...│
Meu coração acelera pela raiva. Quanto mais rápido os dedos de Victoria se movem pelas cordas do baixo, mais irritada fico e mais sem coordenação eu mexo os botões do controle.
"Ouve isso, S/A", ela fala, se aproximando de mim. O som do instrumento aumenta, irritantemente próximo do meu ouvido. Até que a ponta do baixo toca minha cabeça e eu não seguro mais:
