Capítulo 03 - Jennie

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Naturalmente, fico curiosa e procuro o nome dela no Google

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Naturalmente, fico curiosa e procuro o nome dela no Google. Lalisa Manoban é um nome pouquíssimo comum, e eu a encontro no Facebook sem ter que usar as técnicas de perseguidora bizarra que reservo para os novos escritores que estou tentando roubar de outras editoras...

É um alívio ver que ela não faz nem um pouco meu tipo, o que com certeza vai simplificar bastante as coisas - se Justin um dia conhecesse Lalisa, por exemplo, acho que não a veria como uma ameaça.

Ela tem pele amarela e cabelos ondulados grossos, comprido o bastante para bater na nuca, e é desengonçada demais para o meu gosto. Estabanada, sabe como é. Mas parece uma garota legal.

Em todas as fotos, está com um sorriso gentil, meio torto, que não é nem um pouco assustadora nem psicopata - embora, quando olhamos para qualquer foto com isso na cabeça, todos pareçam assassinos da serra elétrica, por isso tento não pensar na ideia. Ela parece simpática e inofensiva. São duas coisas boas.

No entanto, sei com certeza absoluta que é uma mulher e tento seriamente não pensar em algo como Killing Eve ou Love Quinn.

Será que estou mesmo disposta a dividir uma cama com outra pessoa? Dividir a cama com Justin já era horrível às vezes e nós estávamos em um relacionamento. O lado dele do colchão afundava no meio e ele nem sempre tomava banho depois da academia, então deixava certo... cheiro de suor no edredom. Eu sempre tinha o cuidado de manter as cobertas na mesma posição para não ficar com a parte suada.

Mas mesmo assim. Trezentas e cinquenta libras por mês. E ela nunca estaria em casa de fato.

— Jennie!

Levanto a cabeça rápido. Droga, é Rachel, já até sei o que ela quer.

Quer o manuscrito do maldito livro sobre bolos caseiros para crianças que passei o dia inteiro ignorando.

— Não tente fugir para a cozinha ou fingir que está no telefone — diz ela, por cima da minha parede de vasos de plantas.

Este é o problema de trabalhar com amigas: você vai ao bar com elas, fica bêbada, conta seus truques e depois fica indefesa.

— Você foi ao cabeleireiro! — É uma tentativa desesperada de mudar de assunto, mas o cabelo dela está mesmo muito legal hoje. Trançado, como sempre, mas desta vez com pequenas tranças feitas com fitas azul-turquesa entre os fios, parecidas com as fitas de um corpete. — Como você faz essas tranças?

— Não tente me distrair usando um dos meus assuntos preferidos, Jennie Kim — diz Rachel, batendo as unhas maravilhosamente pintadas com bolinhas. — Quando vou receber o manuscrito?

— Só preciso... de um pouco mais de tempo.

Ponho a mão nos papéis à minha frente para que ela não veja o número da página — ainda não passei da 10.

Ela semicerra os olhos.

— Na quinta?

Assinto, com entusiasmo. É, por que não? Quer dizer, é absolutamente impossível, mas sexta parece muito melhor quando sugerimos isso na quinta, então vou avisar quando chegar a hora.

Teto Para Duas! - Jenlisa (G!P)  Onde histórias criam vida. Descubra agora