Sexta de manhã cedo. O grande dia.
Lisa está na casa da mãe — elas vão para o tribunal juntos. Rachel e Rosé estão na minha. Rosé vai conosco ao lançamento; por causa de tudo que fiz para este livro, nem Martin poderia me negar uma acompanhante.
Jisoo aparece com Rosé para me dar um abraço rápido e conversar sobre o caso de BamBam. Ela já está usando a peruca ridícula de advogado, como se estivesse imitando um quadro do século XVIII.
Rosé está com um vestido emprestado da Jisoo, muito bonita. Adoro quando ela se arruma. É como ver aquelas fotos de cachorrinhos vestidos de seres humanos. Ela claramente não está à vontade e dá para notar que está louca para tirar pelo menos os saltos, mas, quando estende a mão na direção dos pés, Jisoo rosna e ela recua, ganindo.
Quando Jisoo vai embora, ela fica muito aliviada.
— Só para você saber, Rosé e Jisoo com certeza estão transando — diz Rachel, me passando a escova de cabelo.
Eu a encaro pelo espelho. (Não há espelhos suficientes neste apartamento. Deveríamos ter nos arrumado na casa de Rachel, que tem uma parede de armários espelhados no quarto, desconfio que por algum motivo sexual, mas ela se recusa a deixar Jisoo entrar lá desde a festa de aniversário de Rachel, quando Jisoo comentou que estava tudo bagunçado.)
— Rosé e Jisoo não estão transando — respondo, pegando a escova.
Estou tentando transformar minha juba em um penteado chique de um dos nossos livros. A autora me prometeu que era fácil, mas estou no segundo passo há quinze minutos. São vinte e dois no total, e eu só tenho meia hora.
— Estão, sim — repete Rachel, sem titubear. — Você sabe que eu sempre sei.
Tento me segurar e não lembro a Rachel que Jisoo também acha que “sempre sabe” quando um amigo está dormindo com alguém. Não quero que isso se transforme em uma competição, especialmente porque ainda não transei com Lisa.
— Elas moram juntas — digo, a boca cheia de grampos. — Estão mais à vontade uma com a outra do que antes.
— A gente só fica tão à vontade assim quando dorme junto pelado — insiste Rachel.
— Isso é estranho e nojento. Seja como for, tenho quase certeza de que a Rosé é assexual.
Só então confiro para ver se a porta do banheiro está fechada. Rosé está na sala. Ela passou a última hora com cara de paciente ou de entediada — dependia se achasse que estávamos olhando ou não.
— Você quer pensar isso porque a considera uma irmã. Mas ela com certeza não é assexual. Ela deu em cima da minha amiga Kelly em uma festa no ano passado.
— Não posso lidar com esse tipo de revelação agora! — exclamo, cuspindo os grampos.
Eu os peguei cedo demais. São apenas para o quarto passo, e o terceiro está me deixando nervosa.
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Teto Para Duas! - Jenlisa (G!P)
RomanceTrês meses após o término do seu relacionamento, Jennie finalmente sai do apartamento do ex-namorado. Agora ela precisa para ontem de um lugar barato para morar. Contrariando as amigas, ela topa um acordo bastante inusitado. Lisa está enrolada com q...