Três meses após o término do seu relacionamento, Jennie finalmente sai do apartamento do ex-namorado. Agora ela precisa para ontem de um lugar barato para morar. Contrariando as amigas, ela topa um acordo bastante inusitado.
Lisa está enrolada com q...
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— Está tudo bem? — pergunta Ken.
Estou imobilizada. Meu coração está disparado.
— Estou. Desculpa. Estou ótima.
Tento sorrir.
— Quer sair daqui? — pergunta ele, hesitante. — Quer dizer, o lançamento está quase acabando...
Será que quero? Eu queria um minuto atrás. Agora, mesmo com a energia do beijo ainda quente em meus lábios, quero é sair correndo. Não consigo pensar direito — meu cérebro só está produzindo um ruído inútil, um piiiiiiiiii alto e longo que vai de uma orelha para outra.
Alguém chama meu nome. Reconheço a voz, mas não ligo os pontos até me virar e ver Justin.
Ele está parado à porta, entre o jardim e o bar, com o colarinho da camisa aberto e a velha bolsa carteiro de couro pendurada no ombro. É dolorosamente familiar, mas as coisas também estão diferentes: seu cabelo está mais comprido do que quando estávamos juntos e ele está usando sapatos sociais novos. Sinto que o conjurei só de pensar nele — de que outra maneira ele poderia estar aqui?
O olhar de Justin vai para Ken por um instante e depois volta para mim. Ele atravessa a extensão de grama que nos separa. Estou imobilizada, os ombros tensos, encolhida no banco, com Ken ao meu lado.
— Você está linda.
Por incrível que pareça, isso é a primeira coisa que ele diz.
— Justin...
É tudo que consigo dizer. Olho de novo para Ken, e, sem dúvida, meu rosto é a imagem da tristeza.
— Já sei — afirma Ken, tranquilo. — Namorado?
— Ex — respondo. — Ex! Eu nunca... Eu...
Ken abre um sorriso fácil e sexy para mim e depois lança outro tão amável quanto o primeiro para Justin.
— Oi — diz, estendendo a mão para cumprimentá-lo. — Sou o Ken.
Justin mal olha para ele. Só aperta a mão de Ken por cerca de meio segundo antes de voltar a atenção para mim.
— Posso falar com você?
Olho para os dois. Não acredito que estava pensando em ir para a cama com o norueguês. Não posso fazer isso.
— Desculpa. Eu queria muito...
— Ei, não se preocupe — diz Ken, levantando-se. — Você tem meu número caso queira conversar enquanto eu ainda estiver em Londres. — Ele balança o livreto, que ainda está em suas mãos. — Foi um prazer — diz, extremamente educado, para Justin.
— É — responde Justin, seco.
Quando Ken se afasta, o piiiiiiiiii diminui. Sinto que estou aos poucos acordando, saindo de um transe. Fico de pé, os joelhos trêmulos, e encaro Justin.