The Other World

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[ não revisado, perdão qualquer erro]

Aquela criatura de patinhas longas esverdiadas se lança para o meio de nós, esse bicho é rápido, em segundos ele estava no chão e agora está em direção do meu rosto. Sinto algo descer pela minha garganta, suas patinhas em volta da minha cabeça, tudo escuro, é assim que eu vou morrer? Droga Guizo!

Guizo é meu irmão mais velho, ele faz parte de um grupo que lida com alheios, alienígenas resumindo, ele é ocultista, igual ao Xande, tem a Dará que é médica de campo, Chico que é especializado em tecnologia, E por fim o Lírio, meu namorado," a parade" ele é forte e bem enorme, atua bem como parede. Eu sou especializada em medicina, igual Dará. Estávamos lidando com um alheio, interflorado, para ser específica, tentamos empurrar ele para água, bem meu namorado tentou, não deu, ele acabou matando o pobre homem, Adágio, estávamos lutando contra a criatura, algo aconteceu com Lírio, ele segurava a cabeça, estava preocupada, abaixei minha guarda, a criatura pulou do corpo do cadáver, para o meio de nós, mal tive tempo de reagir, a mesma pulou em direção ao meu rosto.

Escutei os gritos do meu namorado, aos poucos sua voz sumiu, meu corpo parecia tão leve, como se levitasse, não sentia mais nada. Tive lembranças do meu namorado, de quando nós conhecemos, alguns momentos juntos, talvez seja aquele negócio de seu cérebro repassar suas lembranças antes de apagar.

Eu estava em um canto, escorada na parede , meu irmão conversava com seus amigos, o loiro com quem trocava olhares sorriu para mim e começou a se aproximar, fiquei nervosa, não sou tão boa em socializar, o belo homem se escorou na parede, copiando a minha pose, ele era alto, achava homens altos extremamente atraentes, mas em si ele era bonito, aqueles loiros cabelos, fortes braços, olhar doce e sorriso galanteador.

-Você deve ser S/n- o loiro estendeu a mão- seu irmão falou de você para gente, não sei se ele falou de mim, mas sou Lírio- dou minha mão para o mesmo que beija as costas da minha mão.

-Sim, sou S/n, um prazer conhecer você Lírio - sorri.

{...}

Estava sentada no colo do Lírio enquanto tomávamos sorvete, o meu de chocolate e o dele de morango, ele se sujou, como uma criança.

-Você tá todo sujo- começo a rir.

O loiro mancha meu rosto com seu sorvete.

-Pronto, agora você está absolutamente linda- ele ri.

Pego meu sorvete e mancho seu nariz, começamos uma guerra de sorvete, que acabou em um beijo, aquelas fortes mãos apertando minha cintura, me lembro de alguém falando para irmos para um motel, não sentia mais o aperto do loiro, não preciso abrir os olhos para saber que ele mostrava o dedos do meio para seja quem fez o comentário.

{...}

Estávamos em um parque de diversões, eu queria muito um bicho de pelúcia, naqueles brinquedos de testar força Lírio ganhou vários pontos, me dando um ursinho de pelúcia gigante, só não maior que ele. Estávamos indo embora, eu comia um algodão doce, quando Lírio , que tinha uma grande pelúcia nos ombros, me puxou para perto.

-Se esse bicho roubar meu lugar na cama, eu rasgo ele no meio- ele ameaçou beijando meus lábios, eu apenas sorri.

-Não precisa se preocupar querido, ninguém rouba seu lugar- beijei novamente seus lábios, ele sorria.

{...}

Estávamos num bar, quando um cara começou a ir para cima de mim, o cara estava claramente bêbado, falando que eu era gostosa, que queria meu número, que me comeria de jeito, Lírio, estava longe jogando sinuca com Guizo, Xande e Chico, Dará tava no banheiro, de ver em quando ele dava umas olhadas para mim. Ele não tava gostando da proximidade do cara, mas não fez nada, achou que eu tava lidando com a situação, esse cara poderia sair morto se Lírio soubesse o que ele falava. Na hora que o Lírio olhou, o cara pegou na minha cintura. Eu pude ouvir a mesa de sinuca ser arrastada, lá vem furacão. Lírio acertou o rosto do homem de jeito, socou e socou, até não poder mais, eu estava preocupada do meu namorado matar o cara, saímos do bar, bem Lírio me arrastou para fora.

-Calma amor- tento acalmar o loiro que bufava.

-Ah claro, ele tava tocando em mim, mas fica calmo, você devia bem estar gostando para estar tão calma- dei um tapa em seu rosto, doeu mais minha mão que o rosto dele, eu sei disso , essa foi nossa primeira briga, eu fiquei chateada para caramba.

Voltei para dentro do bar, desesperada atrás da Dará, chorei a noite inteira no chão do banheiro, com ela me consolando da maneira que conseguia, Guizo invadiu o banheiro feminino para ficar comigo, Lírio implorava por perdão na porta , Guizo nunca deixaria ele entrar. Quando me acalmei e sai do banheiro, Lírio estava sentado no chão da frente do banheiro.

-Me perdoa, anjo, por favor- o loiro começou a implorar de joelhos, literalmente- eu fiquei cego de raiva, eu não penso algo assim de você- lágrimas pintavam seu belo rosto.

Eu perdoei ele, ele me beijou e prometeu nunca mais me mágoar, o que ele cumpriu, não importa o quão bravo ele está, ele não fala nada para mim, nada de ruim pelo menos.

{...}

Estávamos lidando com um alheio, eu estava coberta de restos de alheio, o loiro se ajoelhou e tirou um anel do bolso.

-Quer nomorar comigo, doutora?- ele me chamava assim por ser médica de campo.

-Eu estou suja, acabada pelo cansaço e você tem coragem de me pedir em namoro?- pergunto em tom de brincadeira.

-Bem, você fica linda com resto de alheio em seu torno, não tem como não ser linda- sorri com comentário do loiro e aceitei seu pedido.

O mesmo se levantou, limpou meus lábios com os dedos e me beijou, nosso primeiro beijo, eu estava nojenta, ele não pareceu se importar, pois viajou as grandes mãos pelo meu corpo.

{...}

Estava em um corredor, no fim tinha uma porta, aquela é a entrada para o inferno? Caminhava pelo corredor por mais que não sentisse nada, não sentia meu pé tocando o chão, não sentia cheiro algum, a porta me chamava, como se ali tivesse o motivo dos alheios estarem aqui, era agoniante, eu não me sentia, era como se eu flutuasse até a porta, mas eu sei que estou caminhando, mas não sinto minhas pernas, não sinto nada, além de frio, esse lugar, trás pressentimentos ruins, algo parecido com tentáculos estão nas paredes, chão e teto, o silêncio é pertubador, o ar é pesado como se não fosse feito para ser inalado, tão escuro, a porta brilha, ou melhor algo atrás dela. Estava prestes a tocar na porta, algo me puxou para trás, como se eu estivesse com uma corda na cintura e alguém puxou essa corda. Me afastei rápido da porta.

Senti a vida voltar para meu corpo, ar de verdade nos meus pulmões, sentia cada parte do meu corpo, meus olhos se acostumavam com a claridade. Sentia os fortes braços do meu namorado me segurando, minha consciência volta por completo, puxo o ar com força, abro os olhos, encontrando os olhos preocupados do meu amado.

-Você tá bem?- sua mão desajeitada acariciava meus cabelos, não tive tempo de responder, ele me beijou, ainda abraçando meu corpo, como se eu fosse de porcelana e fosse quebrar a qualquer momento, como se ele tivesse me segurando com medo de me deixar ir e me perder para sempre. Seus lábios são tão doces, confesso que tive medo de não os sentir outra vez, sua língua explorando minha boca como se fosse a primeira vez, nos separamos pela falta de ar, ele colou a testa na minha.

-Vou matar aquele desgraçado- ele me ajudou a levantar, me apoiei em Dará, ainda estava fraca.

Lírio entrou no meio da mata, Xande tinha sumido, alguns minutos os dois voltam, Xande parece cansado e Lírio com um bolo de carne nas mãos. Ele me deu um selinho.

- Ninguém, ninguém nessa porra de mundo, toca na minha mulher- ele se refere ao bicho destroçado em suas mãos.

Aqui anjo biscxyz

Lírio- one shots Onde histórias criam vida. Descubra agora