(not) love story (♀️)

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[Não revisado, perdão qualquer erro]

Estava plantando minhas flores favoritas, numa parte mais escondida da floresta, essas danadas odeiam sol, meu pai na horta da nossa fazenda. Sinto como se alguém me observasse, olho ao meu redor, mas estou sozinha, eu e minhas belas flores, reparo num par de olhos, pensei ser algum animal, sorri então, e convidei para se aproximar, pela altura devia ser um coelho ou esquilo.

-Ei... vêm cá...pode se aproximar...- os olhos começaram a ficar altos, meu sorriso se desfaz, não pensei na simples possibilidade da criatura estar abaixada.

Uma criatura estranha saí do meio dos arbustos, um grito escapa da minha garganta, tem uma forma que eu nunca vi na minha vida, não queria descobrir o que era também, comecei a correr de volta para a fazenda, num passo em falso, bati de frente com alguém, meu coração acelerado ,pela corrida, errou uma batida , um belo homem me olhava preocupado, tinha enormes braços, um belo cabelo loiro, lábios vermelhos, pareciam macios, queria experimentar, o mesmo me oferece a mão, seu toque era forte e macio, poderia ter essas mãos por todo meu corpo.

-Você tá bem?- O loiro sorri sem graça - foi mal aí...- o mesmo analisava meu corpo e rosto, droga , eu tinha que estar coberta de terra?-

-Tudo bem, eu que esbarrei em você- sorri para o mesmo que retribuio, o sorriso mais fofo que já vi.

-Do que você corria ?- Claro! Como pode esquecer?

-T-Temos que ir!- tento puxar sua mão- ele deve estar atrás de mim -

-Quem ?- o grande homem começou a me seguir.

-Eu não sei...tinha uma forma estranha- finalmente saímos da mata, na frente da fazenda tinah uma van estacionada, Chico eletrônicos, enfeitava seu lado.

-Pai?- vejo mais quatro pessoas em volta do meu pai.

-Querida! Onde estava ?- meu pai me abraçou e beijou minha testa, ele tem sido ótimo desde a morte da minha mãe.

-Cuidando das minhas plantinhas -fico agarrada com meu pai.

-Esses jovens estão arrumando as antenas da região- meu pai anúncia- Eles começaram pela Granja abobrinha-

-Sério? Como o Don está ? Ele nunca mais falou comigo... falávamos por rádio -

-Não escute rádio!- um baixinho cabeludo, gritou

-Por quê?-

-Sem concerto ele pode emitir frequências que fazem mal para os ouvidos- ele parecia nervoso, mas deve estar certo, não sei nada sobre tecnologia.

-Bem, bem vindos a minha fazenda, fiquem por quanto tempo quiserem!- meu pai beijou minha cabeça e voltou para horta.

-Gente a...perdão, como é seu nome, adorável?- o loiro me pergunta.

-S/n...- ele sorri.

-Belo nome, sou Lírio- ele sorri.

-Amo lírio, uma pena não crescer aqui- perco meu olhar pela horta, logo todos eles falam seus nomes.

-Quem sabe um dia eu te traga uma- meus olhar se volta para ele - assim não vai esquecer do cara que esbarrou na floresta - sorri e concordei com a cabeça- S/n viu um alheio na floresta!-

-Um o que ?- alheio?

- Alienígenas! - o de máscara pisca para mim.

-Como? Vocês estão tirando uma com a minha cara! - vou em direção a fazenda, mas alguém pega meu braço.

- É verdade, você precisa nos mostrar onde viu e como ele era, pode ser perigoso - o loiro tocava gentilmente meu braço.

- Perigoso ao meu pai?- meu coração acelera tento ao máximo cuidar dele, ele entrou depressão com a morte da minha mãe, pensei que fosse perder ele também, mas ele superou, porém tenho medo de o perder ainda.

-A ele, a você - o loiro de máscara me responde.

-Vocês não concertam antena coisa nenhuma né ?- todos negam.

-tá...era como um fantasma, era meio indefinido, tinha olhos verdes, era assustador, não deu para captar muito, eu saí correndo - abaixo a cabeça por não ser tão útil.

-Eu faria o mesmo- o loiro levantou meu rosto com a mão no meu queixo.

-Pode nos mostrar onde foi?- a bela moça pergunta.

-Sim- fomos andando pela mata, chegamos onde tinha várias flores negras- foi ali- apontei para o canta de onde a criatura saiu.

-Tira ela daqui, Lírio - Xande fala autoritário.

O caminho foi silêncioso, me sentia como criança que precisava de babá. Paramos na frente da minha fazenda.

-Que flores eram aquelas ?- tiro meu olha do chão.

- Orquídeas , minha flor favorita-

-Foi você que cultivou?-

-Sim, ela não gostam de sol, por isso planto elas lá!-

-São lindas, igual a dona- sorriu com o flerte do loiro- Tenho que voltar, nos falamos, orquídeo- sorri com o novo apelido.

-Até,Lírio - fui para o curral dar uma olhada nos cavalos.

{...}

-Não, não, eu insisto - meu pai insistia que os garotos dormissem em casa, depois de ter servido uma goa galinhada - tem quartos sobrando- meu pai ama visita, ele pensa que depois da morte da minha mãe a casa ficou vazia.

-Sendo assim- Xande comenta, os demais concordam, durante todo o jantar senti o olhar do Lírio.

-Bom tem três quartos!- meu pai anúncia- dois com duas camas de solteiro e um com a cama de casal, pensei na moça ficar sozinha, e os meninos se dividirem , mas façam da forma que julgarem certo- meu pai beijou minha cabeça, desejou uma boa noite a todos e foi para seu quarto, mostrei os quartos e também fui me deitar.

Acordei com um pesadelo da coisa me perseguindo, sai da minha cama, eram 2 a.m. , precisava de água, estava bebendo minha água, senti alguém atrás de mim, me virei rapidamente, Lírio escorado na porta da cozinha.

-Você me assustou-

-Sinto muito- o mesmo se aproximou lentamente.

-Sem sono também?- pergunto nervosa desviando o olhar.

-Não consegui te tira da cabeça- foi a última coisa que ele disse, antes de agarrar minha cintura, me puxando contra seu corpo, mentiria se dissesse que também não queria beijar ele desde de a primeira vez que o vi, passei meus braços em volta seu pescoço, os mesmo me prendeu na parede, tivemos que nos separar pela falta de ar, nossas testa encostadas, nossos olhares se cruzaram.

-Eu não quero dormir sozinha!-

-Posso te ajudar nisso!- subimos para meu quarto, tenho muito respeito pelo meu pai, para fazer isso, com ele no quarto ao lado, apenas dormimos de conchia.

Na manhã seguinte, ele sentou do meu lado, ele passou o café da manhã com a mão na minha coxa.

Ele teve que ir embora, para lidar com alheios, meu coração se partiu, coloquei uma orquídea atrás de sua orelha e pedi para que não me esquecesse, ele prometeu que um dia iria me trazer um lírio, deixei um selinho em seus lábios, quando não pude mais ver a van, lágrimas escorreram pelo meu rosto, como pude me apegar a alguém tão rápido? Como pude ser deixada tão rápido quando me apeguei.

-Te espero, meu Lírio...-

Lírio- one shots Onde histórias criam vida. Descubra agora