Lírio- one shots

cure for disease

[Não revisado, perdão qualquer erro]

Eu estava trancada no quarto, minhas costas contra a porta, tentando fazer peso, lágrimas saem a todo momento dos meus olhos, esse quarto tão vazio que costumava ser tão cheio por um grande loiro dorminhoco, eu soluçava baixinho, olhando a pequena criança em meu colo, dormia tão tranquila, tão inocente, abraço mais forte a pequena contra meu corpo, a pequena pálida, mais lágrimas mancham meu rosto, sinto um forte tranco na porta, sou empurrada para frente, mas volto a me apoiar na porta, a porta não vai aguentar muito, me levanto rápido, pegando a bolsa que estava em cima da cama, corro para o banheiro, levando uma cadeira comigo, entro no banheiro, tranco a porta, por sorte só tranca por dentro, coloco a cadeira contra porta para fazer peso, sinto meu coração apertar quando escuto um estrondo na porta do quarto, me sento da banheira, me sentindo fraca, eu estava com tanto medo, tão cansada, mas não posso dormir, não agora.

-S/n abre a porta!- escuto a voz do meu marido, isso me abala profundamente, sua voz era mansa -amor...por favor...abre a porta- escuto sua voz fraquejar, ele tá chorando? Escuto um soluço, sim definitivamente ele tá chorando.

Eu queria abrir a porta, eu queria que ele abraçasse a mim e a nossa filha, por que , Deus ? Por com ela , por que com nossa menininha, estava cansada, meus olhos aos poucos se fecham, Lírio suplicava para que eu abrisse a porta, aos poucos meus olhos se fecham...

Eu gritava de dor, vários médicos em volta de mim, uma dor imensa na minha enorme barriga de grávida, meu bebê tá nascendo, o médico pede para empurrar mas simplesmente não dá.

-Eu não consigo - começo a chorar, as lágrimas se misturam com o suor do meu rosto.

-Claro que consegue, é a porra da mulher mais forte que eu conheço - vejo o grande homem entrar na sala de parto, ele abaixa a máscara e deixa um beijo na minha testa- vamos amor , você aguenta - ele segurou a minha me dando força para empurrar, fiz mais força, mais lágrimas, Lírio segurava forte minha mão, escutamos um suave choro, Lírio solta minha mão, indo para perto dos médicos vendo a bela  menininha, ele não podia pegar ainda, levaram ela e Lírio voltou para o meu lado, aos poucos minha mente apagava pelo cansaço.

Acordo na cama de hospital, meu marido dormia sentado em uma cadeira com a cabeça apoida na minha cama, sorrio com a cena, faço um leve carinho nos cabelos loiros do meu marido, ele geme baixinho com satisfação, Lírio ama um carinho. Uma enfermeira entra no quarto com minha bebê e entrega ela em meus braços, ela idêntico ao pai.

-Parabéns mamãe e papai- ela ri ao ver meu marido dormindo -você deu a luz a uma menina muito saudável, meus parabéns- ele sorri e sai do quarto.

Abraço minha pequena analisando ela, ela abre os olhos esferas marrom como as do pai, cabelos  loiros, tem bastante cabelo, bochechas rosadas, abraço de leve meu bebê, Lírio geme levantando a cabeça, a menininha arrasta o olhar para o pai.

-E esse é o seu papai- Lírio paralisa ao ver o bebê, ele estende as mãos mas recua- o que foi? - ele sempre quis pegar o bebê.

-E se eu derrubar, não segurar direito... machucar com a minha força...- ele para ao ouvir a risada do bebê em meu colo.

-tá vendo... até ela acha isso uma besteira - coloco a pequena bebê nos braços do Loiro, que olha maravilhado para criança.

-Ela é linda...igual a você - ele segura com tanto cuidado, tanto amor.

-Nada haver- ri com o comentário - olha o cabelo, as bochechas, os olhos, são todos seus- ele me olha desacreditado.

-Olha essa boca, esse nariz, a pele, é tudo seu- ele deixa um selinho nos meus lábios.

-É uma mistura perfeita- digo por fim.

-Mais perfeita impossível- nós admiramos nosso bebê.

Já fazia 2 meses que saímos do hospital, nesse tempo eu fiquei doente, e nossa pequena acabou pegando também, Lírio não tinha pego, mas tinha medo dele contrair por mim ou pelo bebê.

Acordo na minha confortável cama, me coração acelera, cadê a Luna, cadê o Lírio? A porta do banheiro tinha sido arrombada assim como a do quarto, me levanto da cama correndo, apesar de me sentir fraca, corro pela casa indo para o quarto do bebê, Lírio está sentado na cadeira de balanço com a pequena bebê no colo, ele admirava sua filha.

-Lírio...- não fazia ideia do que aconteceria daqui para frente.

-Por que? Por que tentou deixar ela longe de mim ? Por que ficou longe de mim?- ele deitou a menina no berço- quer separar? É isso- seus olhos estavam inchados, fiquei tão cega em proteger o Lírio que escondi a própria filha dele.

-Não, nunca, eu...- ele não me deixa terminar.

-Vamos lá para fora, consegui acalmar, a Luna, agora, você apagou - ele fecha a porta do quarto - fiquei preocupado quando ela começou a chorar, mesmo com o barulho da porta, você não acordou, enfim...- ele me olha.

-Me... desculpa- eu começo a chorar e ele se aproxima me abraçando- eu queira proteger você, você não tava doente e eu.... perdão - eu voltei soluçar, minha pernas ficam fracas, Lírio me pega no colo, me levando ao nosso quarto.

-Amor eu prefiro morrer ao ficar longe de você e da Luna- ele beija minha testa deitando comigo- eu te amo, você e ela demais, nunca quero ficar longe de vocês- ele me apertava contra seu corpo, adormeci novamente, estava tão fraca por causa da doença.

Quando acordo vejo Lírio e Luna, assistindo desenho, Luna ria alegre e Lírio ria com a risada da filha...que merda de erro eu cometi ? Lírio vê que eu acordei, ele beija meus lábios, deixando Luna no meu colo, ele pede para mamar, Lírio obsera com um sorrisinho no rosto, logo ele sai do quarto, não reclamo, ele demora para voltar, Luna já tinha terminado agora brincava com meus cabelos, logo o mesmo volta, com uma bandeja, tinha sopa , pãezinhos, e uma sobremesa.

-Amor...- sorrio para ele que deixa a bandeja ao meu lado.

-Eu vou cuidar de você, vocês dois- ele pega novamente a menina, dando vários beijinhos na bochecha da nossa bebê que ri enquanto abraça, ou tenta, o pescoço do pai.

namoradadolirio, aqui anjo