24 - Tons de um estranho azul.

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Notas do autor: O capítulo a seguir contém gatilhos, anteriormente avisados nas tags e na introdução. Caso sintam-se desconfortáveis, pulem a descrição e os diálogos quando o "vídeo" começar.

Gatilho: abuso sexual gravado (passado).

Boa leitura!

Boa leitura!

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Minha cabeça... eu nunca senti tanta dor de cabeça antes.

Se fosse apenas isso, talvez eu pudesse ignorar a dor pungente e o gosto amargo na minha boca. Mas a cada segundo de lucidez se torna uma tortura alastrando pelo meu corpo, atraindo arrepios desgostosos. Meu pulso, eu o sinto, mas de um modo tão desagradável que ofeguei ao senti-lo raspar, unidos um ao outro, ardendo, terrivelmente ardendo.

Quando me movi mais um pouco, senti meu pescoço estalar, a dor insuportável na nuca, descendo pela minha coluna, minha bunda, minhas pernas, então desperto e o último rastro de sono se vai, no segundo em que respiro fundo como se tivesse passado tempo demais sem oxigênio.

— Que porra...? — grunhi de dor ao levantar a cabeça e apertar os olhos.

Um cheiro de mofo e suor adentrou meus sentidos de tal forma, que eu senti enjoo logo no primeiro segundo. Olhei ao redor; não há nada além do que grandes latas no canto do que parece ser um galpão. Arfei de dor ao olhar acima dos ombros; logo à esquerda, há uma porta, marcas no chão como se algo pesado tivesse sido arrastado como... móveis, o que explica o odor. Mas nada além de cinza e mofo. Cinza e mofo... Suigetsu.

Baixei os olhos para os meus pés; estou amarrada, minhas mãos atadas atrás das costas e um peso horrível no peito. Mais cordas em volta da minha cintura, me aprisionando aqui. Minhas mãos começaram a suar, minha garganta secou e meus olhos esquentaram. Que porra é essa!?

— Que merda você pensa que está fazendo, seu babaca!? — gritei, perdendo ar, puxando ar. — Eu quero sair! Me tira daqui, me tira daqui!!

Meu celular... Onde está a porra do meu celular? Olhei ao redor, mas não consigo ver, eu não... O som abafado dele soou logo atrás de mim, e quando me virei, observei a porta. É de lá que vem. Se aproximando mais e mais. Ele está com meu celular. Sasuke...

Que horas são?

— Hummm, aparentemente alguém tem compromisso esta noite. — A porta se abriu; ele surgiu sem camisa, cabelo bagunçado como se tivesse dormido. Que lugar é esse? — Olha só quem acordou, é a minha gostosa. E esse cara é o gostoso da minha gostosa? Esse infeliz que não para de ligar!

Virei-me para frente no segundo em que ele veio na minha direção. Meu telefone havia parado de tocar, mas começou a tocar outra vez. Meu Deus... Meu Deus. Prendi a respiração quando Suigetsu colocou a tela na minha frente revelando o nome do desesperado.

É Sasuke mesmo, ele está ligando. São nove da noite. À quanto tempo ele está ligando? O maldito esperou a ligação cair para me obrigar a fazer o reconhecimento facial e destravar meu celular.

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