6 - Tons de mostarda e cinza.

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Notas do autor: O capítulo a seguir contém gatilho (previamente avisado no capítulo de aviso)

Normalmente a cor mostarda é associada à riqueza e prosperidade, no entanto, a inclusão da cor no título fala mais sobre um tom que a Sakura não gosta, e liga a sentimentos ruins(embora não seja dito neste capítulo.) E o cinza pode ser relacionado a depressão, desconfiança e tristeza. É uma cor sem graça que precisa da mistura com outros tons para ser minimamente interessante. Uma cor neutra.

Boa leitura!

...

— Eu não te criei para agir como a porra de um babaca! Não venha na minha casa ofender quem está aqui!

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Eu não te criei para agir como a porra de um babaca! Não venha na minha casa ofender quem está aqui!

Eu não sabia que teria como ficar ruim sem que eu precisasse fazer alguma coisa. Sasuke adora dizer que não nos conhecemos direito, e que eu não posso seguir adiante nos flertes... Mas ele parece me conhecer o suficiente. Aquele garoto me ofendeu e ele não ia ouvir, ia sentir. Porém, Sasuke disse: "Vá lá pra cima, Sakura. Depois você desce."

Eu odeio o fato de que ele odeia mandar em mim. Diz que não é o meu pai e é verdade, mas eu presenciei seu olhar intenso em direção ao filho, enquanto me dizia o que fazer. Agora o que posso fazer é escutar. Talvez aquele remedinho faça efeito, de alguma forma.

Era pra cumprimentar como? Toda garota que você coloca aqui, é pra foder. Eu sei disso mais do que ninguém. Aí me aparece aquela mesma garota que você tava obcecado, junto da frase: "seu pai vai empresariá-la" Porra, velho! Nem a mim você quis empresariar e aquela vai? Queria que eu pensasse o quê?

Ciúmes. Ele sente ciúmes do pai, está com ciúmes de mim com Sasuke. Então eu estou no abatedouro de um homem mais velho? Engraçado... comigo ele parece tão sério, responsável e carinhoso. Me recusa quando ofereço, mas traz pessoas para cá, com outras intenções. Então me lembro que ele ofereceu o apartamento para que eu ficasse. Me queria? Não me quer? Não entendo...

Vou ter que explicar de novo, não é? — Me assustei quando ouvi um bato forte, alto como se tivesse quebrado uma cômoda. — Sou o seu pai, porra! Relações de família e trabalho não se misturam. Te arrumei o melhor empresário desse lugar e é assim que você me agradece, Kawaki? — Ele está nervoso... Sua voz está alta, quase estrondosa. — Quando eu penso que vai tomar jeito, volta três passos pra trás e cospe em tudo o que eu proporciono a você. De que outra forma pretende me decepcionar mais?

Decepcionar... Barulhos altos, vozes exaltadas. Raiva e raiva, mais raiva e irritação. Ódio... decepção desgosto. Isso... "você me decepciona, Sakura! Você só me traz desgosto!" Não... não é pra mim que ele diz isso, não sou eu. Não sou eu...

Não é igual. Ele não é o meu pai. O meu pai não se importa o bastante para explicar duas vezes. Não tem qualquer relação. Então... por que eu senti aquele mesmo arrepio na nuca e a sensação de inquietude no estômago? Não é a mesma coisa...

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