31 - Tons de vermelho carmim

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Notas do autor: O capítulo a seguir é chatinho

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Notas do autor: O capítulo a seguir é chatinho. Capítulo introdutório para a segunda fase da fanfic: a carreira da Sakura, e o início do fechamento de alguns draminhas de terceiro plano.

Comentários dos personagens, são opiniões dos personagens, não do autor.

Desculpem a demora, apesar dos pesares, espero que gostem, e boa leitura!

...

Estranhamente, não encontrei tanta compreensão e paciência no homem que tem as duas coisas em completa abundância.

Talvez seja verdade, como sempre penso que é; eu estresso as pessoas, elas cansam, após me doar todo o seu pacote de paciência, ficam nervosas ao meu lado. Vi isso nele, junto a um vislumbre estranho de medo e agonia. Sasuke pensa que eu estou lidando com as consequências das minhas atitudes burras. Esqueceu-se de que havia sido ele a me instruir para ficar com outras pessoas, eu apenas fiz. Mas, talvez eu devesse ter esclarecido que... Caleb não...

Não importa mais, né!? A essa altura até Hinata está nervosa, e eu estou mais ainda. Sinto essa coisa em mim, um ventilador de aeroporto, pequenininho, bem instalado na minha barriga. Só na minha, como se eu fosse a única a estar sentindo frio, em plena escuridão, esperando a pessoa certa abrir as janelas, e tirar essa coisa. Ou que acabe a bateria. Mas não acaba, parece que seu vento está cada vez mais potente. É essa a definição do que estou sentindo.

Estou encarando seu nome na tela do meu celular, planejando não surtar ainda. Eu... eu já fiz isso, já fiz o suficiente, eu só queria que ele me ajudasse a não fazer outra vez. Só estando aqui, do meu lado, para não me fazer surtar, só isso.

— Sakura? — Hinata está me chamando de cinco em cinco minutos. — Já está mais calma?

Eu posso notar a hesitação em sua voz, o quanto parece estar preocupada com a minha instabilidade. Eu não a culpo, mas o fiz no segundo em que ele saiu e me deixou sozinha. Machuco as pessoas, estou cansada de saber disso, mas o único modo de me fazer parar, foi me trancar aqui para respirar fundo. Fodi com o banheiro, acordei meu irmão, trinquei o meu espelho, ferrei com os nós dos meus dedos, meu cabelo está caindo, meus dentes doem de tanto pressioná-los.

Estou uma bagunça, e eu não queria que ele me visse assim, pensando que não tenho mais jeito, que não melhoro nunca, que estou sempre tendo recaídas — se é assim que devo chamar — borderline é uma droga. Ela é como um vício de uma droga que eu não escolhi usar. Até o momento em que só tenho borderline, está tudo bem, todos parecem otimistas. Mas quando me torno borderline, eu vou estar assim, assustando todo mundo.

— Irmãzinha? — Hyan me chamou com seu tom meigo e entristecido, logo em seguida o miado de Lua prolongou seu chamado, ecoando na minha cabeça. — Tá tudo bem... né? Eu posso ir alimentar a Lua pra você hoje. Eu vou lá, mas eu ainda estou aqui.

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