2 - Tons de desconfiança.

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Um mês depois

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Um mês depois...

Levei um soco no estômago ao acordar.

Não é literal, mas a dor foi parecida. Não sei, desde que terminamos as coisas têm sido mais difíceis. Eu terminei com ele, porque fui agressiva e... não sei, depois me tranquei no quarto, não consegui sair se não fosse para o trabalho e do trabalho para casa. Sei que Hyan sente falta de mim e eu não queria ser tão horrível e deixá-lo sozinho, mas às vezes eu sou egoísta.

Demorei a tomar coragem para ligar. Pensei que tinha perdido o número, mas fui incentivada e não sei... Mudanças me causam medo, mas Hinata disse que eu não deveria perder essa chance, e eu estou tentando muito não perder. Acho que despertou um lado curioso meu, então cá estou. Só não é fácil, de verdade. Estou me acalmando da tremedeira horrível, da sensação de enjoo, do choro compulsivo em um banheiro de um café chique.

Tive coragem de erguer o rosto só agora, depois de vinte minutos. Foi o tempo que precisei para não me assustar com a minha própria imagem. Eu estava desfigurada quando meus olhos estavam embaçados. Parecia uma versão assustadora. Eu me assustei. Chorei mais. Doeu muito mais. Mas, agora, o que dói é essa maquiagem borrada e de péssima qualidade. Passo a mão no meu cabelo, mas não ajuda muito. Resolvo prender, e acho que ficou muito feio. Deixo solto, no fim. Limpo meus olhos com o papel toalha e parece que chorei muito e acordei agora.

Que sorte a minha ter pó compacto aqui e um liptint para dar cor ao rosto. Não vão perceber. Tudo certo, é o que eu tenho para entregar. Depois de um mês, eu espero que ele se lembre da minha voz pelo menos. É para isso que estou aqui. A grande chance, tem que servir.

Saí do banheiro, e só quando voltei para a mesa, vi o carro que ele descreveu, acabando de estacionar na frente do estacionamento: Ford Maverick. Bastante humilde, eu pensei que ele viria com uma lamborghini. Porém, depois de pesquisar sobre seu filho, acho que se fosse o caso, eu estaria esperando o cara errado.

Virei um copo de água quando a porta abriu. Eu não me lembro muito bem, estava escuro, mas lembro que ele era um grande gostoso. Mas, e se não for ele? Se não for, então eu dei mole por um mês, até porque, foi um gostoso que eu consegui impressionar, não teria o mesmo efeito com outro homem. Além disso... É... é ele mesmo.

É o cara! Por ser pai, eu não sei porque esperava que ele viria todo de social, terno e óculos de grau. Pelo visto não é o caso. Da porta o cheiro apimentado e quente do seu perfume me derrubou quando o vento passou por ele e trouxe seu cheiro gostoso até mim. Ele está de calça jeans azul escuro, camisa branca e uma jaqueta preta por cima. O mais básico possível, mas... naquele homem, o básico é um novo estilo que descreve homens delicinhas em roupas comuns que, neles, se tornam o auge do padrão.

Gosto do corte de cabelo. Ele claramente usa gel, todo homem que parece passar dos trinta, usa. Está jogado para trás, destacando a mandíbula, o óculos de sol o torna muito mais moderno. Provavelmente é o que ele quer passar. E não tem barba. Eu queria uma barba, mas também queria ser o creme pós barba dele. Espera... para de pensar nessas coisas, caramba! Putinha de merda.

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