Talentosa e carismática, Sakura acaba encantando um dos CEO's da maior gravadora dos Estados Unidos. Sua carreira estava apenas começando. Embora estivesse realizando um sonho, ela não contava que mudaria toda sua personalidade e imagem para vendere...
Notas finais: É importante que vcs leiam as notas finais, pois é tão fundamental quando a narração.❤️
A música do capítulo é esta acima 👆🏼, como sempre, ela também está disponível na playlist. Fiz uma pasta diferente no Pinterest com referência visual do capítulo, lá vai está a imagem e em qual capitulo o personagem usou aquele traje. Apesar de eu estar descrevendo aqui, para ficar mais claro, costumo deixar as referências visuais no pin.
Ambos os links estão na aba "sobre" daqui do perfil.
Boa leitura!
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Dois meses depois...
Um cubo mágico em tons pastéis, em cima de uma mesinha de centro, de vidro, redonda e frágil, parece quebrar com facilidade. Ao invés de pernas, tem livros de mentira segurando a estrutura, e o cubo bem ali no meio de uma cesta com outros enfeites. Faz meia hora que estou tentando fazê-lo funcionar, a peça é muito mole, fica girando fácil e os tons são muito parecidos. Branco, azul clarinho, amarelo e rosa, mas dependendo da luz, parece até que é tudo branco.
Olhei para o relógio e agora vejo que faz um tempo que estou tentando fazer esse cubo ficar normal. Decidi que era a minha meta, mas começou a me deixar estressada, então larguei dentro da cesta. Estou no sofá de frente a mesa de centro, sinto que a minha calça preta não combina com o resto, com essas cores. Talvez meu cabelo, mas não sei também. Se ele fosse mais curto, faria algum sentido, mas eu olho ao redor, na estante de livros, na porta e é laranja. Laranja!
— Por que a sua sala é laranja? — perguntei, contorcendo meus dedos do pé de agonia.
Não é o tom em si, mas é a cor que chega perto ao tom que eu não gosto. Eu me sinto deslocada aqui dentro, tudo aqui parece errado, como se gritasse que eu não deveria estar aqui. Por que eu estou aqui? Porque eu queria agradar alguém, porque só faço merda. São essas as respostas.
O homem de cabelo grisalho e roupas de hippie — que também não combina com a sala —, olhou ao redor, depois a mim. Ele não vai anotar no bloquinho?
— Você não gosta?
É um tom que me incomoda, ainda me deixa com fome. Por que eu não tomei café da manhã?
— Eu odeio esse tom! — Dei de ombros, então me joguei no sofá, com os pés em cima. — Não gosto de nada nele. Não gosto da sua sala também.
Normalmente eu manteria a minha sinceridade para mim, ficaria quietinha e menos crítica, mas eu não quero que ele goste de mim, não quero que pense que vou continuar vindo ou que faz alguma diferença na minha vida.
— Bom, vou anotar junto a uma sugestão. — Ele parece tão bem humorado, pensando que vai me conseguir. — Tem alguma?
Não faz mal pensar em algo para seus próximos pacientes, para que eles não fiquem sentindo fome e agonia ao olhar essa cor aqui. A iluminação tira o peso evidente da sala, faz parecer leve, mas eu me incomodei, então alguém vai se incomodar também!
