Talentosa e carismática, Sakura acaba encantando um dos CEO's da maior gravadora dos Estados Unidos. Sua carreira estava apenas começando. Embora estivesse realizando um sonho, ela não contava que mudaria toda sua personalidade e imagem para vendere...
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— Deixa eu ver se entendi... — Ela suspirou, tensa. — Está querendo me subornar pra ficar longe de Sakura?
Ela parece chocada, não entendi o porquê ou onde está 0 segredo nisso.
Aparentemente, é meu dever deixar problemas longe de problemas. Delta é um problema em potencial, e ela quer me fazer crer que não, que não tem culpa de nada em todo aquele seu discurso choroso. Pode ser verdade, não tiro as chances disso, sequer pensei em deixar a culpa virar uma coisa unilateral, mas acontece que Sakura é instável e tem uma saúde mental muito pequena para que eu continue assistindo todo esse drama.
Cruzei as pernas e ela bufou, como se isso significasse além do óbvio. A garota saiu do lugar, pegou um cigarro e acendeu, encarando a janela. Eu vejo que estou fazendo a coisa certa pelo modo como ela insiste em olhar para os lados, claramente sob o efeito de alguma substância, beirando a paranoia. E foi desse jeito que eu a vi pelas câmeras da clínica onde Sakura está internada.
A desgraçada foi mexer com a moleca.
— Você foi visitar alguém que, por sua causa, está internada. Faço a coisa errada quando tempo preservar a saúde da minha cliente?
Delta bufou e uma fumaça branca escapou de sua boca ao me olhar, inconformada.
— Eu não fiz de propósito! Está tirando a culpa dela e jogando toda em mim! — Ela tirou o casaco, apertando o cigarro entre os dentes, antes de voltar e sentar na mesa à minha frente. — E o que você tem a ver com a vida da minha namorada, eu quero mesmo sab-
— Ex. — Elevei a sobrancelha e me inclinei, como ela está fazendo tentando me desafiar pela segunda vez. — Não sei se sabe ou se a nicotina e as drogas estão comendo a porra do seu cérebro, mas preciso de uma artista saúdavel e sem problemas com relações interpessoais e duvidosas.
Não demorou para as lágrimas aparecerem. Ela segue aquele mesmo roteiro.
— Eu parei de usar drogas — murmurou, como se eu fosse acreditar.
— Ah, eu posso ver.
Se ela alguma vez parou, voltou a usar. É disso que estou falando, a relação das duas parte dos dois lados quando estão juntas. Sozinha, não se ouvia nada sobre Delta, ao menos nada negativo. Porém, desde que conheci Sakura, tudo o que escuto é sobre Delta, Delta, Delta e Delta.
A mesma Delta que disse coisas descabidas para uma garota desesperada por atenção e mentalmente quebrada. A mesma Delta que levou o meu filho ao declínio a ponto de ficar meses em uma clínica de reabilitação devido ao uso constante de metanfetamina. É essa Delta.
Eu não quero saber quem está certa ou errada, não perguntei o que ela sentiu quando leu as letras de Sakura ou como foi a discussão, quem começou e quem tratava quem igual a lixo. Honestamente, eu não dou a mínima. A coisa começou a me afetar, afetar a carreira dela, portanto já basta, vai acabar aqui. Cansei de assistir os altos e baixos de Sakura correlacionados a essa garota.
