21 - Tons de cinza em um céu nublado.

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Notas do autor: A música do capítulo é esta abaixo.

Boa leitura!

Um beijo nunca doeu tanto, como naquele momento em que minha visão embaçou e eu só queria chorar na frente de todos e gritar o quanto está machucando a falta de ar, a sensação de que estou me afogando e prestes a morrer em agonia e desespero

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Um beijo nunca doeu tanto, como naquele momento em que minha visão embaçou e eu só queria chorar na frente de todos e gritar o quanto está machucando a falta de ar, a sensação de que estou me afogando e prestes a morrer em agonia e desespero.

É essa a sensação de perdê-lo. Não tem nada mais doloroso que isso. Eu poderia me cortar, sangrar até morrer, arrastar minhas feridas abertas, em brasas, por um quilômetro, e doeria menos. Bem menos.

Esse sufoco... Os olhos dele, o aperto em meu braço, o sussurro irritado saindo da sua boca, minha insegurança a respeito do abandono, minha imaginação ao vê-lo beijando outra, pedindo para outra gemer pertinho porque queria escutar, foi como um golpe forte na minha barriga. Senti uma lâmina quente, penetrando minha pele lentamente para me fazer sofrer, enquanto me afogam e apertam meu pescoço.

Como vou sobreviver? Como eu vou conseguir respirar de novo? Quando vou poder parar de chorar sem sentir meu mundo caindo na minha cabeça, me machucando assim? Eu beijei seu filho... Beijei, por raiva, recentemente, ciúmes e inveja, mas, principalmente, por desespero, porquê se eu o soltasse e saísse naquele instante, ia doer mais, eu não conseguiria evitar de chorar ao ponto de romper as veias dos meus olhos.

Mas... Ele viu. Ele viu. Ele viu. Ele viu. Ele viu!

Ele estava lá, no meio de todo mundo, nos encarando, com a taça erguida. E quando todos pararam de bater palmas e voltaram a dançar, Sasuke continuava me olhando, bebendo como um louco de sede no deserto. Não tirou seus olhos de mim até o momento em que senti dor, a culpa me corroendo e fui até seu encontro, para ser ignorada. Ele me ignorou, fingiu que não era eu, saiu de perto fingindo não me escutar, bufando de raiva quando pedi para conversar, e se isolou dentro de um cômodo qualquer.

"Amanhã mesmo você volta para New York." Ele me expulsou, porquê eu pedi mais do que queria oferecer, eu sei. E agora está doendo, porque se eu não tivesse sido tão burra... Se eu tivesse ficado quieta, de boca fechada, ele poderia estar aqui comigo, escondido, me beijando. Eu disse que gostava de segredos, e fiz isso? Por que eu sou tão burra? Agora ele me detesta, me abandonou, prefere me ver morta do que em sua frente, porquê eu sou burra!

Eu sou estúpida, ridícula, imbecil, tralha, merda e lixo.

Era o homem mais perfeito de todo o mundo, ele... me colocou para dormir, durante uma semana, me deu banho, fez carinho, me fez gozar sem pedir nada em troca; apenas olhando meu prazer, meus olhos pesados, sem forçar, sem insistir, nem mesmo parecia frustrado. Ele cuidou de mim, e eu surtei!

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