CAPÍTULO XIV - CARTAS E UÍSQUE
Por um momento, Sasuke duvidou que ela iria desistir. Não era do seu feitio, e quando Sakura admitiu a derrota, ele ficou levemente decepcionado, apesar de satisfeito.
Nutria a pequena esperança dela ser teimosa o bastante para lhe provocar, obrigá-lo a contar a todos que havia colocado a boca em cada pedacinho daquele corpo, e que provavelmente ainda havia marcas de seus beijos possessivos. Um fato que se por acaso se tornasse conhecimento público, o obrigaria a propor casamento.
Talvez fosse a hora do Uchiha realmente refletir o motivo da sua mente sempre o levar ao altar com a senhorita incrivelmente irritante Haruno.
Novamente ele a observou, com o rosto emburrado e os braços cruzados em frente ao peito, fazendo seu decote ficar incrivelmente tentador.
Era capaz de tirar o vestido dela dentro da carruagem. De novo.
- É uma péssima perdedora, senhorita Haruno.
Os olhos verdes se voltaram para ele, e ela fez uma careta.
- Eu? Tem certeza?
Sasuke sorriu.
- Absoluta.
Ela pressionou os lábios, e ele soube que estava calculando se devia responder ou simplesmente ignorar. Por fim, sua necessidade de estar sempre certa venceu.
- Você trapaceou.
Sasuke levantou as sobrancelhas, sem entender onde ela queria chegar.
- Quando?
- Não se faça de idiota.
- Não sei do que está falando, senhorita Haruno.
Ela bufou.
- Ameaçar contar sobre ontem foi um movimento asqueroso.
- Fugir do nosso compromisso também.
- Você não está comparando eu sair sem o senhor com a possibilidade de me arruinar, está?
O duque não planejava arruina-la.
Por mais que não fosse amigo do Hyuga, sabia que ele não contaria a ninguém. E Sasuke planejava falar com o conde, antes que se tornasse de conhecimento público o que fizeram.
- Eu não iria te arruinar.
Ela revirou os olhos.
- Ah, sim, claro, foi por isso que ameaçou contar.
Sua voz doce transbordava sarcasmo.
- Você acredita mesmo que eu faria algo para lhe prejudicar?
- Não sei o que você faria apenas para ganhar.
Sasuke se encostou no banco. Discutir com ela era uma perda de tempo.
- Você não pode me culpar por sido melhor do que você.
Sem ter nenhum outro argumento, Sakura apenas pressionou os lábios, desviando sua atenção para a janela. Sim, ela podia e iria culpa-lo. Não era possível ver nada de fora, pois Sasuke não havia permitido que sua acompanhante a acompanhasse de perto - a mesma iria lhes encontrar depois de recolher as coisas deixadas para trás -, portanto, ninguém podia saber que a senhorita Haruno, uma jovem solteira, estava na carruagem, sozinha na sua presença. O que recebia toda a atenção dos olhos verdes, era uma cortina de veludo.
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O Canalha Perfeito
Roman d'amourTodas as debutantes da sociedade londrina desejam ardentemente se casar, preferencialmente com um nobre, principalmente se o nobre em questão for o filho do marquês, Naruto Uzumaki, dono de um belo par de olhos azuis e um sorriso gentil que faz dama...