Jug
Depois que entramos em casa, percebo que estamos sozinhos a não ser pela companhia do jardineiro da minha mãe. Claudia deixou um bilhete na geladeira avisando que iria até o supermercado.
Ótimo. A Betty vai pensar que eu a trouxe aqui com outras intenções.
— Desculpa, Betty. — Digo para ela enquanto se senta no balcão da cozinha. — Eu não sabia que a Clau não estaria.
— Ta tudo bem. — Ela diz, me olhando.
— Podemos ir no pop's almoçar.
— Ou... — Ela diz, se levantando. — Você pode cozinhar para mim.
— Ta maluca? — Pergunto, e sua expressão muda. — Eu nem sei cozinhar.
— Isso não é problema. — Ela vai até a pia e começa a passar sabão nas mãos. — Eu posso te ajudar.
— Ai betty, não sei se eu quero... — Começo, mas ela me interrompe me puxando pelo braço.
— Você é meu namorado agora. Então isso quer dizer que você tem que fazer o que eu mandar.
— Ora, não é só porque eu não tenho experiência nisso que quer dizer que vou acreditar em tudo que você disser. — Respondo enquanto ela ensaboa minhas mãos.
— Eu também não tenho experiência nisso. Mas não precisa de muito pra saber que as mulheres quem mandam.
— Ta bom. Vou aceitar porque estou apaixonado demais para me recusar a te obedecer.
No mesmo momento, ela me olha com seus olhos brilhantes, e suas bochechas ficam coradas.
Fico encarando sua feição por uns segundos, e a vontade de beija-lá cresce dentro de mim.
Mas ela solta minhas mãos bruscamente, me deixando confuso.
— Aonde tem macarrão? — Ela pergunta, e suspiro.
— Ali na despensa.
***
Depois de cozinharmos, e eu quase colocar fogo no pano de prato, Betty e eu almoçamos um macarrão com almôndegas incrível.
Para falar bem a verdade, ela fez quase tudo sozinha. Mas vou me dar os créditos porque eu quem cortei quase todos os temperos.
— Isso está maravilhoso. — Digo quando ela tira nossos pratos do balcão.
— Estava bom... — Ela diz enquanto coloca os pratos na pia.
— Bom!? — Repito sua fala, me levantando do balcão.
— Não foi dos melhores que ja comi. — Ela responde, de uma forma mesquinha.
— Ei! — Digo, indo até ela na pia. — Você poderia me poupar. É a primeira vez que cozinho.
— Você cozinhou? Eu quem fiz o macarrão todo seu palhaço.
— Mas eu ajudei. — Digo, pegando em sua cintura e virando-a para mim.
No mesmo momento, ela olha profundamente para meus lábios e suspira.
— Mas confesso que... — Começo, olhando em seus olhos. — Só ficou bom porque você quem fez.
Me aproximo lentamente de seu rosto, e ela fecha seus olhos. Estou tão enfeitiçado por ela, que sou capaz de beija-lá até perder o fôlego.
— Estou atrapalhando algo?! — A voz de Claudia toma o eco da cozinha, fazendo com que a gente se assuste.
— Oi, Clau... — Digo, e me sinto um pouco envergonhado.
— Eu sabia que vocês dois estavam de namorico. — Ela diz enquanto coloca as compras em cima do balcão.
— Pois bem... — Digo, pegando na mão da Betty. — Você estava certa.
— Vocês nunca me enganaram. — Ela diz, vindo até nós. — Que felicidade.
No mesmo momento, ela abraça Betty e coloca suas mãos em seu rosto envergonhado.
— Seja bem vinda a família, minha querida. — Ela diz, dando um sorriso.
— Obrigada?! — Ela responde meio sem jeito, e Claudia sorri.
Depois de uma longa e desconfortável conversa sobre como Claudia estava feliz, eu enfim consigo roubar minha namorada.
— Tchau, Claudia. — Betty diz a mais velha, que sorri. — Depois venho te dar um beijo de despedida.
— Vem sim, minha querida. — Ela diz. — E por favor, não esqueçam do preservativo.
— Claudia!!! — Digo, e ela arqueia a sobrancelha.
Puxo Betty pela mão, e a levo até o jardim de trás. Espero que ela não esteja envergonhada o suficiente a ponto de não querer falar comigo.
— Nunca tinha vindo aqui antes. — Ela diz, e sorrio.
— Eu gosto desta parte da casa. — Admito para ela, que fecha os olhos e respira fundo
— É muito linda.
— Me desculpa pela Clau. — Digo, e ela abre seus olhos.
— Tudo bem. Não tem como este dia ficar mais emocionante.
— Tem razão. — Digo, sorrindo. Mas ela permanece seria.
Pego em sua mão quando sentamos no banco, e acaricio a palma com meu dedo. Tenho sentido a Betty estranha desde hoje de manhã.
Sei que a peguei de surpresa, e que provavelmente ela deve ter se sentido muito constrangida. Mas ela não me rejeitou.
Então por que eu sinto que ela esta me rejeitando agora.
Sei que ela nunca foi de muitas palavras, mas ultimamente ela não tem dito nada e, quando diz, é uma frase curta em resposta a algo que eu pergunto.
Pelo menos a maioria das nossas conversas foi assim.
— Elizabeth. — Digo, frustrado por meus pensamentos. — Quer por gentileza me contar o que está acontecendo?
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ᴄᴏᴍ ᴀᴍᴏʀ, ᴊᴜɢ! - Bughead
Lãng mạnJughead é o típico garoto da escola no qual todos conhecem e querem ficar perto, bonito, descolado, capitão do time de futebol e tipicamente mulherengo. Ele leva sua vida de ensino médio normal, até um trabalho em dupla com a esquisita Elizabeth Coo...