chapter 38

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Betty

Quando adentro a sala de filosofia, encontro apenas Cheryl e o professor, que esta virado de costas para nós, enquanto escreve no quadro a data de hoje.

Não ligo muito para isso, afinal todos demoram uma eternidade para entrar na primeira aula. O professor sempre fica irritado com isso, mas hoje ele parece não ligar muito para isso.

Talvez pelo fato de estarmos no final do ano. Sei lá.

De qualquer forma, isso me deixa tensa. Tudo o que eu quero é apresentar esse trabalho e acabar com isso de uma vez por todas. Mesmo que sozinha, ja que não vi o Jug na escola hoje.

Deve ter ido descontar a frustração de seu primeiro fora entre as pernas da Jane. Não duvido nem um pouco disso.

Só de pensar em vê-lo meu estômago ja embrulha e tenho calafrios. Não quero pensar sobre nós e nem sobre o que aconteceu ontem.

— O espírito do mau humor ja saiu do seu corpo, Elizabeth? — A voz de Cheryl me pergunta, me acordando de meus pensamentos.

— Desculpa. — Respondo, olhando para ela. — Só estou meio distante hoje.

— Mesmo dizendo que não há nada eu sei que tem. — Ela diz, pulando uma mesa para se sentar ao meu lado. — Eu conheço você.

— É, você me conhece. — Respondo suspirando. Ela está certa.

— Sei que não quer me contar o que houve. Mas também sei que você está ciente de que estou aqui pra você. — Ela diz, pegando em minha mão.

— Eu sei, sim.

— Então sabe que pode contar comigo quando quiser desabafar. Você é minha melhor amiga, e não quero que pense que esta sozinha.

As palavras de Cheryl me confortam um pouco, por mais que não seja o forte dela ser fofa assim, sei que ela está tentando.

— Obrigada, Cheryl. — Respondo, e ela sorri.

— Preciso te contar uma coisa... — Ela diz, e a encaro com atenção.

— Conta.

No mesmo momento, o alarme de incêndio toca, atraindo a atenção do professor e dos poucos alunos que se encontram na sala.

— Pessoal, vamos sair. — O professor Hamilton diz, pegando suas coisas. — Isso não é um treinamento, eu acho.

No mesmo momento, pegamos nossas coisas e um por um saímos da sala em direção ao campus. Espero mesmo que não seja um alarme falso, embora isso faça com que eu não precise ver o Jughead tão cedo, caso ele apareça.

— Acho que isso é mais uma palhaçada do diretor para nos ensinar sobre como "sair da sala em caso de incêndio" — Cheryl diz, quando chegamos a parte de fora do prédio.

— Talvez. — Respondo, frustrada.

— Continuando... — Ela diz, quando nos sentamos a arquibancada.

— É mesmo. Conta.

— Estou ficando com uma pessoa. — Ela admite, logo após prende sua respiração.

— O quê? — Pergunto, surpresa. — Quem?

— Ai Betty, que bom enfim poder te dizer isso. — Ela diz, soltando sua respiração. — Estou tão aliviada que poderia sair voando.

— Cheryl, com quem você está ficando? — Insisto, tentando fazer com que ela pare de enrolar.

— Antes que você me olhe com seu olhar de julgamento, quero que saiba que ela é extremamente incrível e faz com que eu me sinta a garota mais feliz do mundo.

Ela!? — Digo, com empolgação. — Isso fica cada vez melhor.

— É a Toni. Minha dupla no trabalho. — Ela conta, e eu arqueio as sobrancelhas. — Na verdade, nós nos falamos todos os dias desde a festa.

— Espera, então foi por isso que você sumiu?! — Pergunto, ignorando o fato de que ela está ficando com alguém do grupo dos idiotas.

— Sim!!! — Ela diz, virando os olhos. — Mas eu juro que não foi de propósito.

— Cheryl, sua safada! — Digo, empurrando de leve seu ombro.

— Eu só não voltei porque sabia que você estava em boas mãos. — Ela diz, com o mínimo de ironia que ela consegue demonstrar.

— Não entendi. — Respondo com uma expressão de tédio.

— A Toni me contou o quanto o Jughead está caidinho por você. — Ela diz, e arregalo meus olhos.

— O que?!

— É. Na verdade todo mundo ja sabe o quanto ele gosta de você. — Ela diz, de uma forma como se fosse difícil admitir. — Não suporto o Jones, mas Toni me disse que desde que ele te conheceu, ele parece outra pessoa.

— Vocês estão em um complô contra mim, né?!

— Betty, você que não aceita que pode ser feliz com uma pessoa diferente de você. — Ela diz, me olhando nos olhos. — O Jughead tem muitos defeitos, mas eu sei que ele está tentando ser melhor pra você.

Você sabe?! — Digo, arqueando a sobrancelha. — Ou a Toni te disse isso, e você está tão apaixonada por ela que acreditou.

— Ou pelos dedos dela... — Ela pensa alto.

— CHERYL... — Digo, indignada. — Pelo amor de Deus.

— E eu tenho culpa se ela é tão maravilhosa?!

— Vocês dormiram juntas aquele dia, né?! — Pergunto, mesmo ja tendo certeza da resposta.

Ok eu admito que sim. — Ela diz, olhando para o lado.

— Me sinto traída. — Levo minhas mãos ao peito, e ela ri.

— Você sabe que ninguém nunca vai ocupar seu espaço no meu coração. — Ela diz, e começo a estranhar sua personalidade apaixonada.

— Não sei de nada disso.

— Talvez você tenha que dividir esse espaço, mas você ainda pode ficar com a parte maior. — Ela diz, e abro a boca em forma de indignação.

— Você é péssima! — Brinco, e ela ri novamente.

— Me sinto feliz. — Ela admite após uns segundos, olhando para baixo.

— Eu também estou feliz por você. — Digo a ela, que sorri e me da um beijo na bochecha.

— Ok pessoal, foi sim um alarme falso. — O professor Hamilton avisa, deixando todo mundo frustrado. — Podemos retornar a sala de aula.

E lá vamos nós.

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Oi gente, lembram de mim? :') Sim, agora é do fundo do meu coração, prometo que irei terminar a história. Espero que nao me odeiem e que não tenham desistido desse clichê todo. <3

ᴄᴏᴍ ᴀᴍᴏʀ, ᴊᴜɢ! - BugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora