chapter 35

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Betty

– Jug... – Chamo a atenção dele, que esta a mais ou menos um metro a minha frente. – Você pode por favor me esperar?

– Ah qual é, Betty – Ele responde, animado. –. Vem logo e para de reclamar.

– Eu to cansada, senhor atleta. – Digo quando ele para de caminhar para me esperar. – Não tenho fôlego de peixe e nem pernas de frango.

– Para de bobeira. – Ele responde, rindo. – Sedentarismo não é desculpa para subir 10 metros de trilha.

Jughead estende sua mão quando chego perto de seu corpo energético, e a pego com voracidade. Me sinto cansada, suada e nojenta.

Como alguém pode gostar tanto assim de andar?

– Vamos, senhora molenga. – Ele diz quando vê que paro para respirar. – Eu não tenho o dia todo.

– Na verdade você tem, sim! – Corrijo sua última fala, e ele me olha com sua expressão tediosa.

– Quer que eu te leve nas costas? – Ele pergunta divertido, e dou um sorriso.

– Gentileza não é bem o seu forte, Jones. Se isso tudo for para me convencer a assistir a coleção de guerra nas estrelas, saiba que está longe do sucesso.

– Vem logo, sua chata. – Ele diz, se abaixando a minha frente para que eu possa subir.

– Tem certeza? – Pergunto, hesitando por alguns segundos.

– Claro que eu tenho! Falta bem pouquinho para que a gente chegue no topo. Sobe logo.

– Ta bem! – Digo, pulando em suas costas suadas.

Enquanto Jughead me carrega, fico observando ao redor, podendo ver melhor como este lugar é lindo.

Tem muitas árvores e posso sentir o ar puro entrando pelas minhas narinas. De certa forma, a sensação de estar aqui é boa.

Ja a sensação de chegar até aqui...

– Anda logo, meu transporte. – Digo batendo os pés em cima das costas de Jughead. – Ta muito devagar.

– Garota folgada! – Ele diz, suspirando. – Você tem sorte de ser leve.

– E você tem sorte de poder me carregar. – Respondo, rindo.

– Um ego visível não é bem o seu forte, Elizabeth. – Ele responde, e paro de rir.

– Haha! – Digo com ironia, e ele da uma risadinha.

– Com todo o esforço que estou fazendo, suponho que você terá que me pagar algo.

– Ora essa! – Reajo a sua fala sem noção. – Até parece que irei pagar algo a pessoa que me sequestrou para subir uma trilha.

– Pois eu acho justo. – Ele diz, passando suas unhas pelos meus joelhos, me provocando cócegas. – Nem o transporte público é gratuito. Por que o meu seria?

– Porque você não precisa de dinheiro e muito menos de transporte público. – Respondo, dando um sorriso.

– Mas quem foi que disse que eu estava falando de dinheiro? – Ele diz, e sinto minhas bochechas corarem.

– Do que você está falando, então? – Pergunto, sem jeito.

– Nota, minha filha! – Ele diz, e relaxo. – Pode tratar de caprichar neste trabalho.

– Como se fosse possível ter menos do que isso de mim.

– Sim. Sua nerd exibida. – Ele diz, parando de andar. – Agora desce que estamos quase chegando.

Pulo de suas costas enquanto ele pega sua garrafa de água. Fico olhando Jughead com sua regata apertada, ela esta toda suada e completamente molhada.

Observo enquanto ele joga água em sua cabeça, deixando seus cabelos molhados por completo. Os fios escuros ficam arrepiados para cima e sua camisa fica ainda mais apertada.

Jughead é lindo, até mesmo quando não está tentando ser.

– Eu ia beber isso. – Digo quando ele percebe que estou observando-o.

– Que pena. – Ele responde, colocando a garrafa na bolsa.

Quando olho para frente, posso perceber que o sol está quase se pondo, e um pequeno raio de sol bate a frente de um arbusto gigante.

O lugar logo fica tomado pela cor laranjada, que faz contraste com o corpo perfeitamente bronzeado de Jughead.

A luz me chama para cima, e esqueço dele por alguns segundos enquanto caminho para ela. Sinto meus olhos brilhando diante dos raios solares.

– Isso aqui é tão lindo. – Digo, namorando a maravilha a minha frente.

– Eu sei. – Jughead diz, pegando em minha mão. – Mas é só o começo.

Ele me puxa pelas mãos até a entrada do enorme arbusto, revelando um jardim de rosas que deixam o lugar com uma luz rosada.

– Jughead... – Digo, suspirando. – Eu não...

– Eu sabia o quanto você gosta de rosas. – Ele diz, sem soltar a minha mão. – Sabia que iria valer a pena.

Jughead parece nervoso enquanto me puxa para o corrimão de ferro, facilitando a visão do por do sol.

– Eu amei este lugar. Não acredito que nunca tinha vindo aqui antes. – Digo, sem tirar os olhos das flores.

– Eu sei. Ele é quase secreto, ja que as pessoas de riverdale odeiam fazer trilha. – Ele responde, olhando para mim.

– Ei, isso foi uma indireta?! – Pergunto, olhando em seus olhos brilhantes.

– Mas é claro que não. – Ele responde, desviando o seu olhar.

Olho para frente enquanto o sol se põe bem diante de nós, e sinto a brisa do vento batendo em meu rosto. O clima aqui é agradável e leve.

Respiro fundo enquanto penso em Jughead e sobre o porquê ele me trouxe aqui. Quer dizer, parece ser seu lugar íntimo, e eu certamente não imaginava que ele me apresentasse a ele.

Mas ele o fez.

– Ei, – Chamo sua atenção, que está focada no sol. – Por que me trouxe aqui?

– Eu ja disse... – Ele responde nervoso, sem tirar os olhos do sol. – Porque você gosta de rosas

– Não... – Respondo, olhando para ele. – Quero dizer, por que me trouxe aqui hoje, neste exato momento, após sair da escola.

– Porque... – Ele começa, mas respira fundo e fecha os seus olhos.

– Jughead... – Digo, arqueando a sobrancelha. – Você está bem?

Ele não responde, apenas olha para baixo e pega em minhas mãos. Sinto um arrepio quando ele as aperta e logo depois as acaricia com os dedos.

Me sinto confusa, e meu coração está disparado. A sensação de que algo vai acontecer a qualquer segundo faz com que eu me sinta ansiosa, e faz o momento parecer uma eternidade.

– Estou apaixonado por você, Betty. – Ele enfim diz, e sinto meu coração parar por um milésimo de segundo.

– O quê?

ᴄᴏᴍ ᴀᴍᴏʀ, ᴊᴜɢ! - BugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora