Jug
Hoje, após o treino, recebi a grande notícia de que tenho uma grande chance de conseguir entrar nas melhores faculdades em cima do meu desempenho no campo, claro que eu fiquei feliz com isso.
Mas, por outro lado, queria muito chegar na melhor faculdade por mérito meu. Quer dizer, não quero ser diferente das pessoas só porque jogo futebol. Ser um Jones já me dá esse privilégio, não quero ter que carregar o peso de mais uma coisa assim na minha vida.
Porém, depois de receber a grande notícia, o senhor Smith me disse que, assim como o desempenho físico, tenho que ter o desempenho escolar, ou seja, notas.
E minhas notas não estão assim tão boas. Principalmente em filosofia e química. O que me leva a Elizabeth e a droga do trabalho.
Eu ia deixar pra lá, ia falar pra ela entregar e tirar o meu nome, porque não quero ter que me encontrar com aquela ingrata novamente. Mas, para a minha infelicidade, preciso da nota da merda desse trabalho.
Então, como sei que ela não vai atender as minhas ligações, decido passar em casa para tomar um banho, e ir até a casa dela.
Os Coopers são uma família conhecida, tipo pra cassete, dês de que a irmã da Betty engravidou do Travis Bolt. Um merda que a abandonou quando descobriu a gravidez.
Quando chego a casa de Elizabeth, quase dou meia volta para voltar para casa. Não acredito que eu estou me submetendo a isso só por causa da droga de filosofia. Que ótimo!
A casa dela é bonita, na verdade. Eu já tinha passado por aqui antes, mas nunca parei para reparar até agora, a porta de cor vinho destaca as paredes de cor branca, e da um belo contraste.
Quando eu toco a campainha, não demora para a irmã de Elizabeth aparecer, ela é bem bonita, na verdade. Seus olhos são de um azul oceano incrível. Após ela chamar a Betty com uma empolgação estranha, não demora para ela aparecer na porta.
- Jones?! - Ela diz, claramente surpresa. - O que você quer?
Analiso seu corpo, ela está usando um vestido amarelo acinturado muito brega e sem sal, mas admito que nela ficou lindo. Os cabelos soltos e ondulados também criam um contraste incrível, e me pego pensando no por que nunca tinha reparado nela antes.
Talvez por que ela está sempre tão formal na escola, mas agora a peguei em um momento de conforto em casa, e ela fica muito diferente.
- Eu.. vim falar sobre o trabalho.
- Tá. E por que você não me mandou uma mensagem ou sei lá?
- Porque eu sabia que você não ia retornar. - Ela suspira. - Qualé, Betty. Precisamos fazer isso logo. Pensa no lado positivo, quanto mais rápido a gente fizer isso, menos a gente vai precisar se ver.
- Tá. - Ela se rende, jogando seus pequenos braços para cima. - Mas aqui não.
- Que? - Pergunto, surpreso. Esperava que ela sei lá me convidasse pra entrar. - Por que?
- Porque minha irmã tem dois bebês que sofrem de problemas para dormir, e não quero atrapalhar o único momento de paz que ela tem no dia. - Ela mente.
- Tá, mas você não tem um quarto? Ou sei lá.
- Jughead!! - Ela arregala os olhos, e depois diz, sussurrando: - Acha mesmo que ela vai nos deixar em paz?
- Nem fodendo.
- Exatamente. Eu vou pegar as minhas coisas, já volto. - Ela faz menção de se virar, mas eu seguro seu braço.
- Não vai me convidar para entrar? - Digo com ironia, e ela revira os olhos. - Não demora, Cooper.
Assim que a porta se fecha, eu dou dois passos para trás. Tá que a ideia de levar Betty lá não me agrada nem um pouco - Até porque, eu nunca levei nenhuma garota na minha casa. -, mas acho que é melhor do que ficar aguentando a irmã dela em cima da gente paparicando nós dois.
E também, foda-se. Claudia saiu mais cedo para pagar umas contas dela, e Jelly Bean tá na casa da Alissa, então suponho que só vá voltar a noite. E meus pais, como sempre, estão trabalhando.
Então vai ser como se ela nem tivesse passado por lá.
- Vamos!! - Betty me acorda de meus pensamentos, passando por mim e fechando a porta.
Andando na minha frente, Betty abre a porta do meu carro e entra, sem ao menos me olhar. Uau.
Percebo que ela fica com vergonha da sua atitude sem educação, e me pede desculpas com o olhar, eu respondo com um meio sorriso.
- Como você me encontrou? - Ela pergunta de repente.
- Tenho meus truques!
- Jones, é sério.
- Eu só sabia onde você morava, nessa droga de cidade todo mundo sabe onde todo mundo mora, essa porra é um ovo. - Digo, e Betty murmura um "ah".
Quando ela coloca a mão no botão do rádio de meu carro, me coração dispara. Ela o aperta, e logo a voz de ACDC toca pelo carro todo, em um volume quase ensurdecedor.
- Fala sério, Jones!! - Ela diz, abaixando o volume quase no último. - ACDC? Que patético.
- Quem mandou você mexer aí, mas que porra, Elizabeth.
- Desculpa. - Ela diz, jogando seus braços para cima de forma dramática.
- Tanto faz, só não mexe em mais nada por favor.
Ela não responde, em vez disso, olha pela janela enquanto eu dirijo até a minha casa. Ótimo, agora me sinto um merda por ter falado com ela assim.
- Desculpa, dirigir me estressa pra caralho.
- Dirigir?!
- É. Eu odeio dirigir, é a pior coisa do mundo.
- Sei lá.
- Como assim, "sei lá"? Você já dirigiu um carro?
- Não.
- Que?
- Poisé.
- Que merda, Cooper. Você precisa aprender a dirigir, fala sério você tem 17 anos.
- Eu sei Jones. Não enche.
- Desculpa. - Digo para ela, que me ignora. E o resto do caminho é feito em um silêncio completamente desconfortável.
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ᴄᴏᴍ ᴀᴍᴏʀ, ᴊᴜɢ! - Bughead
Lãng mạnJughead é o típico garoto da escola no qual todos conhecem e querem ficar perto, bonito, descolado, capitão do time de futebol e tipicamente mulherengo. Ele leva sua vida de ensino médio normal, até um trabalho em dupla com a esquisita Elizabeth Coo...