Chapter 40

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Jug

Minhas mãos suam frio quando eu e Betty saímos da sala, o professor nos colocou para fora para que pudéssemos nos "recompor". E desde então ela não disse uma palavra se quer.

Respiro fundo quando chegamos ao lado de fora do prédio. Graças ao destino, a sala de filosofia é a última do corredor, bem perto da porta de saída que leva ao campus.

Betty olha para baixo enquanto caminha, há alguns centímetros do meu lado, e sinto meu corpo tremer internamente.

Talvez ela me odeie muito depois disso, talvez se sinta envergonhada e queira me matar... mas eu precisava tentar, nem que seja uma última vez. Eu não podia desistir de nós.

Eu não posso. E não vou.

— Betty, por favor para... — Pego em seu braço, fazendo com que ela vire para mim, e me encare. — Por favor, diz alguma coisa. Isso é torturante demais.

Mas ela apenas me encara, seus olhos verdes brilham e sua boca está entreaberta. Posso quase sentir sua respiração, e seus braços estão mole.

— O seu silêncio é torturante demais para mim. — Digo enfim, e ela encara meus lábios.

— Jug... — Ela enfim tenta dizer, mas sua voz falha.

Então, após uns segundos que parecem uma eternidade, eu enfim a puxo levemente para mim.

— Eu preciso tentar... — Digo, colocando minha mão em seu rosto macio.

Então, sem mais demora, eu encosto meus lábios nos dela, e automaticamente meu coração se enche de felicidade. A sensação de beija-la é até melhor do que eu havia imaginado. Sua boca é macia, sua lingua parece um algodão de tão suave e nossos corpos se encaixam perfeitamente.

Ela foi feita exatamente para mim.

Após nosso beijo lento, olho para seu rosto ainda preso por minhas mãos. Seus olhos continuam fechados, e não consigo conter meu sorriso.

— Isso foi tão bom para você quanto foi para mim? — Digo quando ela enfim abre os olhos.

Mas ela continua calada. Agora, menos inquieta, mas ainda calada. E ela me olha com seus rubis brilhantes, pela primeira vez depois da noite em que ela dormiu em meu peito, eu gostaria de congelar o tempo e viver esses segundos para sempre.

— Promete que não vai me magoar novamente?

— Eu prometo que irei te fazer feliz, se você deixar.

— Me faz confiar em você de novo.

— Como, Betty? — Pergunto, frustrado.

— Eu não sei... mas se esforça Jug.

— Eu to me esforçando pra te mostrar o quão verdadeiro eu estou sendo, você não vê?

— Eu sei, eu sinto.

— Então isso basta, Betty. — Finalizo, e ela assente.

— Temos que voltar la para apresentar esse trabalho direito. — Ela diz, mas sinceramente eu gostaria de ficar ali para sempre. Só eu e ela.

Quando concordo com a cabeça, ela se vira em direção a porta para entrar na sala, e pego em sua mão.

— O que você está fazendo?

— Quero mostrar para todos a minha namorada linda. — Respondo, e ela enfim sorri para mim.

ᴄᴏᴍ ᴀᴍᴏʀ, ᴊᴜɢ! - BugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora