Jug
Minhas mãos suam frio quando eu e Betty saímos da sala, o professor nos colocou para fora para que pudéssemos nos "recompor". E desde então ela não disse uma palavra se quer.
Respiro fundo quando chegamos ao lado de fora do prédio. Graças ao destino, a sala de filosofia é a última do corredor, bem perto da porta de saída que leva ao campus.
Betty olha para baixo enquanto caminha, há alguns centímetros do meu lado, e sinto meu corpo tremer internamente.
Talvez ela me odeie muito depois disso, talvez se sinta envergonhada e queira me matar... mas eu precisava tentar, nem que seja uma última vez. Eu não podia desistir de nós.
Eu não posso. E não vou.
— Betty, por favor para... — Pego em seu braço, fazendo com que ela vire para mim, e me encare. — Por favor, diz alguma coisa. Isso é torturante demais.
Mas ela apenas me encara, seus olhos verdes brilham e sua boca está entreaberta. Posso quase sentir sua respiração, e seus braços estão mole.
— O seu silêncio é torturante demais para mim. — Digo enfim, e ela encara meus lábios.
— Jug... — Ela enfim tenta dizer, mas sua voz falha.
Então, após uns segundos que parecem uma eternidade, eu enfim a puxo levemente para mim.
— Eu preciso tentar... — Digo, colocando minha mão em seu rosto macio.
Então, sem mais demora, eu encosto meus lábios nos dela, e automaticamente meu coração se enche de felicidade. A sensação de beija-la é até melhor do que eu havia imaginado. Sua boca é macia, sua lingua parece um algodão de tão suave e nossos corpos se encaixam perfeitamente.
Ela foi feita exatamente para mim.
Após nosso beijo lento, olho para seu rosto ainda preso por minhas mãos. Seus olhos continuam fechados, e não consigo conter meu sorriso.
— Isso foi tão bom para você quanto foi para mim? — Digo quando ela enfim abre os olhos.
Mas ela continua calada. Agora, menos inquieta, mas ainda calada. E ela me olha com seus rubis brilhantes, pela primeira vez depois da noite em que ela dormiu em meu peito, eu gostaria de congelar o tempo e viver esses segundos para sempre.
— Promete que não vai me magoar novamente?
— Eu prometo que irei te fazer feliz, se você deixar.
— Me faz confiar em você de novo.
— Como, Betty? — Pergunto, frustrado.
— Eu não sei... mas se esforça Jug.
— Eu to me esforçando pra te mostrar o quão verdadeiro eu estou sendo, você não vê?
— Eu sei, eu sinto.
— Então isso basta, Betty. — Finalizo, e ela assente.
— Temos que voltar la para apresentar esse trabalho direito. — Ela diz, mas sinceramente eu gostaria de ficar ali para sempre. Só eu e ela.
Quando concordo com a cabeça, ela se vira em direção a porta para entrar na sala, e pego em sua mão.
— O que você está fazendo?
— Quero mostrar para todos a minha namorada linda. — Respondo, e ela enfim sorri para mim.
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ᴄᴏᴍ ᴀᴍᴏʀ, ᴊᴜɢ! - Bughead
RomanceJughead é o típico garoto da escola no qual todos conhecem e querem ficar perto, bonito, descolado, capitão do time de futebol e tipicamente mulherengo. Ele leva sua vida de ensino médio normal, até um trabalho em dupla com a esquisita Elizabeth Coo...