SEMPRE VOCÊ - VINNIE HACKER

Amizade

VINNIE HACKER

Quando finalmente sai da reunião Maya não estava, deduzi que estaria almoçando e eu faria o mesmo, Renata havia me chamado pra almoçar mais eu queria sossego já que já estaria com ela a noite, estava juntando minhas coisas na minha sala quando vi Robert entrar por ela e me encarar com uma cara de cachorro perdido.

- Veio me chamar pra almoçar foi?

- Levaram a Maya pra delegacia.

Encarei Robert mais atentamente e o sorriso que eu tinha no rosto se desfez rapidamente.

- Como assim levaram ela pra delegacia?

- Eu estava almoçando com ela e estávamos voltando pra empresa quando alguns policiais a barraram, disseram algo sobre fraude.

Franzi o cenho sem entender nada.

- Porque vocês estavam almoçando juntos? - pergunto.

- Sério que essa vai ser a primeira coisa que você vai perguntar?

Peguei meu paletó o vestindo e comecei a sair da sala sendo seguido por ele.

- Essa é a parte do filme que o mocinho vai salvar a donzela em perigo?

Robert agora tinha um leve divertimento no rosto e o encarei sem entender.

- Eu não posso fazer perguntas mais você pode fazer gracinha?

Seguimos pra delegacia e eu apenas tentava entender oque estava acontecendo e em como a Maya deveria estar, parei meu carro no estacionamento da delegacia e desci rapidamente sendo seguido por Robert, entramos na delegacia e caminhei até um policial que estava na recepção.

- Boa tarde, minha cliente foi trazida pra cá agora a pouco, gostaria de vê-la - falo.

- Nome? - pergunta a policial.

- Maya Brown - falo.

- A garota da fraude - fala.

- Me passe os papéis de acusação por favor - falo.

A policial levou uma eternidade pra me entregar uma pasta que continha dados de uma empresa que se chamava Melchior, pelas informações houve uma fraude grande e nas folhas que eles tinham havia a assinatura de Maya.

- Melchior é a antiga empresa que Maya
trabalhava - fala Robert.

Por ser um caso de indício e não prisão Maya deveria estar em uma sala de espera mais não a via daqui.

- Onde ela está? - pergunto.

- Na cela - fala.

Encarei a policial surpreso e dei um risada nervosa
o encarando.

- Se não houve um pedido de prisão porque estão mantendo a minha cliente como prisioneira? - pergunto.

- Só sigo ordens.

- Quero vê-la e depois falar com o delegado
daqui.

A mulher começou a caminhar e eu o segui, ao abrir uma pequena porta entrei aonde ficavam as celas e passei meus olhos por cada uma até ver
Maya na mesma cela que várias mulheres e aquilo ali me deu uma raiva indecifrável, caminhei até onde ela estava e ao me ver ela se levantou se aproximando das grandes e pude notar que ela havia chorado já que seu rosto estava vermelho.