[23] Mikaela, é?

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𝙂𝙞𝙪𝙡𝙞𝙖 𝘽𝙚𝙡𝙡𝙞𝙣𝙞Arizona, EUA

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𝙂𝙞𝙪𝙡𝙞𝙖 𝘽𝙚𝙡𝙡𝙞𝙣𝙞
Arizona, EUA

Comecei a discar o número do meu pai em meu celular, precisava avisar que não iria voltar para casa hoje e com toda certeza eles já devem estar preocupados com o meu sumiço, principalmente por já estar tarde. Não sabia o que iria dizer quando ele atendesse, não poderia falar que iria dormir na casa do garoto que foi o gatilho para a briga de hoje mais cedo, lembrando que é um garoto, então obviamente meu pai iria enlouquecer.

— Ah oi pai — digo sem graça, olhando para Miguel que estava arrumando um colchão no chão, ao lado de sua cama.

— Filha? Onde você tá? Tá tudo bem? Estávamos preocupados, você sumiu, por favor me fala onde você tá e eu vou aí te buscar — ele começou desesperado.

— Calma pai, eu não posso voltar pra casa hoje, não depois do que ela fez e disse — confessei, ouvindo ele suspirar do outro lado da linha — Então ela tá grávida, não é? Vocês nem pensaram em nos contar?

Nós íamos, estávamos com medo da reação de vocês.

— Era melhor ter falado, a maneira como eu descobri não foi a mais pacífica, se é que você entende, se é que ela te contou tudo.

— Falamos disso depois, onde você está?

— Eu estou — olhei para Miguel, vendo que o mesmo me olhava com os olhos meio arregalados — Estou na casa da minha amiga.

Não sabia que já tinha feito amizades, qual o nome dela?

— Ela, ela se chama — encarei Miguel de novo — Mikaela, é isso, Mikaela — falo, fazendo Miguel imediatamente cobrir a boca para não rir, enquanto eu peguei um travesseiro e joguei nele.

Ah certo, então você está bem aí? Não fizeram nada de ruim para você?

— Pode ficar tranquilo pai, Mikaela é de uma boa família.

Encerrei minha conversa com ele, desligando a chamada e olhando para Miguel, fingindo irritação, enquanto ele tentava segurar o riso. Ele não conseguiu, começando a rir alto, me fazendo rir junto dele.

— Mikaela, é? — ele riu.

— Idiota — resmunguei — Foi o único nome que veio na minha cabeça, você quase me fez rir.

— Ta legal, então a Mikaela vai dormir aqui no colchão do seu lado e você fica com a cama — ele falou, me fazendo franzir o cenho.

— Ah não? Eu vou ficar no chão — falei, vendo ele me olhar confuso.

— Ah claro que não, a dama fica na cama.

— E o vagabundo no chão — rio alto, fazendo ele me olhar raivoso — Calma Miguelito, tô falando do filme, a dama e o Vagabundo.

| 𝐀𝐦𝐨𝐫𝐞 𝐌𝐢𝐨 | 𝑀𝑖𝑔𝑢𝑒𝑙 𝐶𝑎𝑧𝑎𝑟𝑒𝑧Onde histórias criam vida. Descubra agora