[22] Seja um cara de atitude

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𝙂𝙞𝙪𝙡𝙞𝙖 𝘽𝙚𝙡𝙡𝙞𝙣𝙞Arizona, EUA

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𝙂𝙞𝙪𝙡𝙞𝙖 𝘽𝙚𝙡𝙡𝙞𝙣𝙞
Arizona, EUA

Olhei para o lado, rindo baixo ao ver os olhinhos do moreno lacrimejarem pela morte do Cedrico no filme, o estado que seu pai ficou era realmente algo que poderia fazer alguém chorar, mas depois de ver tantas vezes, eu já sabia o que ia acontecer então perdia um pouco da imersão.

— Por que você tá rindo? — ele perguntou choroso, me fazendo rir mais alto — O pai dele tá triste, ele vai entrar em depressão e você tá rindo — ele balbuciou enxugando o canto dos olhos.

— Não fica assim, agora ele vai virar o vampirão brilhante de crepúsculo — brinquei, vendo ele dar uma risada nasal mas ainda continha aquele biquinho fofo, dramático — Nossa, fascinante — digo hipnotizada com o instrumento que havia acabado de ver em seu quarto.

Meu sonho é aprender a tocar teclado.

— Eu sei que sou — ele diz convencido e eu reviro os olhos.

— Você não, aquilo ali — aponto para o instrumento, ouvindo ele bufar — Não sabia que tocava teclado.

— Eu sei, eu sei, sou um homem cheio de qualidades — ele sorriu galanteador, me fazendo rir novamente — Mas a guitarra é muito mais irada, não acha?

— Acho que não, meu sonho é aprender a tocar essa belezinha — digo vidrada no instrumento.

Com isso, o garoto se levantou de sua cama pegando em minha mão e me puxando com ele até com instrumento, dividimos o pequeno banco, mas eu ainda não estava entendendo.
Então ele pegou as minhas mãos, colocando as dele por cima delas, me controlando e dando apoio para tocar em algumas teclas, exalando uma pequena e suave melodia, sorri genuinamente com aquele momento e com aquela proximidade.
Não discutimos sobre o fato de termos nos beijados mais cedo, mas eu não estou afim de falar sobre isso, apenas estou me sentindo ainda mais tonta com tanto sentimento que há dentro de mim em relação a ele.

— Eh, eu diria que você já é uma profissional, mas acho que assim não vale — ele brincou, me olhando nos olhos e eu sorri concordando — Vamos ver se você conhece essa — ele soltou minhas mãos, começando a tocar em algumas teclas produzindo a melodia da música que ele estava em mente.

Talking to the moon

Sorri ao reconhecer a melodia, balançando a cabeça suavemente no ritmo da música, jurando que podia ouvir a letra dela ecoando na minha cabeça. Por um segundo eu me senti flutuando, como se uma magia emanasse do instrumento tocado, era a melhor sensação, talvez não tão melhor quanto a sensação de ter o lábios dele colados nos meus, mas era uma boa sensação.
Então ele parou, me fazendo o encarar com um olhar de repreensão, não tinha chegado nem na metade da música ainda.

— Se quiser ouvir mais, vai ter que me pagar — ele falou se levantando do banquinho — Regras do meu trabalho.

— Ah claro, seu ganha pão é honesto — entro em sua onda.

| 𝐀𝐦𝐨𝐫𝐞 𝐌𝐢𝐨 | 𝑀𝑖𝑔𝑢𝑒𝑙 𝐶𝑎𝑧𝑎𝑟𝑒𝑧Onde histórias criam vida. Descubra agora