𝗚𝗶𝘂𝗹𝗶𝗮 𝗕𝗲𝗹𝗹𝗶𝗻𝗶 uma jovem atriz de dezesseis anos, filha de uma das mais famosas modelos italianas, havia feito um teste para mais um filme e esperava ansiosamente para ser aceita para interpretar a personagem.
Mas mal sabia ela que além...
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𝙂𝙞𝙪𝙡𝙞𝙖 𝘽𝙚𝙡𝙡𝙞𝙣𝙞 Arizona, EUA
Era tarde quando a voz de minha mãe entrou no cômodo, enquanto eu estava sentada em minha cama com as costas encostadas na parede da cabeceira, folheando o livro que estava lendo, já estou em seu final, quase terminando, quando decidi espiar a última página tomando um spoiler gigantesco, me fazendo resmungar com minha burrice. Eu não fui á escola hoje, não estava me sentindo confortável ou confiante para pisar meus pés lá depois do que houve ontem, e meus pais concordaram em me deixar descansando hoje, por isso aproveitei para ler um livro que estava criando poeira em minha estante, confesso que ele é bom, nem sei porque deixei ele de escanteio.
— Querida, você tem visita — ela disse, me fazendo bufar, eu não queria visitas.
— Mãe, eu disse que não queria visitas — resmungo vendo a porta se abrir e me dar visão de quem era.
Miguel
O semblante do garoto havia ficado meio triste, o sorriso que ele tinha antes nos lábios sumiram e seus olhos perderam o brilho. Escondi meu rosto nas cobertas assim que notei um buquê de tulipas rosas em suas mãos, minha flor preferida.
Merda, eu fiz merda
— Entre querido, não se deixe levar pelo mal humor da Giulia — disse minha mãe e eu continuava com o rosto escondido na coberta.
Escutei passos se afastarem do quarto, enquanto outros vinham até minha direção cuidadosamente. Então o garoto puxou a coberta de meu rosto, mostrando minha face provavelmente rosada por conta da vergonha que estava sentindo por dentro.
— Ahn, eu posso deixar as flores aqui e ir embora, se quiser — ele falou sem ânimo, se afastando de mim, indo para o centro do quarto.
— Não — digo rápido me levantando da cama em um pulo — Quero dizer, fica comigo — caminho até o garoto ficando de frente para o mesmo.
— Pensei que não quisesse visitas.
— Mas eu não quero, a não ser que seja você — sorrio sem graça, vendo ele me olhar surpreso com um sorriso enorme no rosto.
— Nesse caso, eu fico — ele tocou na ponta do meu nariz, me fazendo rir — Eu trouxe flores — de repente suas bochechas estavam avermelhadas — É brega, mas é de coração.
— Não é brega, eu gostei — digo pegando o buquê de suas mãos — Eu amo tulipas — sorri cheirando o perfume doce e suave das flores que estavam em minhas mãos — Você sabia ou adivinhou?
— Na verdade, eu perguntei para o Jacob — ele respondeu envergonhado.
— Ah claro, Jacob sabe mais sobre mim do que meu próprio irmão — brinco, vendo ele concordar com a cabeça.
Me virei de costas procurando por algum vaso para por as flores que havia acabado de ganhar, todo dia esse garoto arruma uma forma de me surpreender e consegue. Achei um vaso não usado por mim em meu criado mudo, pelo seu tamanho, as tulipas facilmente caberiam ali, coloquei um pouco de água, as colocando com cuidado. Mais tarde eu arrumaria um lugar adequado para elas, mas agora minha atenção é totalmente voltada para o moreno.
