𝗚𝗶𝘂𝗹𝗶𝗮 𝗕𝗲𝗹𝗹𝗶𝗻𝗶 uma jovem atriz de dezesseis anos, filha de uma das mais famosas modelos italianas, havia feito um teste para mais um filme e esperava ansiosamente para ser aceita para interpretar a personagem.
Mas mal sabia ela que além...
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𝙂𝙞𝙪𝙡𝙞𝙖 𝘽𝙚𝙡𝙡𝙞𝙣𝙞 Arizona, EUA
São sete horas da manhã, estou terminando de fechar minhas malas, enquanto posso ouvir minha mãe e meu pai discutindo sobre as coisas da nossa viagem. Sim, viagem, faz três dias que a equipe do nosso filme entrou em contato com a gente, nos convidando para ir até Los Angeles assistir o filme antes dele ser lançado em todos os cinemas do país.
Desci as escadas correndo, acabei por tropeçar no último degrau e me apoiei em Vincentt para que eu não caísse de cara no chão, sorri torto para o garoto que apenas me encarou em julgamento.
— Todos prontos? — perguntou minha mãe pegando um folha — Pegaram tudo? — concordamos com a cabeça — Tudo mesmo, Vincentt?
— Ah qual é, foi só uma vez — ele resmunga.
Em uma de nossas viagens, meu irmão acabou esquecendo de pegar suas roupas íntimas, tivemos que pagar o dobro apenas por duas. Foi algo marcante para nós.
— Aconteceu só uma vez porque eu comecei a te avisar — digo.
— Obrigado pela parte que me toca — ele faz drama.
— Certo, certo, vão todos para o carro — ordena nosso pai.
— Mas e a Sky? — pergunto.
— Você já vai saber — respondeu minha mãe saindo pela porta.
— Pequena observação — meu pai começou a sussurrar — Vamos trazer a Amora de volta — sorri com sua fala.
Faz bastante tempo que não vemos a Amora, ela estava na Itália com a nossa avó enquanto nós procurávamos um lugar para morar. A bichinha acabou indo ficar com a minha tia em Los Angeles, mas nunca dava certo de irmos buscar ela, sempre tinha alguns problemas. Sky me ajudou a não ficar tão desesperada pela minha cachorra, mas eu sinto muita falta dela.
Entramos todos no carro, fazendo meu pai dar partida e tocar em direção o aeroporto. Demorou quinze minutos para chegarmos lá, mas eu não vi Miguel por perto, talvez ele ainda não tenha chegado ou talvez irá pegar o outro vôo. Ignorei esse fato, seguindo os mais velhos atrás das papeladas, aquela coisa chata que tem nos vôos.
— Crianças — nossa mãe nos chama — Se comportem lá e obedeçam o seu pai, nada de algazarra só porque eu não vou estar por perto, ouviram? — ela se vira para o meu pai — Isso vale para você também, nada de dar asas pra esses dois — ela aponta para nós.
— Sim senhora — meu pai zomba fazendo um cumprimento.
— Espera, a senhora não vai com a gente? — indaguei confusa.
— É mãe, como assim?
— Eu tenho diversos exames para fazer essa semana, vocês sabem — ela pôs a mão na barriga — É bom porque eu também posso cuidar da Sky.
