𝗚𝗶𝘂𝗹𝗶𝗮 𝗕𝗲𝗹𝗹𝗶𝗻𝗶 uma jovem atriz de dezesseis anos, filha de uma das mais famosas modelos italianas, havia feito um teste para mais um filme e esperava ansiosamente para ser aceita para interpretar a personagem.
Mas mal sabia ela que além...
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𝙂𝙞𝙪𝙡𝙞𝙖 𝘽𝙚𝙡𝙡𝙞𝙣𝙞 Arizona, EUA
Parei de andar encarando a grande casa branca que meus pais haviam comprado para morarmos aqui, senti a ansiedade me consumir com um arrepio na espinha e a péssima mania de estralar os dedos, mordendo a parte interior da minha bochecha.
— Eles não vão te matar, se é isso que pensa — Vitt tentou me confortar, logo abrindo a porta de casa.
Imediatamente fui tomada por um abraço apertado de meu pai, me erguendo do chão enquanto me balançava de leve, dei um meio sorriso dando batidinhas em seu ombro por estar sendo sufocada pelo seu aperto.
— Que bom que está bem — ele beijou o topo da minha cabeça.
Nosso momento é interrompido por um pigarrear, olho para o lado vendo minha mãe sentada no grande sofá branco. Ela apontou para uma poltrona em sua frente, seu olhar era rígido me fazendo ter calafrios.
— Mia, agora não é a hora, não acha? — interviu meu pai.
— Eu não ligo, temos que educar nossa filha — ela diz autoritária, me sentei em sua frente com medo do que iria vir — Onde você passou a noite, mocinha?
— Na casa da Mikaela — olho para meu pai, vendo ele suspirar batendo a mão na testa.
— Tá vendo? Por isso temos que educar essas crianças, ela tá mentindo para nós, Rafael — ela falou levemente nervosa — Nós sabemos que você ficou na casa daquele mexicano, eu sabia que ele não era uma boa influência, mas você insistiu nisso — desta vez ela atacou meu pai, olhei confusa para Vitt já que ele era o único que sabia, mas o mesmo apenas olhava minha mãe com o cenho franzido.
— Eu realmente pensei que ele fosse, mas agora vejo que esse garoto transformou minha filha em uma mentirosa de mão cheia — franzi o cenho com sua fala — Me diz filha, por que mentiu para nós?
— Porque eu sabia que vocês iriam reagir assim, pelo jeito estava certa — expliquei, logo me lembrando de sua fala em relação a Miguel — Não culpem ele, Miguel nunca fez nada de errado — o defendi, pode me ofender, mas ele não.
— Nunca fez? Você saiu em uma tempestade para ir na casa desse moleque, você mentiu para nós, tudo isso por aquele mexicano insolente — esbravejou minha mãe, lhe olhei irritada.
— Não fala assim dele! Aquele mexicano que você tá falando me acolheu quando eu mais precisei, diferente de você que é minha própria mãe mas nunca fez o papel de uma! — confessei alterada, vendo Vitt abrir a boca em um perfeito "o", assim como meu pai, enquanto a mulher parecia se irritar mais.
— Tá vendo isso, Rafael? Eu não posso me estressar, você sabe disso, dá um jeito na sua filha! — ela brigou, passando a mão na barriga.
— Giulia, se acalma — ele pede — Eu sei que você tem muitas coisas para falar, mas agora não é o momento. Não foi certo você sair ontem e ir dormir na casa daquele garoto — sua voz é calma, me deixando melhor.