𝗚𝗶𝘂𝗹𝗶𝗮 𝗕𝗲𝗹𝗹𝗶𝗻𝗶 uma jovem atriz de dezesseis anos, filha de uma das mais famosas modelos italianas, havia feito um teste para mais um filme e esperava ansiosamente para ser aceita para interpretar a personagem.
Mas mal sabia ela que além...
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𝙈𝙞𝙜𝙪𝙚𝙡 𝘾𝙖𝙯𝙖𝙧𝙚𝙯 Arizona, EUA
Ela saiu de meus braços enxugando com as mãos os resquícios de lágrimas em sua face, estava frágil e ferida como um animal recantiado. O canto de seus olhos estavam avermelhados de tanto que ela chorou, além do rosado em seu nariz, suas mãos continuavam trêmulas, assim como sua voz que além de fraca estava profunda, como se ela estivesse com um nó na garganta.
— Me deixa te proteger — disse calmamente — Me conta, o que aconteceu?
— Eu...eu...eu não fiz nada pra ele — ela começou, sua voz estava engrossando pelas lágrimas que ela provavelmente estava prendendo — Eu juro, Miguel — a garota olhou para o chão.
— Eu sei, eu acredito em você — lhe conforto.
— Ele...ele apareceu no vestiário e....ele tentou me agarrar — ela me encara com os olhos marejados — Eu empurrei ele, Miguel, eu tentei me defender... então ele bateu a cabeça no armário e começou a me xingar, ele me agarrou pelos pulsos enquanto gritava comigo — uma lágrima escorreu pela sua bochecha.
— Hijo de puta — resmungo, me virando para ela ao notar que agora eu só poderia lhe acolher — A culpa não é sua, respira fundo — falo ao reparar que sua respiração estava descontrolada, então a garota obedeceu ficando minimamente melhor.
— Ele...ele me forçou...me desculpa — ela desaba em lágrimas, apenas a puxei para o meu peito, tentando lhe confortar.
— A culpa não é sua, eu tô aqui agora, não vou deixar ninguém mexer com você.
— Eu, eu não queria — então ela ergueu seu rosto para me encarar — Ele me beijou a força e eu não consegui impedir, eu sou tão frágil — ela soluça por conta do choro — Então Kathie apareceu, ela brigou com ele, lhe deu um chute, você sabe aonde...mas ele também deu um tapa nela, ele bateu nela, entende isso? — ela estava desesperada em puro pânico.
— Giulia, me conta, quem é ele? — tentei me manter calma, eu já tinha um suspeito mas precisava que ela confirmasse.
— É o Jeremy, foi ele.
voy a matar a ese hijo de puta
Senti a raiva me consumir e se espalhar como as raízes de uma árvore dentro de mim, eu não iria atrás dele agora, não podia deixar ela sozinha nesse estado, mas eu iria depois e quebraria seus dentes por ter feito isso.
— Eu vou dar um jeito nisso, mas agora você precisa se acalmar — limpei a lágrima que caía sobre sua bochecha.
— Se eu não tivesse seguido a ordem dela, talvez isso não teria acontecido — lamentou a garota, então eu lhe encarei confuso.
— Ordem? Ordem de quem?
— Eu não deveria estar falando com você, mas que se foda essa merda — ela resmungou frustrada — Tem alguém nos vigiando e contando tudo sobre nós para a minha mãe. Ela sabe que eu dormi na sua casa e simplesmente me proibiu de falar com você durante essa semana, eu tô sem celular também.
