𝗚𝗶𝘂𝗹𝗶𝗮 𝗕𝗲𝗹𝗹𝗶𝗻𝗶 uma jovem atriz de dezesseis anos, filha de uma das mais famosas modelos italianas, havia feito um teste para mais um filme e esperava ansiosamente para ser aceita para interpretar a personagem.
Mas mal sabia ela que além...
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𝙂𝙞𝙪𝙡𝙞𝙖 𝘽𝙚𝙡𝙡𝙞𝙣𝙞 Arizona, EUA
Comecei a rir da expressão confusa no rosto do garoto, é nítido que Miguel é um verdadeiro fracasso em química e em todas as suas misturas e fórmulas. Hoje era dia de experimento no laboratório, tínhamos que misturar alguns produtos e descobrir se eles formavam uma base, ou um ácido.
— Isso aqui é um ácido — comentei anotando na folha.
— Como você sabe isso? — o garoto perguntou incrédulo.
— Olha os componentes — respondo óbvia, os dois produtos diziam ser ácidos, então era meio óbvio do que se tratava.
— Ah certo — ele suspira — Isso é entediante, como você gosta disso?
— Como eu gosto de você?
— Nossa, agressiva — rio baixo — Isso mesmo, fica rindo de mim, depois não me vem pedir nada.
— Mas o carente aqui é você — retruco, vendo ele por a mão no peito ofendido.
— Para de me humilhar — ele reclama — Me deixa misturar isso aqui e isso aqui.
— Miguel — repreendo o garoto que despejava os dois líquidos no tubo, fazendo o pequeno instrumento explodir e voar tinta azul na face do garoto — Eu ia te avisar — digo vendo ele estático.
— Eu odeio química.
O professor nos deixou ir ao banheiro para limpar as mãos e o rosto de Miguel, mas não sei se aquilo seria possível de se fazer. A tinta estava secando rapidamente e não tenho certeza se ela sairia com muita facilidade. Quando estamos chegando perto do banheiro, escuto algo parecido com um choro no banheiro feminino, franzi o cenho tentando entender qual era o barulho.
— Miguel — lhe chamo — Vai para o banheiro, eu só vou ver uma coisa.
O garoto assente continuando a andar no corredor, e eu me viro para o banheiro feminino entrando no mesmo. Andei até a parte dos chuveiros, notando que o barulho vinha do último box, me aproximei vagarosamente encontrando ela chorando.
— Kathie? — falo com estranheza, então a garota imediatamente levanta o rosto esfregando as mãos nos olhos.
— Ah é você — ela fala com desgosto — Já não estragou a minha vida o suficiente, Bellini?
— O que? Kathie, eu não fiz nada.
— Ah me poupe — ela resmunga se levantando do chão — Não venha se fazer de santa, eu sei muito bem que foi você que falou para a escola inteira que eu sou lésbica.
— Não, eu não disse nada disso — contesto — Kathie, eu nunca faria isso.
— Nem pelo seu Miguel? Pelo seu amado Miguel? — ela ironiza.
— Olha só, você pode estar magoada pelo fora que eu te dei, mas não pode ficar agindo desse jeito.
