𝗚𝗶𝘂𝗹𝗶𝗮 𝗕𝗲𝗹𝗹𝗶𝗻𝗶 uma jovem atriz de dezesseis anos, filha de uma das mais famosas modelos italianas, havia feito um teste para mais um filme e esperava ansiosamente para ser aceita para interpretar a personagem.
Mas mal sabia ela que além...
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𝙈𝙞𝙜𝙪𝙚𝙡 𝘾𝙖𝙯𝙖𝙧𝙚𝙯 Arizona, EUA
Eu a puxei para dentro, ela não parecia escutar nada ou ao menos entender o que eu lhe dizia. Estava pálida, gélida e trêmula, ela não tinha expressão, não tinha estímulo, nada.
— Ahn, vem comigo — a puxei pela mão sem saber o que fazer, se eu perguntasse o que havia acontecido ela não iria responder, não naquele estado — Você precisa tirar essa roupa, entra ali no meu banheiro e tome um banho quente, vou deixar umas roupas minhas na cama — falei abrindo a porta do meu armário, enquanto ela continuava estática na meio do quarto — Fica tranquila, não vou estar no quarto quando você sair — a conforto, vendo ela assentir e entrar no banheiro.
Comecei a procurar por alguma roupa minha que fosse quentinha o suficiente para ela, logo ouvi o barulho de água no banheiro, indicando que ela já havia entrado debaixo do chuveiro. Coloquei as roupas em cima da cama, saindo do quarto e me encostando na parede ao lado da porta, tombei a cabeça para trás começando a raciocinar.
O que aconteceu?
Será que algum familiar dela faleceu? O cara da doceria foi atrás dela? A mídia assediou ela de novo? Tantas perguntas, mas nenhuma resposta, não por enquanto.
Então ela abriu a porta, me virei rapidamente para ela vendo os cantos de seus olhos estarem vermelhos e seu nariz também, seu olhar estava baixo e sua mão ainda tremia. Em um rápido movimento, eu a abracei com força, sentindo ela arfar com o aperto enquanto deitava a cabeça em meu peito.
Entramos agarrados no quarto, até que ela se separou de mim e se sentou na cama, enquanto eu fechava a porta para nos dar mais privacidade. Me sentei ao seu lado, agarrando suas mãos e acariciando elas, esperando que ela se sentisse mais confortável para me contar o que havia acontecido.
— Eu...eu briguei com a minha mãe — ela disse baixo, finalmente olhando em meus olhos.
— Por que vocês brigaram? — minha voz soou suavemente, tentando lhe passar tranquilidade.
— Eu disse que iria te ajudar com química, então ela surtou. Disse que a filha dela não era uma vadia para ficar a cada semana se encontrando com um garoto — ela continuou contando com tristeza e eu arregalei um pouco os olhos com sua fala — Ela viu que a mídia estava falando isso de mim, então obviamente ela concordou com aquela merda. Tentou me proibir de vir para cá.
— Sinto muito, eu não pensei que iria causar confusão---
— A culpa não é sua — ela me interrompeu, olhando no fundo dos meus olhos — Isso foi só uma brecha para ela tentar impor seu papel de mãe, mas eu já não aguentava mais ela querendo entrar sempre nos momentos errados, então eu explodi com ela.
— Como assim? — comecei a perguntar para que ela me contasse tudo, para que ela se esvaziasse de todos esses problemas.
— Minha mãe é só uma fachada, Miguel — ela começou — Nunca esteve presente na minha vida, ou na vida do meu irmão. Ela nunca compareceu em alguma coisa nossa, nem mesmo quando Vincentt ganhou o primeiro campeonato dele de basquete. Ela nunca nem se quer deu algum remédio para nós quando nós ficavamos doentes, era tudo meu pai quando ele chegava do trabalho ou nós tínhamos que nos virarmos sozinhos. Minha mãe só é mãe quando alguém está filmando ela, caso contrário, ela é uma total estranha — pude sentir a dor da garota a cada palavra que ela transferia sobre a mãe, ela sentia ódio e mágoa de tudo aquilo, dava para ver a tristeza no seu olhar.