𝟑𝟓'

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oi, er? então, voltei, eu acho.

(perdi o gif que eu usava no começo dos capítulos, grr)

[...]

Você acha estranhamente irônico o fato de estar refazendo aquele caminho para a cafeteria em frente ao campus novamente. Dessa vez o propósito era diferente, se lembrava de quando, alguns meses atrás, atravessou as ruas apressada para poder se encontrar com Eren, para que ele se explicasse, e depois daquele dia, você não se lembrava de estar separada dele.

Não se via mais sem ele. Yeager fazia parte de sua rotina, de sua vida e praticamente tudo que envolvia sua existência. Não havia dúvidas sobre o fato de você amá-lo, mesmo que nunca tenha profetizado isso em palavras para o mesmo. De qualquer forma, o amor não pode, e nunca será, captado em apenas três palavras.

A sineta em cima da porta ecoou após você abri-la, olhou de um lado para o outro no ambiente e teve uma breve sensação de "dejà vú" quando viu a figura do loiro, sentado na mesma mesa que o irmão dele sentou daquela vez. Era quase nostálgico, olhar pra trás e perceber tudo que enfrentaram, mas era gratificante parar pra pensar em como estavam agora.

Zeke ergueu os olhos do livro que lia e o fechou logo em seguida, ajeitando os óculos e sorrindo fracamente ao ver sua imagem andando até a mesa em que ele estava.

Você não retribuiu o sorriso.

— Fico feliz que veio. — Sua voz falhou um pouco, e ele limpou a garganta, tomando um longo gole do seu café preto enquanto você se sentava na cadeira a sua frente. Ele pediu ao garçom que trouxesse mais um, incluindo um pedaço de bolo red velvet, pois sabia que era seu favorito.

— Agradeço, mas eu não quero comer nada, não pretendo demorar. — Se apressou em dizer, ele direcionou um aceno fraco em concordância e depois cancelou o pedido. — O que exatamente você tem pra conversar comigo?

— Bom eu...Apenas pensei que depois do nosso último desentendimento, você não fosse mais querer olhar na minha cara. Vejo que estou enganado, contando com o fato de que você está aqui agora. — A presunção em seu tom de voz era presente, e isso te irritou consideravelmente.

— Não, você não está enganado. Eu realmente tentei te evitar por muito tempo, o que é muito difícil já que você trabalha na mesma faculdade que eu, e olha só, ainda mora no mesmo condomínio! — Seu sorriso sarcástico expressava tudo, menos contentamento com a situação atual. — Vá direto ao assunto, Zeke, e não faça eu me arrepender de vir aqui ouvir você.

— Eu apenas quero conversar. — O homem colocou a mão na testa, respirando fundo enquanto seu café era posto na mesa, ele agradeceu fracamente antes de voltar a olhar pra você, as duas mãos estavam ao redor da xícara, e elas pareciam tremer fracamente de aflição. — Te pedir desculpas, principalmente.

— Eu não acho que você deva me pedir desculpas. — Se encostou na cadeira, cruzando os braços e erguendo uma sobrancelha para ele. — Suas condolências não são válidas pra mim, você ofendeu o seu irmão.

— Ofendi o relacionamento de vocês, eu sei. — Ele suspirou novamente, bebendo um pouco do café e murmurando um palavrão pelo fato do líquido, obviamente, estar quente demais. — Mas eu tive meus motivos.

— Não justifica.

— Justifica, sim. — Ele contrapôs, erguendo consideravelmente seu tom de voz. — Sou se médico, [Nome], e acima de tudo, seu amigo.

— Você era, meu médico. Parei com as sessões a muito tempo.

— O que eu acho bem errado, aliás, deveríamos voltar com as consultas, faria muito bem a você.

𝐅𝐄𝐀𝐑, eren yeagerOnde histórias criam vida. Descubra agora