Capítulo 34

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Hermione

-Eu tentei avisar querida, ele iria quebrar seu coração. -Papai fala enquanto estamos sentados no jatinho que irá nos levar de volta.

Como Draco pode fazer isso comigo? O que eu fiz para ele de tão mal que o fez fazer isso? Eu pensei que tínhamos algo, pensei que poderíamos ser algo, mas aceitar dinheiro? Não sei se sinto mais raiva de meu pai por sempre achar que o dinheiro compra tudo, ou por quem foi comprado por esse dinheiro.

-Não ache que isso ameniza o fato de você ter comprado ele. -Sou dura em minhas palavras, mas papai segura minhas mãos e sorri docemente.

-Querida, fiz o que fiz por você, não iria te deixar sem ninguém naquele fim de mundo, você precisava de alguém, só não achei que fossem se envolver. -Abaixo o olhar e suspiro.

-Eu estava terminando o último ano. -Mudo o assunto para a escola. -O que vou fazer com meus estudos?

-Bem, primeiro parabéns querida, você teria sido uma grande presidenta do grêmio estudantil, apenas teve que passar o cargo para a sua adversaria para ir embora. -Arregalo um pouco os olhos sem acreditar.

-Então eu ganhei? -Ele assente.

-Tive que ter uma conversinha com o representante de sua escola sobre sua mudança. -Não sei se fico feliz ou triste, mas acabo ficando mal, outra coisa que deixei para trás.

-Que bom. -Falo isso por impulso, não sei o que dizer.

-E sobre os seus estudos, suas notas estão ótimas, então já está aprovada para a faculdade. -Sorrio de lado e olho pela janela as nuvens no céu. -O que acha de Stanford?

-Ainda não sei sobre isso. -Sou curta na resposta.

-Terá o verão para pensar, aliás, Alice deve estar ansiosa para te ver novamente. -Reviro os olhos, meu pai e sua tentativa para mim e aquela vadia darmos certo.

-Como se ela não tivesse me perseguido durante todo esse tempo. -Dou um sorriso falso e ele bufa.

-Ela apenas queria você a salvo.

-Eu ou o dinheiro da minha herança? Ela é a única herdeira se eu e você morrermos, certeza que está seguro em sua própria casa papai? -Levanto as sobrancelhas e ele revira os olhos.

-Alice e eu nos amamos. -Solto uma risada debochada e enterro meu rosto entre minhas mãos.

-Não é possível. -Reviro os olhos e ele me encara. -Ela me perseguiu.

-Eu pedi para ela ir buscar você.

-Mas eu não precisava ser buscada por ela, eu ao menos queria sair de onde estava há menos de 5 horas. -Pego o copo da água a nossa frente e bebo ele.

-Querida. -Papai segura minha mão sobre a mesa. -Alice é parte da minha vida e você também é, vamos combinar o seguinte, te dou o meu cartão para você usar o quanto quiser e você melhora essa carinha feia.

-Como está pagando esse cartão? Saúde pública ou educação? -Sua expressão chocada quase me faz dar risada. -O que houve papai? Acha que não sei de onde vem seu dinheirinho sujo?

Só aí vejo meu pai perder o controle, ele ultrapassa a mesa a nossa frente, segura meu rosto com força com suas mãos e me joga contra a minha poltrona.

-É a porra desse dinheiro sujo que paga as merdas que você veste, esse avião, e tudo que você sempre amou ter, não ache que só porquê passou meses de sua vida com um bando de caipiras já sabe tudo da vida, você não sabe de nada me entende? -Ele aperta mais meu maxilar e eu deixo apenas uma lágrima solitária descer por meu rosto. -Me entendeu?

From Change to ChangeOnde histórias criam vida. Descubra agora