Capítulo 14

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Hermione

Alguém bate na porta, não é uma batida comum, parece estar desesperado, logo me lembro de Gina e pulo da cama, ajeito meu pijama o máximo que posso, abro a porta e fico um pouco sem entender. Dois homens de preto estão na frente dela, eles não dizem nada, apenas ficamos nos encarando por um tempo até eu falar algo.

-Quem são vocês?

-Senhorita Granger, nos acompanhe por favor. -Pedem e eu nego.

-Vocês precisam me dizer quem são, eu não vou simplesmente sair daqui e voar na nave espacial de vocês. -Cruzo meus braços.

-Somos seguranças, estamos aqui a mando da senhora Granger. -Sorrio e uma ponta de esperança aparece em meu peito.

Foi tudo um sonho, mamãe está viva.

-Mamãe? -Eles abrem espaço e alguém aparece, mas não é a minha mãe.

-Olá querida. -Alice sorri falsamente. -Agora vamos.

-Já disse que não saio daqui, aliás, quem deixou você entrar aqui? -Pergunto.

-Eu. -Uma voz próxima responde, dou um passo à frente e me surpreendo com o que vejo.

-Draco? -Ainda assustada questiono.

-Não achou que eu realmente iria sentir compaixão por você apenas com dois beijos, você é uma garotinha mimada e deve ir para onde é seu lugar, bem longe daqui, bem longe de mim. -Nego com a cabeça ainda sem acreditar nisso.

-Seu maldito traidor, vovó Mary vai saber disso. -Tento ir para cima dele, mas os dois homens me seguram.

-Você já vai estar longe quando isso acontecer. -Ele ri junto com Alice.

Sinto as mãos nojentas daqueles dois homens me segurando, começo a me debater, grito por vovó Mary, chamo minha mãe, mas ninguém vem, eles começam a me levar escada abaixo, choro, pois não queria voltar para casa com aquela vadia, ela iria acabar comigo, não aguentaria isso, não posso ficar com eles.

Em um gesto desesperado, mordo o braço de um deles, o mesmo me olha e me empurra, cai no chão e a escuridão vem em minha direção.

Abro meus olhos e começo a me debater, olho para os lados e me sinto aliviada, foi só um sonho, ainda estou no quarto de Theodore, ninguém veio me pegar e são 5:30 da manhã. Minha garganta está seca, me levanto da cama e saio do quarto.

O corredor está escuro, começo a andar e penso em ir para o quarto de Gina, ver se ela está bem ou precisa de algo. Chego na porta e nem bato, apenas abro, me surpreendo com o que vejo, Theo está ao lado de dela, que dorme tranquilamente em seu peito enquanto ele a abraça.

-Não conte isso para ela. -Theo sussurra.

-Tudo bem, eu não iria contar. -Sorrio e ele assente.

-Vou fazer alguma coisa para comer, quer ir junto? -Sugere e eu assinto.

Ele sorri para Gina, ele beija sua testa com leveza, sorri olhando em seu rosto, se aproxima de sua boca, mas não beija, apenas lhe dá um beijo no canto dela, sai da cama e vem em minha direção. Saímos do quarto juntos e vamos para a cozinha.

-Theo. -O chamo enquanto me sento na ilha.

-Pode falar. -Diz enquanto pega uma panela.

-Por que continua com Lilá se você gosta de Gina? -Ele ri e começa a fazer panquecas.

-Meu filho. -Fala de uma vez. -Ele é a razão... quer ver ele?

-Quero. -Theo pega seu celular e abre em um vídeo.

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