capítulo 2

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Me sentei diante do meu pai,esperando pelo seu sermão, inspirei me preparando para sua repreensão.

Invés disso, abriu uma gaveta retirou um envelope e ficou me olhando, seus cabelos grisalhos desalinhados.

- Tenho um desafio para você, Michela. - deu um meio sorriso - Vai depender de você se aceitará. - suas voz estranhamente calma.

Apenas assenti, me foi entregue o envelope. Dentro desse envelope, contém as informações sobre o deputado do partido atualmente no poder. Analisei bem a foto do Deputado, é de boa aparência. Ergui meus olhos, a espera de uma explicação.

- Tenho informações dos nossos associados, que o deputado será indicado a ministro e presidente do Conselho. - escutei com atenção as explicações que me são dadas. - Sua missão é conquistar o deputado, e trazê-lo para o nossa organização.

- Como um associado?- questionei pensativ.

- Sim. Ao qual trabalhará para nossos interesses. O deputado é conversador. - Meu pai deu um belo sorriso, formando covinhas. Quando isso acontece o Don Campanaro, está arquitetando alguma coisa. - Depende de você, afinal terá que fazer o papel de mulher frágil.

Dei uma gargalhada, não resisti. De frágil não tenho nada.

- O que espera que eu faça? Me torne a esposa do deputado, supostamente submissa? - perguntei irônica dando uma sonora gargalhada.

- Exatamente. - afirmou meu pai, me fitando nos olhos sério.

- Papai isso só pode ser brincadeira .- me reposicionei na poltrona, incrédula com o que acabei de confirmar, pelo brilho nos olhos do meu pai.

- Você o manipulara de acordo com nossos interesses. Mas se você não for capaz, encontrarei outra pessoa. - suas palavras apesar de calmas, estava na verdade me desafiando veladamente. - O deputado é influente. E nós trará benefícios. - acrescentou.

- Pensarei no assunto mais tarde, após descansar um pouco papai. - disse desviando o rumo da nossa conversa.

Posso até aceitar seduzir o deputado, mas o manipularei de acordo com meus próprios interreses. Analisarei essa questão mais tarde.

- Papai mais tarde lhe responderei, após pensar com clareza. - olhei para o grande relógio, constatando que já havia passado 20 minutos desde que entrei. - Tenho que resolver um assunto feminino com a Laura.

Me ergui da poltrona, observando pelo reflexo, o rosto do meu pai, no vidro da moldura de um grande porta retrato, que exibe a foto da minha falecida mãe.

Dei um sorriso, de satisfação ao ver o brilho nos seus olhos. Desde que minha mãe faleceu a alguns anos, raramente vemos no rosto do meu pai um sorriso, ou esse brilho no olhar.

- Ah, Michela, temos uma nova empresa para extorquir aqui em Nápoles. - supostamente deve ser o homem que vimos no aeroporto.

Laura ficará satisfeita em fazer esse trabalho. Meu pai colocou outro envelope na mesa.

- Encontre uma falha no ceo da empresa, eles atuam na área de defesa militar eletrônica. - me explicou retirando algumas fotos, da empresa.

- Pode nos ser de grande valia. - acrescentei, observando as fotos dos funcionários trabalhando.

- Pode ir descansar, minha filha. - como o Don Campanaro me permitiu, sai do escritório.

Segurando firme os envelopes em minhas mãos, dos quais: um entregarei a Laura, o outro analisarei.

Vou estudar se terá alguma utilidade para mim e para os meus próprios interesses o deputado. Me parece mais um aristocrata arrogante, cheio de empáfia.

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