capítulo 11

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Dei uma gargalhada sarcástica, esperando meu pai dar a última palavra.
- Esse moleque deve acatar as ordens do clã.-Antônio Beneditti me olhou me afrontando diretamente, isso já venho esperando a anos.
Meu pai furioso,novamente bateu a mão sobre a mesa, rosnando que não estava gostando o rumo que a reunião estava tomando.
-Sente-se pai se acalme. -Disse cheio de ironia
Meu pai me olhou incrédulo, em um momento tenso e decisivo estava tendo essa atitude, aparentemente calmo e submisso.
Fitei os olhos diretamente de cada homem ali presente, ciente do grande problema que temos que enfrentar, recostei no acolchoado do recosto da cadeira mantendo a minha frieza, e o ódio me corroía por dentro, mas não daria prazer de nenhum dos homens presente saber disso.
É um absurdo um simples capo, está aprontando o seu superior o meu pai, um líder tem que ser frio calmo e calculista sempre escutei isso do meu avô.
Olhei diretamente Beneditti dentro dos olhos ,lhe lançai um sorriso cínico enquanto deixava furioso, descontrolado com a minha ação.
Me mantive firme e inexpressivo enquanto os homens se entreolhavam, enquanto eu e Antônio Beneditti nos olahavamos fixamente.
-Sabe capo Beneditti ,meu avô filho do lendário Pablo Escobar ,me ensinou a lidar com merdas como você. -Disse ficando sério desencostando da cadeira.
Coloquei um das minhas mãos sobre a mesa, deixando a outra livre para sacar a minha arma a qualquer momento.
- você não passa de um moleque arrogante. - Beneditti rosnou - você se aproveita da sua posição, como herdeiro.- me acusou abertamente
- Me aproveito a posição de herdeiro!?- repeti sarcástico, me virei olhando os demais homens
- Moleque!- Beneditti rosnou em vê a minha atitude debochada.
- Sabe Antônio, eu fiz coisas sujas que você não tem a menor noção, por nossa organização .- sorri ainda mas irônico - Você se esqueceu de uma coisa.- dei uma gargalhada debochada
Levei a mão a minha arma, com olhar atento do meu pai que estava ao meu lado. Vi o homem bufar de raiva.
- Do que esqueci moleque?- me questionou irritado
- Em primeiro lugar o respeito a seu superior, segundo lugar quem eu realmente sou. - o fitei com intensidade e frieza - Fui treinado por nossa organização, para ser o sucessor do meu pai, porém também fui treinado por guerrilheiros na America do Sul. - bati minha mão com força sobre a mesa - você realmente acha que me aproveito da minha posição ? Se não assumir aqui o comando, assumirei na Colômbia, mas exijo respeito com meu pai.- vociferei
Sem a menor consideração e hesitação, com os demais homem presentes na sala, ergo a minha arma puxando o gatilho em direção a Beneditti.
Observando o prajeto do projétil até atingir a testa de Beneditti, em seguida explodindo seu crânio, respingando sangue em alguns homens.
O barulho ensurdecedor do tiro por minha arma está sem silenciador, ecoa em minha cabeça enquanto o coice da pistola ricocheteia em minha mao.
A bala dourada cumpri seu propósito, vejo o corpo de Beneditti cair no chão .
Enquanto Caruso pega um lenço, para limpar as gotículas de sangue respingadas no seu rosto.
Me levantei, me aproximei olhando o corpo caído, jorrando sangue pelo chão, formando uma poça, essa cena atiça todas as células agitada, deixando a minha mente em alerta.Alimentando o meu monstro interior. Sou a fera que eles criaram e alimentaram durante todos esses anos.
- O único que pode me dizer o que fazer, me limitar e don Bruno. - rosnei os dando um aviso- coloco meu pé sobre o corpo caído e desfalecido. - E exijo respeito de todos aqui.- dei um sorriso maquiavélico, percorrendo meu olhar avaliando um por um - Ou acabaram como esse infelizmente.- disse voltando para meu lugar alerta a qualquer movimento.
Abaixo meu olhar para minha camisa, que tem algumas gotículas de sangue de Beneditti, que respingou em mim. Bufo irritado, e me sento no meu lugar.
- Não e o fato de serem praticamente anciãos, na organização, não lhe dão o direito de inferiorizar meu trabalho e minha posição.- cuspo as palavras deixando em evidência minha ira.- Os únicos que tem esse direito e don Bruno e Juan escobar.- olhei de esgueira meu pai que se mantinha firme, com as faces indecifraveis. - Fui criado para lidar com situações difíceis e decisões. E a mim que vocês colocam em jogo, quando a situação é delicada e saiu do controle de voces.- semicerrei meus olhos, os olhando cheio de ódio e frieza.- Me tornei um monstro sem escrúpulos, moldados por anos de treinamento sem descanso. Agora estão arrependidos?! O único que pode parar e don Bruno. - deixei bem claro a minha posição, dando a mínima a opinião de cada um presente.
- Todo líder precisa de um conselho ativo, Domenico. Você sem aliados não chegará a lugar nenhum. - Retrucou Fellipo Romano, arremessando sobre a mesa o lenço sujo de sangue.- Na África precisa de um homem experiente.
- Um whisky.- pedi aos chefe dos soldados do meu pai, que rapidamente me serviu, levei o copo enquanto ouvia Fellipo Romano falar - As ordens do nosso superior são claras, não aceitarei desrespeito com meu pai.- rosnei os encarando - Nem que para isso tenha que matar um por um.- sarcástico encarei Fellipo com a arma já engatilhada.
- Ninguém aqui descumprira as ordens de Don Bruno.- rebateu Fellipo.
- Eu irei a África, e eliminarei o invasor do nosso território.- afirmei os encarando com desprezo.
Bufo irado, sinto as minha narinas arderem, por puxar o ar rapidamente, para chegarem aos meus pulmões, enquanto meu coração bate frenético, meu cérebro atento a qualquer movimento estranho.
Meus músculos enrijecidos e tensos, a tensão na sala e palpável , misturado com cheiro do sangue do cadáver fresco, os olhares atentos em nossa direção, me dá a sensação de poder, deixei bem claro que a decisão do meu pai e lei para todos do nosso cla.
- Olhem pelo lado positivo, uma vaga de alto nível ,nesse momento acabou de ficar vaga.- Meu pai se pronunciou com cinismo idêntico ao meu - SUMAM Já Da MINHA
Frente.EXCETO Domênico.- Meu pai vociferou
Fellipo me fita por uma última vez, com aquele maldito ar de superioridade, de uma maldita pernalidade teimosa e orgulhosa,não passa de um merda.
Por instinto ergo a minha cabeça devolvendo o olhar severo e cheio de frieza da minha parte, deixando claro a todos que nossa conversa acabou aqui.
Os demais homens começaram a sair um por um, não esperaram que a ordem fosse repetida, ignoraram as sua vestimentas sujas , e arruinadas pelo de sangue do cadáver no chao,
Pacientemente aguardemos saírem porta a fora, demostrando paciência invejável bebericando meu whisky. Como se nessa sala, no chão em cima de uma poça de sangue, está o corpo do verme do Beneditti.
Paolo de Stefano foi o único que permaneceu, me encarou com um olhar avaliativo.
- Me sirva um whisky.- disse ao chefe dos soldados, que prontamente o serviu
Paolo levou o copo aos lábios, absorveu o líquido nos encarando em seguida.
- Bruno, Domenico e idêntico ao seu bisavô - Paolo disse casual- A lealdade sempre foi o forte dele.- esboçou um meio sorriso, certamente tendo alguma lembranca.- Será um excelente Dom.- o homem se ergueu
Girou nos seus calcanhares e saiu, nos deixando sozinhos, em seguida o consigliere e o chefe dos soldados do meu pai.

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