capitulo 20

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Observo pela janela do meu carro o prédio  em estado de abandono,analiso em silêncio, quais será os próximos passos que daremos .Essa visita a Dume Udo e inevitável, ele cruzou os limites, se metendo nos meus negócios ajudando aquela maledetta, franzo a minha testa, minha nuca lateja cada vez que penso na audácia daquela intrometida.
Vou descobrir sua verdadeira identidade, me divertirei antes de elimina-la.

Minha ordem foi bem clara aos meus homens, avançar dentro desse prédio em menor tempo possível, quero acabar logo com isso.

- Senhor, em 5 minutos entraremos.- ouvi a voz de Dario, ecoa pelo rádio transmissor preso ao meu colete a prova de balas, verifico se as minha armas estão carregadas, as deixando engatilhadas- A primeira equipe entrará limpando a área para sua entrada.

- Prossiga o combinado! Lembre-se quero Dume intacto.- respondo colocando o rádio próximo aos meus lábios, para que todos os meus homens escutasse- Quero o miserável e a intrometida da garota viva. O restante pode eliminar.

Desço do carro, colocando meus armamentos a postos, para adentrar nesse covil de demônios. Segundo informações, esse prédio está sendo usado para os negócios escusso do Black Axé.

Com tudo pronto, lanço um olhar em direção a Dário, fazendo um aceno com a cabeça indicando que está na hora. Dario ordena a primeira equipe  entrasse.

- Domenico...- Dario começa a falar, eu gesticulo o interrompendo

- Cale essa maldita boca, quero silêncio absoluto. Se vinha com alguma gracinha inapropriada e inoportuna, voltará para a Itália dentro de um caixão, morto pelas minhas próprias mãos, vou ter o prazer de ver você sufocar, enquanto aperto a sua garganta.- rosnei lhe dando o aviso, a maldita boca  de Dario aberta na hora errada, pode nos custar a vida.

Os carros permaneceram ligados com seus motoristas em alerta, caso algo desse errado, o plano de evacuação será de imediato, cada grupo seguira por caminhos diferentes, até que a poeira abaixar, aqui na Nigéria estamos em menor número.

Em um movimento rápido, passo a minha não pela lateral da submetralhadora, refletindo o meu nervosismo, o vento quente da noite bagunçando meus cabelos.

- Senhor estamos no perímetro de defesa do nosso inimigo, não houve retaliação.- a voz de Lucca ecoa no rádio, me tirando dos meus próprios pensamentos.

- Prossiga.- ordeno me virando para a equipe que me acompanhará, três soldados de minha confiança e experientes e mas o inútil do Dario.- vamos.- gesticulei os ordenando a prosseguir, dando alguns passos a frente
Conforme me aproximo do prédio, nota as pichações feitas por guangues locais, símbolos feitos com tinta Spray, pelos muros e  a fachada do prédio.

- Domenico, há grande chance de ser uma armadilha, de Dume está a sua espera com a tal rainha vermelha.- Dario abriu a sua maldita boca - O ponto que quero chegar, que não podemos te perder, se não for por suas mãos vou morrer pelas mãos de Dom Bruno.- Dario deixou evidente a sua aflição.

- Então, garanta a minha proteção!- rosno irredutível a minha decisão, avançando até a porta do prédio, lanço meu olhar em direção a lateral do prédio, aonde fica um beco, com latões de lixo, caixas de papelão, entulhos, sacos de plásticos conjuntamente com uma montanha de imundice- Como meu braço direito , e chefe dos meus soldados espero que cumpra sua função, então cala a bosta dessa boca.

O interior do prédio não é o oposto da sua fachada, está em ruínas, a estrutura dos andares está a vista em vários pontos da sua estrutura, demostrando a degradação da estrutura de concreto, deteriorados pelo tempo e falta de manutenção.

Todas as janelas aqui do primeiro andar, estão quebradas os cacos dos vidros espalhados no chão, matagal querendo entrar pela janela a dentro.

Com passos decididos eu avanço, tomando cuidado menor ruído podemos denunciar a nossa presença. Tábuas de madeira encobria uma porta a nossa direita, deixando uma pequena fenda.

Com cuidado empurrados as tábuas desbloqueando o caminho, a primeira equipe estava avançando pelo lado oposto que estamos.

Dario passou a minha frente verificando se o caminho está livre, assim que me diz que o caminho está livre passo, me abaixando para passar pela passagem, repletas de teias de aranha e poeira.

O chão está cheio de poça de sangue fresco, pelo odor forte que chega em minhas narinas, o odor podridão e fétido, sacos pretos amontoados e cachorros disputando um pedaço de carne em decomposição.

- O que eles estão disputando e carne humana? - Lucca perguntou incrédulo, tapando as narinas

Meus olhos se fixaram no pedaço de carne que os cachorros disputavam, parecia uma cabeça humana, com alguns fiapos de cabelos crespos.

- O que esses loucos estão fazendo aqui?- rosnou perguntando em voz alta - Vamos prosseguir, antes que os vira-latas nos notem.- direcionei o foco ao que nos interessa.

Em meio ao meu caminho um saco preto se movimenta, em um chute certeiro dou  no saco, querendo saber que merda tem ali dentro, sai de dentro do saco duas ratazanas sujas de sangue.

Bem em nossa frente uma escada de ferro, dava acesso ao segundo andar, Lucca e Dario foram adiante de mim, com os outros dois soldados protegendo as minhas costas.

Seguro a minha arma firme em minhas mãos, em alerta caso fossemos pegos de surpresa.
Pelo visto os vira-latas passaram por aqui, as paredes estão sujas. A cada passo que damos, a adrenalina aumenta, a ansiedade de colocar minhas mãos em Dume.

As escadas acabam diante um corredor que está em completa escuridão, Dario rapidamente liga uma lanterna, para iluminar o local, porém é muito arriscado.

- Desliga essa merda!- rosno metendo a mão sobre a lanterna a abaixando- Vamos prosseguir apenas com a luz da mira de nossas armas.

Lucca bem adiante a mim, balançou a cabeça em negativa a atitude de Dario.

- Darei a noticia a sua mãe da sua morte pessoalmente, como um acidente.- Lucca disse sarcástico para Dario.

Fiz sinal de silêncio para os dois, esse não é o momento para piadas. Da janela oposta vinha iluminação, me indicando aonde vou encontrar o meu alvo essa noite, ordenei que avançassem.

Um homem saiu da sala falando ao telefone falando ao celular, indo em direção a outra sala, a escuridão do corredor nos ajudou nos esconder e não sermos pegos.

O que estão fazendo naquela sala? Empurrei Dario para o lado para me dar passagem, chega um verdadeiro líder não se esconde, ele enfrenta de frente seu inimigo.

Com cuidado abri a porta, para os desespero dos meus soldados tomei uma atitude impulsiva, quero saber com que espécie de pessoa estou lidando.

Abri a porta com cuidado, com a minha arma em punhos, os homens estavam tão concentrados no que estavam fazendo que nem notaram a minha presença,  amarrada em uma cadeira tinha uma mulher, seu semblante e sua aparência deixava evidente que está sofrendo, seus olhos inchado de tanto chorar certamente, sua respiração ofegante.

Um dos homens falavam algo que não consegui entender, em uma língua estrangeira, o homem passou um bisturi na lateral do rosto da mulher, o sangue escorreu manchando suas vestes típica nigeriana, com uma gargalhada demoníaca, proseguiu o corte deformando o rosto da mulher, que essa altura devia está implorando a sua morte na sua língua.

Piscou algumas vezes, o outro homem deu um tiro no seu pé, a fazendo gemer de dor. Levei a mão a minha cintura pegando a minha arma com o silenciador. Apontei na direção da cabeça do homem com bisturi.

Observei o trajeto que a bala estava tomando, até chegar a cabeça do miserável, estourando seus miolos, o corpo caiu no chão, o bisturi desceu abrindo até a garganta da mulher, que essa altura agonizava, com o sangue jorrando pelo seu rosto e sua garganta.

Com essa atitude chamei atenção do outro homem, que apontou a arma em minha direção, porém fui mas rápido, atingi sua perna o fazendo cair de joelhos.

De trás de mim saiu um tiro que acertou a mão do homem, fazendo a arma cair a alguns metros a sua frente, dei uns passos para dentro da sala, chutei a arma para fora do seu alcance, Dario segurou o homem o imobilizando, enquanto Lucca verificava se a mulher ainda estava morta.

Lucca fechou os olhos da mulher, que essa hora já não está mas entre nós.

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