capítulo 28

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As peças de xadrez me chamaram atenção, as peças são vermelhas e pretas, passei o dedo sobre a rainha vermelha do tabuleiro, contemplando os detalhes da peça com cuidado.

- Pelo visto e apaixonada pelo xadrez também.- Juan afirmou antes mesmo que eu dissesse alguma coisa

Tenho fascínio pelo jogo de xadrez, assim como no xadrez se movimentamos cada peça com cuidado vencemos o jogo da vida. Juan gesticulou para começar a partida.

Os minutos a seguir reinou o silêncio, uma das minhas mãos continuou sobre a minha arma, e a outra movimentando as peças no jogo de xadrez.

Por mas que eu evite não consigo, evitar de fitar os olhos de Juan, esse maldito olhar me lembra alguém, aquele miserável arrogante do aeroporto.

- Por que tanto me olha menina.- Juan me questionou

- Perdão, seu olhar me lembra alguém.- respondi desviando o olhar, para o jogo novamente

Juan Escobar soltou uma gargalhada que encheu o ambiente, levou o copo aos lábios sorvendo o uísque.

- Meu olhar te lembra alguém.- Juan cheio de sarcasmo - Esse alguém, pode ser auto destrutivo, por mas que tenha sido domesticado, seus instintos primitivos continuam com ele.

Esse velho é astuto, qualquer movimento errado, qualquer palavra errada, me fará jogar tudo por água abaixo. Voltei minha concentração para o jogo.

Tenho que mover as minha peças de acordo para conseguir o domínio do centro do tabuleiro, analisando como farei o desenvolvimento progressivo, porém tenho que está atenta a cada movimento do meu adversário e está pronta para um contra- ataque, que me faça avançar obtendo a segurança real que cada movimento que fizer me levará a inatividade das peças do meu adversário, que me levaram ao xeque-mate.

- Aceitei recebe-la, para conhecer quem era essa mulher, corajosa e audaciosa, insistente que quer negociar comigo.- Escobar está tentando me enrolar com suas palavras para me desconcentrar.

Permaneci em silêncio, enquanto estou analisando qual peça e para aonde vou movimentar, com cuidado para não tomar uma decisão errada, movimentei meu rei.

- Para conquistamos o que queremos...- fiz um pausa para lhe olhar diretamente - Temos que ser audacioso. Só não compreendo como Senhor fala tão bem italiano. - indaguei

O velho movimento seu peão enquanto abriu um sorriso, meu olhar se fixou novamente na partida.

- São anos negociando com os Ndrangheta, além do mas minha filha e casada com um italiano.- astuto me observava cada gesto, cada movimento que dou, sinto seus olhos cravados em mim - Sempre tive apreensão, em questão a minha filha.

- Sobre o que? - o perguntei sem interesse

- O mesmo que o seu pai deve ter.- está tentando me manipular usando sentimentalismo, já entendi seu jogo comigo - Sempre tiver receio por Yolanda, o mundo da máfia é violento sanguinário...

- E machista. - o cortei chegando ao ponto

- Yolanda desde seus 5 anos foi treinada, por professores de artes marciais, treinada para ser uma excelente atiradora, isso sem perder sua femilidada.- Sorriu se gabando cheio de orgulho - E uma assassina de sangue frio que sabe se defender muito bem,mas sempre tive meus receios o que aconteceria com ela, caso eu morresse se o clã aceitaria que assumisse meu lugar.

- Afinal o que aconteceu?- questionei já ficando entendiada com essa conversa

- Cruzou no caminho dela o Bruno, que a tratou com indiferença. Apesar dos transtornos estão casados.- algo em sua voz me soou estranho

Rainha vermelha degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora