capítulo 18

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Como esperado a minha saída de Milão foi facilmente camuflada, com a presença da camaleoa, por ordens minhas foram proibidos reportes e paparazzi se aproximem, deixando evidente que não sou eu que estou desfilando pelas ruas de Milão fazendo compras com a Laura, mas sim uma sozinha minha, que por sinal a única coisa que difere de mim é o rosto.

Nossa chegada a África, mas exatamente na Nigéria foi tranquila, com o homem que nos fez a conexão com o líder da máfia local Dume Udo, que insistentemente me olha com cobiça,  finjo que não estou notando a sua atitude atrevida.

Em primeiro momento Dume se negou a negociar, até eu mandar Fred colocar em sua frente a bolsa com os dólares, na quantia inicial de 50 mil dólares.

Com a ajuda de Dume chegamos ao povoado, que se esconde os contrabandista de drogas nessa região, a noite já tinha se iniciado, durante o trajeto até aqui observei algumas coisas que me chamou atenção.

Tanto a Nigéria quanto o Níger são países pobres, isso fica evidente na sua população, o oposto do luxo que Juan Escobar vive, aqui as pessoas traficam para sua sobrevivência.

A paisagem conforme avançavamos se tornava ainda mas precária, lembrando o sertão , com sua terra árida que não ver uma chuva a dias, a fome e a sede e evidente tanto nas pessoas, quanto nos animais que lutam pela sua sobrevivência.

As crianças lutam para sobreviver, com certeza a mortalidade aqui é enorme, sem saneamento básico nenhum.

Assim que a noite se inicio chegamos ao povoado, todos estão recolhidos em suas casas.

Dei a ordem a Fred que nossa equipe se espalhasse, pelo local ficando em pontos estratégicos e que ficasse em alerta. Os soldados de Dume estavam cumprindo as suas ordens, mas logos chegaram aqui para nós da reforços.

Movida pelos meus instintos, levo a mão a minha arma a verificando se está carregada, observo meu colete os punhais, colocados em pontos estratégicos, por baixo da minha calça de couro presa a minha perna uma faca e na outra uma arma.

Passo a minha mão nos meus cabelos, que estão secos por causa da poeira, que pegamos pelo caminho, observo a minha bota ficando suja de poeira.

Olhei ligeiramente para os dois homens que se aproximavam, com a minha arma em punhos, preparada para atirar a qualquer momento.

Meu coração acelera em um ritmo frenético, fazendo a adrenalina correr por minhas veias, fixei os meus olhos nos dois homens que se aproximava.

  Dume começou a fala gesticulando e apontando em direção a uma casa, olhei para Fred esperando uma explicação.

  - O Chefe do bando está naquela casa.- Fred afirmou convicto

  - Vamos até lá.- friamente disse dando alguns passos adiante, enquanto os dois me seguiam

Parei diante a casa que me indicaram, as paredes feitas de uma mistura de madeira bambu e barro, tijolo não foi utilizado, suas telha feitas de um material ao qual desconheço parece ser zinco. A porta de madeira com uma tela a cobrindo.

Fred passou a minha frente e bateu na porta, o homem abriu a porta, sua reação de imediato foi tentar fechar, porém a força de Fred foi maior que a sua.

Fred pegou o homem pelo colarinho, o carregando para dentro da casa. Adentrei no cômodo mal iluminado devido a precariedade da rede elétrica.

  - O diga que queremos fazer um acordo.- rosnei pegando um pedaço de corda no meu colete e jogando para Fred

Que o amarrou, na cadeira o diante a nós, Dume sumiu a casa a dentro, escutei o grito de uma mulher.

  - Dume.- o chamei rosnando

Rainha vermelha degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora