capitulo 35

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Cada vez que lembro ,que aquele maldito do Domenico ficou com a minha arma, meu sangue ferve em minhas veias, o ódio me consome por aquele ser, machista arrogante.

Laura passou horas tagarelando no meu ouvido dizendo que tinha me avisado. Isso me deixou ainda mas irritada. Ando a ponto de explodir, a qualquer momento de tanto ódio que me consome, ao lembrar que aquele maldito teve acesso ao meu corpo.

Com aquelas mãos perversas me apertando meu corpo, acendendo todo o meus corpo.

Inferno eu tenho que tirar isso da minha mente. Aquele machista, não passa... de raiva soquei a parede para não quebrar o meu espelho.

- Tem gente bravinha.- Laura apareceu logo atrás de mim, vi pelo reflexo do espelho.

Respirei fundo, esperando as típicas gracinhas da Laura.

- Pensando no amasso que levou do bonitão.- deu um sorriso zombeteiro - Mas um pouco eu via vocês dois transando, em cima do capo do carro.- Laura se sentou na minha poltrona

- Laura esqueça disso. - rosnei a encarando e lhe mostrando que não gostei.

- você anda muito estressada.- mudou sua posição na poltrona relaxando.

Girei meu corpo entrando no meu banheiro, preciso com urgência dar um jeito ao meu estresse.

- Michela está me ouvindo?- Laura aumentou seu tom de voz chamando a minha atenção - Temos que está em Roma em três dias. Dom Campanaro não aceitará uma recusa sua. Meu pai me alertou, que seu pai anda furioso. Mas fazer o que... isso é de família...- disse irônica

- Eu irei, mas pelos meus próprios interesses. - rebati sua ironia - Cadê os relatórios de Fred?

Laura retirou da bolsa e me entregou. Comecei a folhear alheia, do olhar penetrante de Laura sobre mim.

- Pode entrar.- disse antes que a pessoa derrube a porta do meu quarto.

A porta se abriu revelando uma das empregadas, que abaixou a cabeça para se digerir a mim.

- Senhorita Dom Campanaro deseja lhe ver.- a empregada me entregou o recado

- Diga que já estou indo.- Respondi a dispensando rapidamente, enquanto observo pela janela os soldados espalhados pela propriedade

Assim que a porta se fechou, nós entreolhamos cúmplices. Suspirei me sentindo derrotada, em determinados momentos me bate o desânimo, que me faz pensar em jogar tudo para cima, abandonar os meus planos que tanto lutei até agora.

Mas sempre que lembro, que Dino não se esforçou um único dia, não passou pelos treinamentos que passei, vai assumir sem ter se empenhado para isso, uma fúria toma conta de mim, e me dá forças para prosseguir.

Meu futuro será oposto do que a minha mãe me dizia. Suspirei ao lembrar da última vez que estivemos juntas antes da sua morte.

" - Michela volte aqui.- Minha mãe está me chamando, enquanto estou correndo a beira da piscina.

Sorri ao vê-la se aproximando, tentei parar, mas escorreguei cai no chão, batendo os meus joelhos no piso molhado, meus olhos ficaram marejados.

- Minha filha, você é muito travessa.- Afagou meus cabelos, os afastando para beijar a minha testa - Você e a princesa campanaro! O orgulho meu é do seu pai.- beijou as minhas bochechas - Sempre estarei ao seu lado, para ver os meus netos.

- Mamãe não quero me casar!- resmunguei cruzando meus braços sobre meu peito

- Você me dará, pelo menos um.- sorriu para mim, enquanto me abraçava - Apesar do seu jeito arrisco, formará a sua família. Sempre estarei com você. "

Funguei, erguendo meu rosto para cima, controlando meus olhos marejados para não chorar diante a Laura.

Meu peito dói de saudades da minha mãe, infelizmente ela estava errada. Você não está mas ao meu lado, e segundo nunca terei um filho.

Não tem condições nenhuma, em colocar uma criança no meio desse mundo ao qual vivo. Sombrio, ao qual podemos ser mortos a qualquer momento. Como serei uma boa mãe? Se não tenho a minha para me ajudar?

Eu não passo de uma pessoa desalmada, que foi ensinada para ser assim. Sem misericórdia nenhuma, que sente prazer em ver o sofrimento.

Esse negócio meloso, romântizado pelas mulheres, de casar e formar uma família, não foi feito para mim.A única coisa que me importo é comigo mesmo, com os meus objetivos próprios, em conquistar o poder da nossa organização, se encontrar a morte pelo caminho, fazer o que será apenas uma fatalidade típica no mundo da máfia.

- Michela.- Senti Laura colocar sua mão sobre o meu ombro, me dispertando dos meus próprios pensamentos- Seu pai a espera.

- Laura, me espere aqui.- ordenei me afastando.

Assim que atravessei a porta do meu quarto, cheguei ao corredor ouvi a voz de Dino, a porta do seu quarto entreaberta

- Eu vou para a boate mas tarde, leve a mercadoria para mim.- observei ainda de costas, seu estado decadente, está com o mesmo pijama a dois dias.

Como o vício leva a pessoa a autodestruição. Meu pai nunca enxergou, que Dino não passa de um vagabundo. Dino assumir o comando da casmorra será o nosso fim.

Prosegui pelos corredor, com uma sensação estranha. O corredor está carregado com um aroma masculino.Perfume esse que tem atormentado os meus sonhos e pensamentos.

- Estou ficando louca.- murmurei

Continue caminhando, com a sensação que tem alguém me observando. Fechei minha mãos suada, respirando devagar para controlar meus batimentos cardíacos.

O pior inimigo que não podemos ter é a nossa mente. A pressão psicológica, nos faz cometer sérios erros, que muitas vezes não temos como contornar.

Pisei cada degrau com cuidado, com meus ouvidos atentos a menores ruídos. Passei a ponta dos meus dedos, sobre a minha arma presa ao cos da minha saia. A retirei da minha cintura a engatilhado, a cada passo que dou escada a baixo meu coração se acelerou ainda mas.

- Posso saber o que faz com essa arma dentro de casa menina?- a voz do meu pai, está em tom de reprovação pela minha atitude

- Apenas verificando seu estado.- dei uma desculpa

- Venha.- fez um gesto para que o acompanhasse

Girei meu pescoço para olhar atrás de mim, passei o olhar avaliando,  se  é minha mente que está me pregando um peça, ou se realmente tem alguém me seguindo.

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