Chegando já avistei minha mãe falando pro Jr que não tinha necessidade de me apresentar pros traficantes. O camarote só fica lotado dos donos de morro e aliados, por isso ela ama a minha ausência aqui.
Enquanto isso minha madrinha Júlia já estava falando com alguns rapazes e apontava para mim e pra Carol.
Na porta da escadaria o tal Índio tava na contenção fumando um baseado. Observando calado, enquanto o Teco falava horrores.
Xxx: A beleza vem de família, né? -falou um rapaz e o Teco fechou a cara olhando pra minha mãe que logo abriu um sorriso espontâneo
Fernanda: Claro, puxou a mãe dela. -me abraçou e eu revirei os olhos -Mas é a proibida.
Encarei sem entender aonde ela ia chegar pra evitar meu contato com os rapazes.
Xxx: Tá protegida já? -ela simples assentiu
Xxx: É a filha do grande Diego, teu pai fez nome no Rio de Janeiro inteiro.
-Claro, nas reportagens né?
Xxx: Também, mas era um dos meus funcionários mais competente.
Funcionário? Então estamos falando com o chefão, dos chefões.
Jr: Lorena tem todas as qualidades do pai dela. E a rebeldia da mãe. -apontou pra minha mãe que revirou os olhos
Não sei por que estava me sentindo em uma vitrine, como se fosse uma reunião pra decidir quem ficaria com a "Lorena".
Sentei na cadeira deixando eles conversarem e encarei a Carol que já tava trocando papo com um rapaz.
Meus olhos perdidos travaram em minha frente quando notei que estava sendo observada.
Justamente por aqueles olhos escuros e penetrantes do dono do Vidigal. Ele tinha umas características do seu vulgo Índio, faz sentido, combina com ele.
Enquanto levava o baseado na boca, me analisava profundamente. Parecia que todas as merdas que eu já fiz estava estampadas na minha testa.
Teco: Esquecemos de apresentá-la ao patrão. -saiu do lado do rapaz e apontou pra mim - Índio, essa é a nossa protegida, filha do Diego e minha afilhada. Filha da dona Fernanda.
Minha mãe parecia não curtir muito essa apresentação, então apenas sorriu forçada. E eu fiz o mesmo, mas porque estava envergonhada sobre teu olhar de julgamento.
-Satisfação, Lorena. -falei afim de quebrar o silêncio no meio de um baile tão barulhento
Xxx: Satisfação. -sussurrou com o baseado entre os lábios
Puta merda, por que diabos isso era tão atraente. Eu não conseguia tirar os olhos dele, por um minuto.
Queria que me falasse o que pensava enquanto me analisava.
Carol: Já podemos voltar pra baixo?
Julia: Vamo dançar um pouco e ir embora, né comadre? -encarou minha mãe que assentiu
Fernanda: Podem descer, vão curtir. -falou depositando dois tapinhas na minha bunda quando eu levantei -Tô de olho em tu.
Antes de descer pra pista passei pelo Índio mais intrigante que eu já vi, ele deu passagem ainda sem tirar os olhos de mim.
Chegando lá embaixo a Carol falou eufórica tudo o que eu havia percebido, que ele não tirava os olhos de mim e que havia uma tensão sexual enorme.
Continuamos bebendo, e dançando na pista, dês da última boca que beijei, não conseguia mais depois que senti ser observada em todos meus passos.
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FAVELA VIVE (REVISANDO) + (CONCLUÍDA) REPOSTANDO
General FictionFavela do Vidigal - Triângulo amoroso! "Todo mundo tá ligado que ela é a minha de fé, aí de quem cometer o pecado de cobiçar minha mulher....abrir um salão pra você dentro da minha favela." -Poesia Acústica 13 (+18)