Índio
A coroa realmente tinha falado sobre pedir o número da doidona lá ,mas eu fui mais pra frente, me assegurei e guardei anotado no meu celular.
Depois daquele dia, a cria não me deixa quieto por um minuto, metade do tempo é falando da doutora e a outra que quer um cachorro.
E papo reto, não sei o que fazer. Por que não sendo tão presente, por conta do tempo, eu satisfaço ele com presentes. Mas um cachorro já era demais.
Até o dia do aniversário eu andei bem ocupado na favela, resolvendo treta, recebendo armamento, grana, aliança, e inimigos novos.
Dês da minha saída da cadeia, metade da polícia é miliciana e a outra metade daria bilhões em troca da minha cabeça. Eles sabem que eu tenho a senha pra derrubar bastante cana de lá, uma mente criminosa ou um bandido artículoso, eu diria isso no proceder.
Na hora da festa, a dona Marina fez questão de arma um bagulho grande. Na intenção da alegria da cria, mas o moleque estava mais ansioso pela presença das pessoas. Havia feito um churrasco e estava tranquilo na laje.
Tava trajado de preto, e fumando um baseado enquanto chegava mais pessoas. Mandei mensagem pro meu irmão LL, e ele disse que tava chegando com a doutora.
Não sei se é ela, ou seu olhar confuso que me deixa totalmente curioso. Talvez seja mais sobre a família dela. Ou, o motivo pra ela ter uma ligação tão forte com minha cria, em tão pouco tempo. Não entendo legal, sou desconfiado.
Assim que eles chegaram o Marcos pulou no LL, eles eram bem amigos. E depois claro, ficou agarrado na Doutora. Até mais do que com sua mãe, que chegou horas depois.
Sobre a Nicole não tenho muito pra falar, apenas que não escolheria ela para ser a mãe de uma cria minha. Foi algo de momento, que aconteceu e eu não sou moleque, apenas assumi.
A doidona não sente tanto amor pela criança, e eu percebi isso, ainda mais hoje. Ela só quis se aproximar quando notou a presença da Doutora. E acho que atingiu ela mais por minha causa. Que não posso negar, tô observando ela dês da hora que chegou.
Nicole: Fala Marcos, caralho. -sacudiu a camisa do moleque e eu parei na cozinha observando aquela cena
Marcos: Eu não sei mãe. -respondeu querendo chorar -Eles não tem nada mãe, eu não sei.
Nicole: Filho imprestável, é isso que tu é.-gritou
Marcos: Por que não gosta de mim? -sussurrou chorando
Nicole: Tu me irrita cara, some da minha frente vai. -falou alto dando um tapa no moleque
Antes deu chegar pra tirar satisfação a doutora saiu do banheiro que era em frente a cozinha e parou com olhar de desaprovação, sendo abraçada pelo Marcos.
Lorena: O que houve meu amor? -ajoelhou em sua frente
Marcos: Minha mãe quer me bater. -abraçou ela
Nicole: Garoto, cala a boca. -tirou o chinelo e jogou no chão percebendo a minha presença
-5 minutos de interrogação, pra tu me dar uma razão pra tão tirar 5 dedo de tu. 1 minuto pra cada dedo. -falei vendo seus olhos arregalados
Nicole: Quem é essa mulher Índio?que parece mais mãe do nosso filho, que eu mesma?
-Com toda certeza, tá sendo mais mãe mermo. Por que, depois dessa treta aqui, não quero tu perto do meu moleque não.
Nicole: Deve ser mais uma puta, que tu tá comendo né? -falou alto e eu garrei teu braço fazendo o Marcos começar a chorar pedindo ajuda pra avó
Marina: Calma, não estrague a festa do teu filho. -apareceu sussurrando pra mim
Minha real vontade era encher aquela mina de tiro, ali mermo na cozinha, mas iria causar mais danos na cria.
Mandei ela ralar, e disse que depois cobraria. Já acionei os moleques pra preparar a sala do interrogatório e amanhã provável sem dedos ela vai estar.
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FAVELA VIVE (REVISANDO) + (CONCLUÍDA) REPOSTANDO
General FictionFavela do Vidigal - Triângulo amoroso! "Todo mundo tá ligado que ela é a minha de fé, aí de quem cometer o pecado de cobiçar minha mulher....abrir um salão pra você dentro da minha favela." -Poesia Acústica 13 (+18)