Índio
O papo é que ela me deixava totalmente sem foco, era pior que alucinação com cocaína. Cheguei de Angras cansado pra caralho, o Marcos falava dela o tempo todo, aproveitei a deixa pra ficar mais com ele.
A real é que mesmo sem nem ter falado nada, ela é um calmante, papo reto.
No meio da missão, era basicamente na minha família que eu pensava. Deixei o Teco e Jr no comando e fui cobrar umas 5 cabeças.
Se tinha uma fita que me deixava intrigado era quando tentavam passar a perna em mim. Sempre tem uns que é suicida, e provoca justamente a minha mente psicótica.
Passei duas noites cuspindo em corpo e assinando aliança.
Agora, enquanto eu pensava em bilhões de dinheiro sujo. Escutava ela e o Marcos discutir sobre sorvete.
Lorena: Não cara, olha isso aqui. -chupou o dedo com calda
Era simples atos dela, que me deixava marolando. Sabia, que provavelmente não era a sua intenção me provocar, afinal, ela tava apenas agindo naturalmente. Mas foi apenas aquele movimento, que me fez levantar a perna e colocar o braço no colo, tava com altas fitas na mente.
Marcos: Óia pai, ela recusou, meu sorvete. -olhou pra mim -Toma pra tu.
-Não quero não pô, sobra mais pra tu. -ele me encarou com a boca toda suja de chocolate
Lorena: Teu pai é estranho. -fingiu sussurrar pra ele - Quem não curte sorvete?
Marcos: Tia, sujou teu nariz. -gargalhou passando sorvete nela
Lorena: Não acredito, seu pilantra. -riu dando cosquinha nele
Dificilmente vejo o Marcos tão acolhido assim quando tá com a mãe dele, na real a Nicole nunca foi uma mãe pra ele. Mas curto deixar claro que a Lorena é apenas amiga, afinal, nem sei se a mina curte essa responsabilidade de ter uma cria chamando ela de mãe.
Marcos: O pai, também tá. -passou o dedo na minha bochecha e eu encarei ele passando a mão
Lorena: Nossa, que pena. -olhou pra mim -Bora se limpar, vem Marquinhos.
Encarei ela levantar com ele até o banheiro e fiquei sentado olhando o celular.
Tinha mensagem pra caralho, a maioria era mina chamando pra treta, e eu, numa sexta feira, passeando com minha cria e uma doidona coberta de calda no rosto.
Ela se aproximou rindo com ele, levantei pagando a conta e seguimos pro carro.
Entrei ligando o carro e o Marcos ficou no colo da Lorena, um garoto folgado, mermo.
Lorena: Ele tá com sono. -encarei ela olhando pra ele -Pior que eu também tô.
-Tá é toda suja, pô. -passei o dedo no canto da boca dela e chupei -Calda de chocolate.
Lorena: Valeu. -sorriu nervosa
Seguir pra favela em silêncio, metade do caminho antes de chegar na casa dela, vim ouvindo sua respiração leve. Virei o rosto vendo ela dormindo com o Marcos em seu colo, que também tava apagado.
Cheguei perto colocando o cabelo dela pra trás. O caô, é que a filha da puta é gata pra caralho. Toda bonitinha, até dormindo.
-Chegamo pô. -falei baixo vendo ela encarar assustada
Lorena: Nossa senhora. -se ajeitou no banco e me encarou atenta -Não ronquei não ,né?
-Pra caralho, tava quase colocando a mão na tua boca. -falei vendo ela revirar os olhos
Lorena: Besta. -saiu com o Marcos no colo e depois colocou ele no banco de trás -Valeu pelo passeio, foi divertido.
-Na paz, merma fita. -analisei ela entrar em casa e olhei pra cima vendo a coroa dela
Por algum motivo me atravessa todos os dias, até quando eu escolher, tirar satisfação.
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FAVELA VIVE (REVISANDO) + (CONCLUÍDA) REPOSTANDO
General FictionFavela do Vidigal - Triângulo amoroso! "Todo mundo tá ligado que ela é a minha de fé, aí de quem cometer o pecado de cobiçar minha mulher....abrir um salão pra você dentro da minha favela." -Poesia Acústica 13 (+18)