capítulo 17

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Acordei escutando pagode alto vindo da sala, dona Júlia gritando e minha mãe na cozinha.

Olhei meu celular vendo uma mensagem de um número desconhecido.

+Xxx: culpa tua desgraçada, se eu te pegar na rua, te esfolo no chão.

+Foto

Desliguei o celular e analisei a foto da Nicole careca, como ela conseguiu meu número, que tipo de ameaças são essas?

A culpa não é minha se ela é uma péssima mãe e foi cobrada pela postura. Então, apenas bloqueie o celular e quero ver ela peitar.

Desci as escadas vendo minha mãe e a Júlia dançando na cozinha.

-Bom dia senhoras. -bocejei sentando na cadeira

Julia: Bom dia princesa. -beijou minha testa e pediu pra eu levantar e dar uma volta -Gostosa como sempre.

-Tu também, inclusive. Qual motivo do churrasco na casa do teu homem?

Fernanda: Teu tio Jr, tá ficando mais velho hoje, não tá lembrada?

-Pior que não. -encarei o relógio -Vô nem comer, se não fico cheia pro churrasco.

Julia: Vira pra mim, aqui. -olhei pra ela que passou a mão na minha barriga -Sonhei que tu engravidava, e era menino.

-Credo. -me benzi e minha mãe já ficou desconfiada

Subi pro quarto pegando meus produtos e fui pro banheiro, tomei um banho de respeito, lavei meu cabelo, depilei, hidratei.

Sair finalizando meu cabelo, passei perfume e coloquei um short com a camisa do Flamengo, o Luan esqueceu aqui em casa, e é vapo.

Desci vendo elas pegando panela e tigela, ajudei pegando uma bolsa térmica e saímos de casa.

Cheguei na residência do JR e encontrei a Carolzinha, ficamos fofocando altas horas na sala. Quando fui surpreendida por um abraço quente.

Marcos: Oi mamãe. -segurou minha mão e eu sorrir nervosa

Índio: Ela não é tua mãe, já falei né Marcos. -se aproximou -Visão.

Carol: Opa. -cruzou as pernas encarando ele

-Esse é o Marcos, que eu falei. -apontei pro menino e ela sorriu

Índio: Posso bater um lero com tu? -me encarou e eu assentir -Cria, fica aí.

Marcos: Pode pá. -falou todo cheio de gíria

Ele era uma criança de apenas 5 anos, cheio de gírias e todo marrento. Uma cópia do pai.

Seguimos pra cozinha e eu encostei na mesa vendo ele pensar antes de começar a contar algo.

Índio: Então pô, descobrir que eu tenho uma irmã, tá ligado? -assentir sem entender o que eu tinha haver com isso -Ela chegou aí, e eu queria saber se tu pode dá um rolê com ela, comprar umas coisas que cês sabem aí. Não confio muito, nas mina daqui.

Eu queria dizer não, mas uma vez estava lá, sendo simpática e assentindo com minha maldita cabeça.

-Ela já chegou?

Índio: Tá na laje, com o Luan. -respondeu pegando a cerveja

Ele não perde tempo, já está sufocando a garota. Mais uma foda pra ele.

-Tendeu. -peguei uma Ice e ele encarou a janela

Índio: Tua vida tá boa? -perguntou

Ele parecia estar puxando assunto, mas era estranho, por que o desejo carnal falava mais alto. Eu respondia facilmente algo pervertido, se estivéssemos intimidade.

-Tranquilo. -bebi um pouco -Tirando o fato da tua ex mulher, conseguir meu número, e me ameaçar.

Índio: Ela não encosta em tu não ,pô.

-Eu sei disso, e se encostasse, iria levar também. -tomei mais um gole da bebida e ele concordou virando pra porta

FAVELA VIVE (REVISANDO) + (CONCLUÍDA) REPOSTANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora