Fiquei conversando com meu pai, antes dele ir pra biqueira e eu trocar de roupa pra passar na casa da minha mãe e ir pro trabalho.
Troquei o turno por que estava muito cansada, mas tive uma consulta.
Lucas: Repete. -olhou pra mim animado -Dois?
-Dois.
Tava contando sobre a noite passada pra ele que ficou encantado com meu empoderamento. Tive que perguntar pra alguém com experiência o que fazer depois de dar o ânus, claro.
Lucas: Piranha. -gargalhou e encarou a prancheta -Hoje teremos duas ultrassom, tem até pré natal.
-A doutora Ray, já chegou de viagem?
Lucas: Sim, e já está sendo procurada, pra tu ver. -olhou as papeladas -Uma tal de Mayara, acho que é a irmã do teu bofe.
Fiz uma expressão de nojo e ele riu sabendo o motivo. O Lucas é meu confidente, sempre quando temos intervalo pra tomar um café, fofocamos.
-O bebê dela, tá bem?
Lucas: Acho que sim, ela já tá com uma barriguinha legal. -falou baixo
-Entendi. -virei a cabeça olhando pro celular
Lucas: Eu com toda certeza pediria aquele bigodinho na minha xota. -olhei pra ele sem entender
-Quem? -perguntei e ele apontou a cabeça me fazendo olhar pra frente vendo o Índio entrar no posto caminhando até nós na recepção
Lucas: Bota, bota, o bigode na minha xota. -cantarolou passando por mim me deixando sozinha
Olhei pra frente vendo o Índio com um sorriso de canto.
Índio: Na paz? -falou rouco
E sim, eu só conseguia pensar no bigode dele na minha xota.
-Na paz de Deus, e tu?
Índio: Tranquilo. -pigarrou apoiando os braços sobre o balcão e entrelaçou os dedos -Posso te fazer um convite?
-Dependendo, talvez possa.
Índio: Amanhã, teremos uma reunião importante na favela, mas vai ser algo disfarçado, churrasco e aliados ao redor. Queria tua presença comigo. -sussurrou
-Negocios da favela e eu, no mesmo lugar?
Índio: Se puder, me avisa. -olhou pra mim e estendeu a mão -Espero ter te machucado bem gostoso ontem, pra tu nunca mais pedir porra de trisal.
-Sigo intacta querido. -falei irônica vendo seu olhar possessivo -Meu fetiche foi cumprido, tô satisfeita.
Índio: Safada, isso que tu é. -falou entre dentes
Xxx: Mãe,por que o moço tá chamando a doutora de safada? -ouvi uma voz meiga e virei a cabeça vendo uma menininho encostado ao lado do Índio
Xxx: Cadu para de ser intrometido garoto. -a mulher resmungou encarando o celular -Teu pai não atende, eu vou quebrar a cara do Filipe.
Xxx: Luana, cadê a porra do resultado?
Xxx: Senhor Fael, dá um tempo também. -encarei os dois ainda travada -Doutora, me ajuda por favor?
-Claro.
Xxx: Eu vim fazer uma ultrasson, mas não encontro o nome da minha doutora. Sou da Penha, ela é residente do posto de lá mas pediu pra eu vim fazer a ultrassonografia aqui.
Índio: Safada é um apelido fofo. -escutei ele agachado na frente da criança e depois levantou saindo
Xxx: Safada. -a criança repetiu
Xxx: Pai, leva teu neto, namoral. -se abanou encostando no balcão -Tô até passando mal.
-Deve ser a Doutora Ray, vou analisar e já te digo.
Lucas: Quer ajuda? -apareceu com um copo de café
-Boa sorte. -sussurrei pra ele
Sair vendo o avô da criança um coroa bem bonito inclusive, segurando e levando pra fora ao encontro de um cara com cabelo verde que veio brincando com a mulher.
Ouvir ela xingar e ele chamar ela de criatura encapetada.
Por cinco minutos vi eu e o Luan, depois eu e o Índio ali.
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FAVELA VIVE (REVISANDO) + (CONCLUÍDA) REPOSTANDO
General FictionFavela do Vidigal - Triângulo amoroso! "Todo mundo tá ligado que ela é a minha de fé, aí de quem cometer o pecado de cobiçar minha mulher....abrir um salão pra você dentro da minha favela." -Poesia Acústica 13 (+18)