-Eu nunca vou conseguir te compreender dona Fernanda. -resmunguei me aproximandoFernanda: Shi, fale baixo. -me encarou -Tudo bem, a criança é encantadora. Mas isso não pode virar rotina, tu sabe né?
-Claro, foi apenas um favor, já disse.
Ficamos vendo ele dormir e logo uma moto parou em frente ao portão, imaginei que fosse algum vapor. Mas não, era simplesmente o Índio.
Minha mãe não gostou nada, me entregou o Marcos e eu peguei a mochila vendo ela subir pro quarto.
Sair de casa e ele tava parado no portão, quando encarou o menino apagado no meu colo seu olhar ficou intenso em mim.
Analisei seu cabelo, a roupa e o perfume misturado com cigarro.
Índio: Foi mal pelo atraso. -falou assim que eu abrir o portão apenas com uma mão
-Relaxa, sorte que eu gosto muito do teu filho. -sorrir de lado entregando o Marcos pra ele
Ficamos próximos no meio desse movimento, eu coloquei a mochila presa na garupa e ele montou se ajeitando com o menino no colo.
Índio: Deu alguma treta na reunião? -me encarou rapidamente
-Não, apenas elogios. -omitir algumas partes -Ele é um menino de ouro.
Índio: Valeu mermo, só agradece. -ligou a moto -Amanhã tem churrasco na casa do JR, tu vai brotar?
Eu nem sabia, mas não iria perder.
-Claro pô, ele é basicamente meu tio. -falei vendo ele me olhando
Por que seu olhar tem tanto poder sobre mim?
Índio: Acho melhor tu entrar, toque de recolher daqui alguns minutos. -encarou o relógio e depois olhou pra cima desviando o olhar
Segui vendo minha mãe da janela com cara de desgosto.
-Valeu. -virei entrando em casa e tranquei a porta -Ô mãe?
Fernanda: Fala sério, falta somente cês se comerem. -apareceu na escada
-Não entendo, o motivo de tanto ódio. -cruzei os braços -Ele é um traficante, idai? O meu pai também era, o seu ficante,também é.
Fernanda: Tu parece ingênua. -desceu me encarando -Eu não quero que tu tenha, a mesma vida que eu tive. Não seja besta, em cair nesses papinhos, que depois que tem o que querem, eles te tratam feito merda.
-Eu não quero dar pro Índio, então , fique despreocupada.
Fernanda: Eu conheço a filha que tenho, tu é sangue do meu sangue. -revirou os olhos -Só peço que seja transparente, e porra, usa uma camisinha.
-Certo, já deu? -segui pro quarto pegando meu celular
Mensagem da Carolzinha, e do Luan.
+Carol: oi piranha.
+Carol: tô sumida, ando trabalhando feito uma vagabunda no bar, quase sempre te vejo indo pro trabalho.
+Carol: hoje te vi com o filho do Índio, certo?tem algo pra me contar?
+Me: Eu estou próxima da criança, minha mãe está odiando isso.
+Carol: Amanhã tem churrasco do JR, tu vai?
Me: Bem provável, é uma sexta.
Desliguei o celular e vi que as mensagens do Luan era apenas falando que ia ter plantão e não poderia vir me ver.Peguei no sono depois de ver uma notificação, tava tão cansada, que dormir com o celular na testa.
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FAVELA VIVE (REVISANDO) + (CONCLUÍDA) REPOSTANDO
General FictionFavela do Vidigal - Triângulo amoroso! "Todo mundo tá ligado que ela é a minha de fé, aí de quem cometer o pecado de cobiçar minha mulher....abrir um salão pra você dentro da minha favela." -Poesia Acústica 13 (+18)