capítulo 32

2.4K 149 6
                                    

Provavelmente eu iria me arrepender, ou não, mas eu já estava pra jogo muito tempo.

Índio: Ficou muda? -sorriu irônico e eu afastei deslizando minha mão em sua barriga

-É só um lance, certo? -mordi os lábios

Índio: Sem romance, é o papo. -sussurrou

Me aproximei depositando um selinho rápido e ele me puxou pela cintura devorando meus lábios. Parecia que tava sedento e desejava aquilo, e eu tinha que admitir que seu beijo era muito bom. Tinha um gosto de whisky e menta, talvez por que estava no bar bebendo. Mas ele parecia sóbrio.

Imaginei minha mãe entrando nesse quarto me vendo atracada com o Índio. Isso fez a adrenalina me atiçar mais e eu tomei o controle empurrando ele pra cama.

Subi em seu colo quando ele sentou no colchão e as mãos firmes apertou minha bunda me tirando um suspiro.

-Temos que ser discretos. -sussurrei enquanto ele beijava meu pescoço -Minha mãe tá no quarto ao lado.

Índio: Tô ligado. -respondeu me empurrando na cama e entrou no meio das minhas pernas

Fez uma trilha de beijo na minha coxa me encarando.

Um toque de celular me faz ficar alerta.

-É o teu?

Índio: Nem fudendo que eu vô atender. -respondeu abafado e jogou o celular no colchão

Tocou novamente e eu observei vendo que era a dona Marina.

-É importante, não?

Índio: Desliga. -encarou e eu balancei a cabeça

Dessa vez o meu tocou e eu observei o número do Lucas. Dificilmente ele me ligava, ainda mais fora do plantão.

-Preciso atender, deve ser urgente. -falei esperando sua compreensão

Assim que coloquei o celular no ouvido senti ele devorar minha intimidade arrastando a língua no clitores. Coloquei a mão na boca enquanto segurava o celular com a outra.

Ligação

Luquinhas

Oi amigo? *sussurrei ofegante*

Tu está dando? *falou malicioso*

É urgência, juro. Então precisamos de tu aqui, o hospital tá uma desordem e apareceu uma criança com ataque de asma.
Se eu não me engano é cria daquele tal de Índio. A avó da criança tá desesperada e não tão dando conta, precisamos pelo menos de mais uma enfermeira.

Tô indo.

Offline

-Atende a tua mãe. -respondi me afastando do seu oral com relutância

Ele se afastou bolado pegando o celular.

Corri pra pegar meu uniforme e sair vendo que ele já não estava no quarto, provavelmente pulou a janela.

Desci as escadas, passei pela minha mãe que ainda dormia e abrir o portão vendo ele montado na moto me esperando.

-Tu não sabia que o Marcos é asmático? -subi na garupa colocando o capacete

Índio: Não pô, papo reto. -acelerou e pude notar sua preocupação -A coroa falou que foi do nada, acordou com ele sem ar.

Fiquei calada sem me importar com a velocidade que estávamos, apenas precisamos correr até o hospital.

Chegamos no posto e eu entrei correndo vendo o Lucas guiando as macas. Observei a Marina no fundo do corredor com as mãos na cabeça.

-Dona Marina? -corri até ela que me encarou chorando

Marina: Ajude, por favor. -assentir

-Prometo ajudar, beba uma água, respire, fique na recepção. O Índio tá lá fora, fique com ele.

Marina: Esse vagabundo, não me atendeu. -respondeu chateada e passou por mim

Corri até a sala vendo meus colegas de trabalho. Analisei o Marcos pálido na maca e iniciamos o procedimento.

-Revisão, por favor?

Xxx: Não foi somente, um ataque de asma e pânico. Ele desmaiou seguindo uma parada cardíaca. É pequeno, apenas 5 anos para ter uma parada fulminante.

-Deixa eu tomar a frente, reanimação e vamos entubar, certo? -corri iniciando a massagem cardíaca

Era a verdade, havia riscos grandes, mas era uma vida e eu tava sentindo uma dor como se fosse perder meu filho.







































(...)

Nota da autora: Preparadas(os)  pra perdas, confusão, gritaria, trisal?

FAVELA VIVE (REVISANDO) + (CONCLUÍDA) REPOSTANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora