capítulo 18

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A festa tinha começado e eu tava só de lazer sentada na mesa da minha família. Dona Fernanda, Julia, Carol, JR e Teco.

Churrasco começou e o Índio apareceu dessa vez com o Marcos, que sentou na nossa mesa brincando comigo. Minha mãe ficou séria, e o Índio também.

Antes de começar a ficar um climão, o Luan apareceu com uma garota loirinha, aparentemente é a irmã do Índio.

Fiquei encarando aquela cena bonita, ela tímida e ele todo amostrado.

Luan: Visão. -encostou na mesa -Essa é a Mayara, irmã do Índio.

Xxx: Satisfação. -sorriu de lado e o Índio levantou chamando o Luan

Para ela não ficar desconfortável chamei ela pra sentar connosco, começamos a conversar e ela parece ser gente boa.

Morava na Penha, e é irmã só por parte de pai do Índio, disse que não ia ficar muito tempo pelo Vidigal mas estava rolando muita treta na Penha.

Minha mãe e a madrinha levantaram pra se servir e eu fiquei apenas com a Carol e a Mayara conversando com o Marcos na cadeira ao lado assistindo desenho no celular.

Então, estava tudo ótimo até ela fazer a maldita pergunta.

Mayara: Então tu é a mãe do meu sobrinho? -sorriu simpática

Marcos: Sim. -respondeu firme subindo no meu colo -Mamãe Lore.

-Não sou a biológica. -respondi por fim e talvez ela entendeu de maneira totalmente diferente

Mayara: Só é fiel do Índio, né?  -olhou curiosa

-Negativo. -ela bateu a mão na testa rindo

Mayara: Perdão, preciso me atualizar. -riu

Carol: Vamo fofocar bastante. -falou baixo -Teremos tempo.

-É, amanhã vamos sair com tu pra comprar roupas. -ela assentiu

Luan se aproximou da mesa e beijou a minha testa.

Luan: Bom que cês já se conheceram. -colocou a mão na cintura e olhou pra Mayara -Teu irmão pediu pra te levar na baixada, disse que tem alguma fita tua pra resolver.

Mayara: Claro, vamo. -levantou sorrindo toda boba

Caiu no encanto do Luan, esse macho que não segura a piroca na calça.

Carol: Satisfação nossa te conhecer May.

Mayara: Satisfação é toda minha, depois pego o número de vocês com o Luan. -olhou pra ele que assentiu

Os dois viraram e saíram, olhei pra Carol sentindo exatamente o que ela quis dizer.

-Não é tão ruim assim.

Carol: Jamais. -riu irônica -Tu apenas já se enturmou com a sua cunhadinha.

-Cala boca Carolina. -repreendi

Marina: Opa meninas. -apareceu olhando pro Marcos que tava no meu colo -Perdão, ele não sai de cima, nem um minuto né minha filha? Vem Marcos, vamo comer.

Marcos: Vô, olha o skate do super homem. -falou mostrando o celular pra ela que sorriu pegando ele no colo

Os dois saíram e eu fiquei encostada na Carol, bebendo Ice e beliscando as carnes que passava por nós. Pelo menos até o fim da festa, estávamos numa loucura, já bêbadas. Mas eu sou aquela bêbada consciente. A Carolina, não.

Carol: Vamo sim. -segurou a minha mão no meio da sala pedindo pra dar cambaiota

Geral já tava indo embora, e eu tô esperando o Luan. Que disse pra esperar ele vim me buscar.

O índio tava na casa também, no fundo, conversando com o tio Teto e o Jr. Minha mãe e a madrinha ficaram até agora conversando com a dona Marina e depois foram todas embora.

Paquetá: Ô doidona, bora pra base. -apareceu me salvando -Tá quase caindo aí.

-Por favor Paquetá, leva ela pra casa. -pedi rindo e ele se aproximou segurando ela

Paquetá: Tu quer carona?tô de carro.

-Vou esperar o Luan, se não ele fica bolado. -ri de lado e me joguei no sofá

Passou uns 30 minutos e eu me estressei, peguei o celular mandei várias mensagens e nenhuma resposta. Por fim, liguei.

LL

Cadê tu cara?

Tô indo pô. *Voz ofegante*

Tá assim por que Luan?

Assim como? *Escutei uma risada feminina*

Tu esqueceu do toque de recolher? Tu me deixou aqui plantada te esperando, e tu tá fodendo, Papo reto?

Relaxô Lore, tô indo. *ouvi ele reclamar com a guria*

Nem precisa não, filha da puta.

Off

Desliguei o celular e esse xingamento veio do fundo do meu coração.



FAVELA VIVE (REVISANDO) + (CONCLUÍDA) REPOSTANDOOnde histórias criam vida. Descubra agora