Bom, quando acho que a vida não pode estragar minha semana. Tudo aparece pra me deixar péssima.
Primeiro que eu tô sem falar com o Luan, estou bolada com ele, aquelas brigas que nem comida resolve minha raiva. E pelo visto, ele está bem entretido com a Mayara.
Na manhã seguinte, saiu no grupo de fofoca da comunidade, uma foto minha na garupa do Índio. Rumores que estamos se pegando, me dar uma raiva, e eu tô recebendo ameaças sem razão.
Dona Fernanda ficou sabendo, e deu um show, eu deixei claro que não peguei ele, e assim como expliquei pra ela, tive que explicar pra comunidade inteira.
Regra número 1, não subir na moto do dono do Vidigal. Por que puta merda, que rolê que eu me enfiei.
Na mesma noite, ele mandou mensagem, o básico, o dinheiro pra comprar a roupa da Mayara. Eu não tinha raiva dela ,eu tinha do Luan. Então ficamos próximas depois da compras.
Hoje é uma terça feira, eu estou exausta e minha cabeça explode. Mas tem baile, sim, numa terça.
Falaram que era pra alguma notícia boa por aí. Estou no restaurante da Carol, esperando ela terminar de contar que deu pro Paquetá ontem.
A vida dela parece tão tranquila, e ela transa cara. Eu só tinha a única opção do meu melhor amigo, e agora nem isso tenho mais.
Carol: Nossa, fui macetada com gosto mulher. -falou rindo -E hoje, tem o PH, outra foda boa.
-Que legal, sua vida sexual é ativa. -resmunguei comendo o meu pastel
Carol: A tua não é, por que tu não quer. Hoje tem bailão, some e vai dar.
-Certo, claramente eu vou fazer isso. -ela revirou os olhos
Carol: Qual os planos pra hoje?
-Tenho que voltar pro posto, e depois que sair, vou organizar umas fita com a madrinha.
Carol: Não vai aceitar o convite da Mayara?
Tudo bem, eu gosto dela. Mas talvez seja muito forçado, ela chamou eu e a Carol pra se arrumar na casa dela pro baile.
-Prefiro me arrumar em casa mermo.
Carol: Bom, eu vou, ela é gente boa.
Perdi minha melhor amiga também? Talvez esteja fazendo drama.
-Bom, se der tempo, eu vou. -ela assentiu e levantou
Carol: Vou trabalhar, beijos e se cuide. -saiu indo pra mesa do lado
Que por um acaso o Luan e o Índio estavam sentados. Quando me viram os dois teve reação diferente. O Luan sorriu esperando o meu sorriso, mas recebeu o meu olhar de reprovação. E o Índio, me analisou com um olhar quente na minha boca, e eu desviei o olhar.
Levantei passando por eles e fui até o moto táxi pedindo uma carona pro posto. Dia longo de trampo, fiquei mais umas 4 horas e sair indo pra casa da madrinha, deu tempo de resolver tudo e ir pra casa da Mayara. Encontrei a Carol por lá também.
Ficamos fofocando e se arrumando, experimentando roupas e eu fiz um delineado nas meninas.
Descemos pro baile era 23:00 horas em ponto, fiquei um pouco com a dona Fernanda no camarote e desci pra dançar na pista.
Carol: Sobe sobe balão, desce desce buceta. -marolou rindo
-Ai caralho, cabelinho meu marrento. -falei pousando na bancada e ela me encarou
Carol: Paquetá tá me chamando, vô e volto, marca 20 minutos. -gritou no meu ouvido
Assentir e voltei a atenção pro Luan, todo palhação com a Mayara do lado. Seu olhar parou em mim e eu revirei os olhos encarando o pessoal dançando.
Senti ele que caminhou em minha direção mas foi parado pela Mayara.
Tô vendo que vou marolar um pouco e depois vô pra base.
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FAVELA VIVE (REVISANDO) + (CONCLUÍDA) REPOSTANDO
Ficção GeralFavela do Vidigal - Triângulo amoroso! "Todo mundo tá ligado que ela é a minha de fé, aí de quem cometer o pecado de cobiçar minha mulher....abrir um salão pra você dentro da minha favela." -Poesia Acústica 13 (+18)