Ter uma vida tranquila e monótona era o desejo de Jimin, ele não precisava de muito, apenas seu pai, seu namorado e o pub que trabalhava desde pequeno, mas a vida tinha planos melhores, Jimin não era uma pessoa comum. Ele era filho do sol e da lua...
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Eu não sei como descrever a mistura de coisas que eu estou sentindo, mas a que mais sobressai é o medo, mesmo que Edmundo tenha me garantido que nada vai acontecer com ninguém fora dessa sala, já que ela era protegida não só pela magia de Kalina mais de outros três bruxos, a fim de conter os poderes de Killian e Ruby, ainda sim, eu tinha medo.
- Certo, veremos o que você pode fazer, você pode ficar sentado nessa pedra ou deitado, como preferir. Vamos começar pelo... amor, pegue as lembranças da pessoa que você ama, e veremos se isso acarretará em alguma coisa. Eu ficarei aqui fora, se notar alguma coisa incomum apenas me grite. - Deu as instruções e saiu trancando a porta.
Me sentei na maca de pedra e olhei para janela, onde os raios de sol entravam, mas eu sabia que a lua batia ali, todas as noites. Fechei meus olhos, seria fácil pensar no amor, na pessoa que eu mais amo no mundo.
Com os olhos fechados, meu cérebro me levou para uma lembrança muito distante, mas uma das minhas preferidas...
Era meio da tarde quando meu pai teve a brilhante ideia de levar-me até a praia, assim eu poderia ver como os pescadores trabalhavam, ele colocou alguns sanduíches em uma bolsa e água, e pegou em minhas pequenas mãos, nós andamos por algum tempo, mas eu não ligava, pois ele me contava suas histórias para matar meu tédio, e eu adorava não só ouvir suas histórias, mas ouvir sua voz também.
Quando chegamos na praia era possível ver mar adentro os pescadores andando de lado para o outro, todos muito ocupados.
- Sabia que nessas águas existe um monstro marinho? - dizia ele.
- E como é? - eu perguntava curioso.
- Eu não sei, nunca vi, mas muitos marinheiros diziam que havia algo estranho nas águas, por isso quando for explorar todo esse mundo, tenha cuidado com o monstro marinho. - Tocou em meu nariz.
- Não vou viajar pelo mundo, vou ficar com você, até você ficar velhinho e virar estrela. E mesmo quando se for, eu ficarei por perto para visitar você em todos os seus aniversários e te contar histórias, como você faz comigo. - sorrio com essa lembrança e logo esse sorriso foi tomado por uma lágrima e um soluço, e então vieram uma onda de tristeza e dor, todas aquelas lembranças doíam.
As memórias felizes são as mais dolorosas, porque te lembram de uma época, de alguém que não vai mais voltar. Eu sentia meu coração doer e todo o amor que eu estava concentrado em exalar se tornava a dor, o desespero, a tristeza profunda de perder a única pessoa que meu coração soube amar. Então eu senti um frio inexplicável, parecia que eu ia congelar, mas isso durou poucos segundos.
