Dezesseis Anos Atrás...
Tinha cerca de dezesseis anos, era um homem alto e de músculos muito bem definidos, mesmo nunca tendo feito atividades físicas ou praticado esportes. Pelo contrário, seu hobby era escrever, sua atividade favorita no caso; para sua família, aquilo era completamente inútil, não trazia comida e, muito menos, dinheiro para casa, se ele ao menos ficasse famoso, mas nada, eram somente papéis com poemas e contos tirados de sua imaginação.
Mesmo assim, não é como se ele fosse um vagabundo, ele tentava o seu máximo para arranjar um emprego, tentou serviços de atendimento, mas foi rejeitado por não atrair clientes, tentou algo mais físico, mas de nada adiantava a força se era desengonçado. Aquele homem parecia inútil em tudo, e era o que sempre diziam para ele.
-"Nunca vi dinheiro da sua parte, somente lixo e gastos." Não é como se a arte desse dinheiro, naquela época principalmente, era quase impossível se destacar, a moda eram os carros e as novas tecnologias, coisas que aquele homem também não tinha conhecimento sobre, mesmo morando em uma cidade grande.
Um dia, sua vida parecia que mudaria, uma amizade de infância chegou até ele, deixando a conversa fluir e contando novidades de sua vida, até que ambos chegaram em um assunto que o falado tinha o que falar. Ao desabafar sobre não arranjar emprego e comentar ser bom somente em escrita, aquele amigo lhe fez uma proposta, tentaria ele arranjar um lugar para o homem expor seu trabalho. Uma felicidade imensa surgiu, dependendo de como as coisas fossem, ele poderia finalmente ganhar dinheiro com o que gostava. Iria arriscar, por isso, sem nem pensar, ele aceitou.
Pobre homem, se esqueceu tão rapidamente de sua alcunha, tão lentamente notara a armadilha em que caiu. Aquele trabalho, de fato, foi exposto, mas como modo de chacota, o amigo de infância do homem, que nem ao menos ligava para o mesmo, vaiou o trabalho e leu de modo cômico para uma multidão, que pensava que aquilo era uma apresentação de comédia, por isso todos riram do trabalho, ninguém levava a sério, e muitos zombaram junto do outro cara.
Ele tinha a força necessária para esmagar o crânio desse antigo amigo, poderia fazer todos ali se calarem somente com um grito, mas se sentiu covarde. Deu as costas e saiu de lá de cabeça baixa. -Eles não estão errados, meu trabalho é horrível, e me vingar não resolverá nada... sou um fraco deprimente que só traz prejuízos.- tendo a realidade jogada em sua cara, o homem já poderia desistir; até que uma criança, que parecia ter somente nove anos, mas já portava uma espada e tinha uma estatura alta, puxou sua manga.
-"Você quem escreveu isso?" Ele apontava para uma folha de papel amassada que segurava, os rascunhos que ele levara e foram pegos para serem zombados, eram mostrados para o autor.
-"... Sim, eu sei que está horrível, não precisa dizer." Já se preparava para sair novamente, até que aquela simples criança lhe fisgou a atenção com somente um comentário.
-"'E não teve felicidade tão duradoura como quando ajudou as pessoas'... Koizumi Yakumo, não é? Você mudou um pouco, mas a essência e a história são quase as mesmas. Bela inspiração, não diria que era motivo de risadas, como os outros fizeram." O homem se virou para a criança e a encarou com fascínio, quem era a mente tão jovem e sabida ao ponto de conhecer um autor que logo se tornaria antigo?
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Kimetsu no Yaiba: Swap
FanfictionUma jovem com uma vida normal como todas as outras, até somente uma diferença ocorrer: seu irmão, Tanjiro Kamado, ficou doente justo no dia de entrega. Então, para ajudá-lo, Nezuko se oferece para fazer o trabalho. Ela pega o carvão e desce até a vi...