As Promessa de um Artista

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Em uma casa de uma grande cidade, uma família conversava e se alegrava, comendo comidas que pareciam de alto nível, mas em meio à refeição, um homem ali se destacou, com sua roupa branca e o rosto machucado.

-"Você é um homem sábio, senhor Oyakata", dizia a mulher ao seu lado.

-"Sim, mesmo com uma aparência jovial, você usufrui de tanto conhecimento", falava o homem à sua frente, que tomava uma taça de vinho. Já o tão elogiado, mantinha-se sem comer nada entre eles.

-"Não precisam me elogiar, são apenas pensamentos que tenho... De todo modo, podem me dar licença? Preciso de um pouco de ar", dizia ele, levantando-se, enquanto alguns o olhavam.

-"Algo o incomodou?" perguntou sua "esposa" que estava ao outro lado dele.

-"Não, apenas um pouco cansado". A mulher hesitava em responder, com apenas o pensamento do que queria falar: -Claro, afinal, você não comeu nada-. Ela se preocupava com a alimentação de seu marido, mas ele sempre se irritava quando ela insistia demais em algo. Oyakata caminhou até a varanda do local, provando que estava em uma casa de dois andares. Ele olhava para a vista da sacada, que era apenas uma rua e um prédio em sua frente.

-"Ele tem aquilo no rosto, uma doença... Eu faria de tudo para curá-lo, sinto que aquilo está o deixando mais cansado a cada dia que passa, mas ele odeia quando comento sobre isso", falava sua mulher aos anfitriões da casa pelas costas de seu marido, tirando conclusões falsas sobre o cansaço de Oyakata. O que realmente o deixava naquele desânimo era sua falha, sua falha em conseguir completar seus planos... -Até quando essa farsa irá durar?... Até quando estarei só?... De que adianta ser um rei sem uma rainha?- ele pensava, estendendo a mão ao ar. Foi então que o vento ao redor começou a se movimentar, ficando mais agitado. O rei oni sabia o que era aquilo, não teve nenhum medo quando a Lua Superior Três Sanemi se pôs à sua frente, pulando e ficando de joelhos para o mesmo. A sacada tinha espaço suficiente para dois.

-"Vim dar um relatório, Mestre", falou o Lua, ainda olhando ao chão. O mesmo lua que humilhou um grande Hashira tremia de medo perante o rei.

-"E então? Achou?" perguntou Oyakata, olhando para os dedos e esfregando-os uns nos outros.

-"Investiguei, mas não há nenhuma informação confiável. Não posso nem mesmo confirmar sua existência... Não pude encontrar o 'Lírio da Aranha Azul'." Um clima pesado se instaurou no ar. Oyakata permaneceu em silêncio enquanto Sanemi ainda se mantinha de cabeça baixa. Antes que o rei desse outra ordem ou punição, o Lua falou.

-"Peço perdão, mestre. Vou fazer o meu melhor para que eu possa viver de acordo com suas expectativas. Eu matei o tal Hashira das Artes, que tanto nos incomodava e preocupava. Não há necessidade de aborrecimento..." Mas antes que pudesse continuar, uma garra rasgou parte da roupa de Oyakata e perfurou o peito de Sanemi, que agora estava sendo segurado no ar, sentindo uma enorme dor que se espalhou por todo o seu corpo. Mesmo com tal ação, Oyakata não olhou nos olhos do Lua.

 Mesmo com tal ação, Oyakata não olhou nos olhos do Lua

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